FUI VER ESTA MARAVILHOSA PEÇA DE TEATRO DO GRANDE ZECA MEDEIROS NO PASSADO DIA 2005.03.05 PELAS 21:30 NO TEATRO MICAELENSE, COM A MINHA QUERIDA MARINA, COM OS MEUS AVÓS MARIA LAURA E ANÍBAL, A MINHA TIA-BISAVÓ CLOTILDE REIS, OS MEUS IRMÃOS FILIPE E ANDREIA COM OS RESPECTIVOS NAMORADOS MANUELA E EMANUEL, RESPECTIVAMENTE
Um grupo de actores, cantores e bailarinos encena em jeito de comédia musical fados e errâncias do tipógrafo António Malaquias - soldado à força, involuntário aventureiro enredado nas malhas do império.
A acção principal decorre na “Cidade Marginal” (Ponta Delgada) entre finais dos anos 60 e 1974.
Num tempo de prantos e inquietações, António Malaquias, mobilizado
para a Guerra Colonial, despede-se da família, dos amigos e de Luciana (uma triste canção de amor percorre os olhares, no cais da ilha).
Na Cidade Marginal, a vida continua - um quotidiano cinzento contrariado pelo humor da tia Lídia, professora de dança, que entre tangos e valsas vai povoando o imaginário dos sobrinhos com “casos” de encantar ou com as peripécias da sua “lendária” viagem a Lisboa nos anos 50. (Naqueles anos, Lisboa ficava muito longe...).
As suas “estórias” serão burlescas mas as suas palavras poderão também ser mágicas - na noite de S. João, a sua voz faz as crianças viajar a um mundo de prodígios e assombrações, quando as criptomérias recebem o sorriso da Lua...
Numa ronda de noctívagos, Manuel Bettencourt, o anarquista, recorda com nostalgia o sortilégio das noites boémias no “Éden Cabaret”. O professor Jacinto, seu irmão (um profundo conflito ideológico divide os dois homens), tenta desesperadamente levar à cena “Frei Luís de Sousa” com um desajeitado grupo de amadores. (“Romeiro, Romeiro. Quem és tu?”...)
Abril de 74:
Desaparecido em combate no Ultramar, António Malaquias regressa misteriosa e inesperadamente à ilha. O espanto da cidade e de Luciana, a mulher que o julgou morto, que não esperou por ele(“Romeiro, Romeiro. Quem és tu?”...).
As luzes da cidade vão coreografando a sua dança de sombras.
Neste palco onde a vida e o teatro se confundem, o mar há-de ser de pano e as criptomérias de cartão; lágrimas e sorrisos serão apenas sinceros fingimentos e a luz deste projector há-de ser o sorriso da lua...
in http://www.teatromicaelense.pt/htm/index.php?topgroupid=1&groupid=12&subgroupid=&contentid=90
domingo, março 06, 2005
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