segunda-feira, novembro 29, 2004

A Vila

FUI VER ESTE FILME COM A MINHA MENINA NA SALA 4 DO PARQUE ATLÂNTICO PELAS 21:30

Depois de ''O Sexto Sentido'', ''O Protegido'' e ''Sinais'', M. Night Shyamalan está de regresso ao grande ecrã com ''A Vila''. Mas as novidades são poucas: o realizador insiste na receita habitual de criar um final-surpresa e o argumento acaba por sair fragilizado.Desta vez a acção centra-se na população de uma pequena vila isolada da Pensilvânia, no final do século XIX, que parece levar uma vida quase perfeita, apesar dos seus estranhos vizinhos. Há muito que eles sabem da existência de criaturas misteriosas que vivem nos bosques que rodeiam as suas casas. Mas, graças a um antiga trégua, estes seres - a quem eles se referem como ''aqueles de quem não falamos'' (those we don't speak of) - não os atacam desde que estes não ousem atravessar os limites da povoação, os presenteiem regularmente com alguns bocados de carne e evitem usar vermelho. Durante a noite há tochas que iluminam o perímetro da vila e um guarda nocturno que fica numa torre mas, apesar disso, a vida decorre como numa bonita história infantil, por entre festas de casamento, bailes e banquetes ao ar livre.A comunidade divide-se em dois grupos: o dos mais velhos, liderado por William Hurt, e o dos mais novos que contestam o medo dos pais. Quando o irmão de um dos líderes da vila morre o jovem e curioso Lucius Hunt (Joaquin Phoenix) oferece-se para atravessar esta fronteira à procura de medicamentos para futuras emergências. A sua vontade de entrar no desconhecido vem ameaçar o futuro da vila. À medida que os sinais nas portas e as cabeças de gado decepadas se multiplicam, o medo começa a espalhar-se pela comunidade...''A Vila'' funciona como uma alegoria para o ambiente que se vive nos EUA desde os ataques terroristas, com a paranóia das constantes elevações dos códigos de alerta. Segundo explicou M. Night Shyamalan à revista Época, o filme nasceu da sua reacção emocional ao 11 de Setembro. ''Estamos num período da História em que tudo vai terminar terrivelmente mal ou vamos atingir uma nova era dourada, talvez até com a morte da religião. Existe um desejo latente de sermos todos inocentes novamente'', disse o cineasta. Shyamalan é um realizador que sabe como criar uma eficaz atmosfera de suspense e, em A Vila, ele utiliza todos os truques que conhece para gerar um clima de tensão, quase insuportável. Há sombras que atravessam rapidamente o ecrã, ruídos que parecem aproximar-se por trás da plateia e longos momentos de silêncio que ajudam a agudizar o suspense. O filme contém algumas cenas visualmente bem conseguidas e excelentes interpretações (destaque para Adrien Brody e Bryce Dallas). Infelizmente, Shyalaman não tem os mesmos dons de argumentista e ficou preso numa armadilha que ele próprio criou – a obrigação de criar um final-surpresa - o que faz com que cada novo projecto pareça mais fraco. Apesar de ter algumas qualidades, este ''A Vila'' não sobrevive a uma análise apurada e o final-surpresa acaba por ser um verdadeiro banho de água fria.

segunda-feira, novembro 15, 2004

Terminal de Aeroporto

FUI VER ESTE FILME, HOJE, 14/11 NA SALA 1 DO PARQUE ATLÂNTICO COM A MINHA NAMORADA, MARINA


Viktor Navorski (Tom Hanks) é um imigrante de leste (Krakozhia, terra de ficção) que se encontra retido no aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque, porque o seu país de origem deixa de existir, enquanto este voa em direcção à América, invalidando o seu passaporte. Ele vê-se então na situação de não ter autorização para entrar nos Estados Unidos, embora ninguém o obrigue a sair. Navorski tem de se organizar, de modo a passar os seus dias e noites na sala dos passageiros em trânsito, numa espécie de limbo existencial, até que a guerra que eclodiu no seu país acabe. É assim que ele se instala na Porta 67, onde vai comendo fast food e aprende a viver das moedas devolvidas pelos carrinhos das bagagens. À medida que as semanas e meses vão passando, Viktor descobre que o micro-universo do terminal é um mundo rico e complexo, recheado de absurdos, generosidade, ambição, divertimento e até de romance, graças a uma bonita hospedeira chamada Amelia (Catherine Zeta-Jones). O problema é que Viktor esgotou, há muito, as boas vindas de Frank Dixon, o director do aeroporto, que o considera um problema técnico da burocracia, qualquer coisa que não pode contornar mas que quer desesperadamente fazer desaparecer.Apesar do argumento parecer caricato, ele é inspirado num caso bem real: o de Merhan Karim Nasseri - ou Alfred, como é conhecido no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Merhan é um cidadão iraniano, exilado político depois de se ter manifestado contra o Xá do Irão nos anos 70. Em 1988, ele não consegue entrar em Londres por ter apenas uma fotocópia do passaporte e é expulso para Paris, local onde embarcara. Sucedem-se uma série de absurdos burocráticos e ele começa a aprender a viver no aeroporto, entre pilotos, hospedeiras, empregados de cafés e restaurantes. Em 1999, a Bélgica interessa-se pelo caso e resolve dar-lhe um passaporte válido mas Alfred já não quer sair do aeroporto.Obviamente, o argumento de Spielbergh coloca a situação nos domínios da fábula, pondo Viktor Navorski em contacto com uma série de personagens que simbolizam o melting pot americano, desde uma hospedeira de terra, interpretada por Catherine Zeta-Jones, uma mulher do "midwest" americano, até aos passageiros judeus ou hare-krishnas, passando pelo pessoal que trabalha no aeroporto, como é o caso da personagem do mexicano Diego Luna (''E a tua mãe também''), que é um dos representantes do mosaico étnico americano. Temos assim construído o micro-cosmos da sociedade americana com um verdadeiro americano (é assim que muitos vêem Tom Hanks) como figura central desta narrativa.Apesar de Steven Spielberg não ser propriamente um cineasta político, a decisão de situar a acção do seu filme num aeroporto americano não é inocente. Nos tempos de desconfiança que varrem a América e o mundo ocidental, este local é o palco ideal para lançar algumas reflexões. À priori, um aeroporto é sempre um sítio onde qualquer viajante se sente pequeno ou até inseguro e serve também para ilustrar na perfeição o verdadeiro melting pot que é a América e a forma como a frieza das fronteiras e as manobras de segurança dificultam que dele se tire melhor partido. Como quase sempre acontece nas obras de Spielberg, o objectivo último deste ''Terminal de Aeroporto'' é pôr o público a sonhar, a emocionar-se e a sorrir. ''Este é um tempo em que precisamos de rir e é para isso que servem os filmes de Hollywood, para fazer rir as pessoas que vivem tempos difíceis'', disse o realizador.

domingo, novembro 14, 2004

Man on Fire

FUI VER ESTE THRILLER HOJE, 13/11 PELAS 21:40 NA SALA 2 CASTELLO LOPES CINEMAS NO PARQUE ATLÂNTICO EM PONTA DELGADA, COM A MINHA QUERIDA NAMORADA, MARINA


Género:Thriller
Titulo Original: Man On Fire
Titulo em Português: Homem Em Fúria
Realização: Tony Scott
Actores: Chris Walken, Dakota Fanning, Denzel Washington
Estudios: Fox 2000 Pictures/New Regency Pictures
Produtor: Lucas Foster, Arnon Milchan
Fotografia: Paul CameronMontagem: Christian Wagner
País: E.U.A
Duração: 01:00:00

Uma onda de raptos invadiu o México, provocando o pânico entre os cidadãos, especialmente naqueles que são pais. John Creasy, um ex-agente da CIA, desiludido com a vida, é contratado para ser guarda-costas de uma criança de 9 anos, Pita Ramos, filha dum industrial. Quando Pita é raptada, Creasy vai encontrar um novo propósito na vida.

segunda-feira, novembro 08, 2004

AÇORES NET

Caríssima(o),

Nos Açores há um novo portal. Visita-o!

Um abraço fraterno,

Miguel

terça-feira, novembro 02, 2004

Madredeus em Ponta Delgada

O grupo lisboeta Madredeus deu hoje, 01 de Novembro pelas 21:30 no Teatro Micaelense em Ponta Delgada, um concerto memorável. Eu, a minha Marina, a minha mana e o seu namorado estivemos lá!

"Um Amor Infinito
Há 19 anos que existe um grupo independente de músicos e autores/compositores, chamado de Madredeus. Passaram 17 anos, desde que foi editado o seu primeiro disco. Este grupo foi criado para dizer através da música e da escrita de poesia, coisas que de outro modo não se podem dizer, ou não chegam a ser ouvidas, coisas de Lisboa, coisas de Portugal, coisas de toda a Humanidade, coisas da Terra e coisas do Céu, na nossa época.Ao longo destes anos fomos tentando enunciar o nosso projecto no mundo,através da pulsante actividade pública da nossa companhia musicalitinerante.Os Madredeus, cultivaram o espectáculo ao vivo, o amor pela música.Viajaram incessantemente.Sabemos que poucos grupos da música popular duraram tantos anos, e não queríamos vir a ser surpreendidos pelo inevitável fim, sem termos tentado expressamente agradecer ( como se pode fazer através da nossa arte), a todo esse público desconhecido, que em tantas cidades, em tantos países e tão repetidas vezes, nos esperou, e depois nos escutou, com tanta atenção e no mais profundo silêncio.O nosso novo disco,que é apresentação do nosso futuro concerto, encerra no entanto, um desejo particular, que é o de se querer tornar num gesto de agradecimento e insinuar o nosso reconhecimento a todas essas pessoas que pelo menos numa noite partilharam e ajudaram a definir, a nossa fantasia e onosso sentimento.A todos eles, vai dedicado o melhor que temos, a melhor música que conseguimos fazer, sem alterar nem o espírito nem o estilo, nem as regras de escrita dos Madredeus.Encontrámos, na nossa estrada, um amor Infinito, concerto após concerto, ano após ano, disco após disco, gostávamos que isto se soubesse e queríamos aproveitar esta oportunidade para o agradecer." Um Amor Infinito " ,este disco que agora se publica, encerra uma parte do nosso novo concerto, apresenta uma parte do repertório que futuramente se apresentará ao vivo. " Um Amor Infinito" , é uma fantasia musical de raíz portuguesa, como o foram todos os outros discos, canta o amor do hemisfério lusitano, um amor que é humano e universal, o amor dos mistérios da saudade." Um Amor Infinito " ,já apresenta também uma das canções que escrevemos a Lisboa.Escrevemos para este concerto, o quinto concerto dos Madredeus, uma série de canções dedicadas a Lisboa, a "quem" também quisemos agradecer, de forma simbólica, toda a inspiração e imaginário que constituiu para o grupo.A segunda parte do recital, que só será editada mais tarde,durante a digressão, mas que já se encontra gravada, apresentará as outras canções de Lisboa, com que agora nos determinámos a viajar.Esperamos que gostem, das guitarras, dos poemas, dos arranjos musicais,enfim, das canções que nós escrevemos e que a Teresa Salgueiro canta, ao longo de " Um Amor Infinito ". Muito obrigado também, pela vossa atenção"
Pedro Ayres Magalhães