segunda-feira, julho 16, 2007

La Vie En Rose - La Môme

FUI VER ESTE FILME NO PASSADO DIA 2007.07.15 ÀS 22H NA SALA 1 DO CINE SOL*MAR NA CIDADE DE PONTA DELGADA, NA COMPANHIA DA MINHA MENINA MARINA

Se “La Vie En Rose” pode lançar algumas dúvidas sobre a beleza de Marion Cotillard, dada a intervenção de caracterização a que foi sujeita, por outro lado reforça todas as certezas quanto à sua qualidade como actriz. Num filme que peca por opções de realização bastante discutíveis, Cotillard (“Jeux d'Enfants”, “A Good Year”) carrega “La Vie En Rose” como se aquela tivesse sido a sua vida.
A acção tem início em 1959, quando Edith Piaf desmaia no espectáculo em Nova Iorque. A partir daqui inicia-se uma viagem organizada em saltos temporais, nem sempre claros, entre diversas épocas da vida daquela que é indubitavelmente uma lenda da música francesa.
Piaf nasce Edith Giovanna Gassion em 1915 no bairro de emigrantes de Belleville em Paris. Parte da sua infância , inclusive uma grave crise de conjuntivite, foi passada na Normandia, no bordel gerido pela sua avó. Mais tarde viajou pelo país com o circo em que o pai (Jean-Paul Rouve), contorcionista, trabalhava. Edith começou a ganhar dinheiro cantando nas ruas de Paris com a sua amiga Mômone (Sylvie Testud), e aí foi descoberta por Louis Leplée (Gérard Depardieu), dono de um cabaret que a colocou no caminho do estrelato.Querendo fugir do biopic habitual Olivier Dahan (“Les Rivières Pourpres 2 - Les Anges de l'Apocalypse”, 2004) alterou a estrutura temporal da história. Infelizmente, isso veio fazer mais mal do que bem. Existem diversos momentos em que os contrastes não são suficientes para evitar a confusão na mente do espectador. Além disso, Dahan negligencia por completo todo o período da Segunda Guerra Mundial e elementos como a amizade de Piaf com Marlene Dietrich, Charles Aznavour ou Jean Cocteau, dando, em contrapartida, demasiado tempo de ecrã a Marcel Cedan (Jean-Pierre Martins), campeão de boxe casado com quem Piaf teve uma trágica história de amor.Ainda assim, “La Vie En Rose” capitaliza numa grande personagem e numa voz tão cheia de emoção que se cola ao peito e o aperta até a respiração ser obrigada a sair pelos olhos.
Edith Piaf foi uma mulher cheia de contrastes até à sua morte em 1963 aos 47 anos. Entre a agressividade e a fragilidade, viciada em álcool e em morfina, egoísta e rebelde, condensou em si toda a essência da cidade de Paris e numa canção toda a essência da sua vida: sem arrependimentos.

in http://cinerama.blogs.sapo.pt

1 comentário:

Anónimo disse...

Foi a primeira canção da minha meninice....Fez-me recordar o passado...Nunca mais esqueci a letra...é linda...Nelinha