FUI VER ESTE FILME COM OS MEUS AMIGOS BYKAS E FERNANDO HOJE, 29/10, NA SALA 2 DO CINE SOL-MAR
Premiado com a Palma de Ouro da edição deste ano do Festival de Cannes, o novo filme de Michael Moore é a crítica mais eficaz a George W. Bush que o mundo do espectáculo pariu até agora. ''Fahrenheit 9/11'' é um documentário que espeta o dedo bem no meio de um triângulo cujos vértices são o petróleo, os EUA, e as guerras do Iraque e do Afeganistão. Depois de tantas análises e observações por parte dos media sobre o assunto, este documentário não teria o seu efeito se a figura de Mr. Bush (''Shame on you'') não tivesse também sido ridicularizada ao limite. O presidente do país mais poderoso do mundo é apresentado como um títere nas mãos das milionárias famílias sauditas, um rapaz sem vocação para alguma coisa, um homem que vocifera discursos omnipotentes, mas que estremece por dentro quando sai dos directos da televisão. Com as habituais ligações que toda a gente suspeitava, mas que ninguém conseguia (ou tinha a coragem) de mostrar de forma tão clara, Michael Moore consegue uma excelente hora e meia de esclarecimentos e boas verdades, um verdadeiro terramoto político.O objectivo agora é acabar de vez com as mentiras do presidente dos EUA e evitar a sua reeleição. E se eu fosse George W. Bush e tivesse visto este filme, escondia a cabeça e nunca mais voltava a aparecer. Se critica o estado actual das coisas, veja este filme.
sábado, outubro 30, 2004
sábado, outubro 16, 2004
Os Crimes de Wonderland
FUI VER ESTE FILME COM A MINHA MENINA HOJE, 15/10, ÀS 22H NA SALA 2 DO CINE SOL-MAR EM PONTA DELGADA
"Os Crimes de Wonderland" explora, num estilo Rashomon, os brutais múltiplos homicídios que tiveram lugar na Av. Wonderland, em Laurel Canyon, Los Angeles, durante o Verão de 1981.
Inicialmente, o caso parecia apenas envolver os habituais traficantes de droga e frequentadores de festas, mas rapidamente se tornou um clássico noir de Los Angeles quando se descobriu a ligação do infame rei da pornografia John C. “Johnny Wadd” Holmes.
No momento em que a história começa, Holmes estava caído em desgraça: deixara de ser a maior e mais famosa estrela da indústria hardcore e estava num estado de total ruína financeira e farmacêutica.
Interpretado por Val Kilmer, Holmes é totalmente dedicado à sua namorada adolescente Dawn (Bosworth), embora ainda esteja casado com Sharon (Kudrow), e os três formam um muito pouco convencional triângulo amoroso.
No meio da espiral da sua queda, Holmes torna-se amigo dos traficantes de droga locais: Ron (Josh Lucas) e Susan Launius (Christina Applegate), e o seu “parceiro de negócios”, David Lind (Dylan McDermott), que operava fora do local das festas em Wonderland.
Holmes está fora do seu ambiente natural neste mundo de vida e morte que é o dos crimes de droga onde se aposta muito alto, mas rapidamente se deixa envolver nisto tudo até ao pescoço.
Desesperado por dinheiro e droga, o gang de Wonderland decide roubar um dealer amigo de John – o famoso gangster Eddie Nash (Eric Bogosian).
É logo após este assalto que se dá o massacre de Wonderland.
Será que Holmes tramou os seus companheiros de Wonderland para se safar à ira de Nash? Tudo depende da história em que se quiser acreditar.
Realização: James Cox
Com: Val Kilmer, Lisa Kudrow, Kate Bosworth, Dylan McDermott, Josh Lucas, Christina Applegate, Eric Bogosian
Género: Crime, Drama, Thriller
Distribuição: LNK
EUA, Canandá, 2004
1 h 44 min.
"Os Crimes de Wonderland" explora, num estilo Rashomon, os brutais múltiplos homicídios que tiveram lugar na Av. Wonderland, em Laurel Canyon, Los Angeles, durante o Verão de 1981.
Inicialmente, o caso parecia apenas envolver os habituais traficantes de droga e frequentadores de festas, mas rapidamente se tornou um clássico noir de Los Angeles quando se descobriu a ligação do infame rei da pornografia John C. “Johnny Wadd” Holmes.
No momento em que a história começa, Holmes estava caído em desgraça: deixara de ser a maior e mais famosa estrela da indústria hardcore e estava num estado de total ruína financeira e farmacêutica.
Interpretado por Val Kilmer, Holmes é totalmente dedicado à sua namorada adolescente Dawn (Bosworth), embora ainda esteja casado com Sharon (Kudrow), e os três formam um muito pouco convencional triângulo amoroso.
No meio da espiral da sua queda, Holmes torna-se amigo dos traficantes de droga locais: Ron (Josh Lucas) e Susan Launius (Christina Applegate), e o seu “parceiro de negócios”, David Lind (Dylan McDermott), que operava fora do local das festas em Wonderland.
Holmes está fora do seu ambiente natural neste mundo de vida e morte que é o dos crimes de droga onde se aposta muito alto, mas rapidamente se deixa envolver nisto tudo até ao pescoço.
Desesperado por dinheiro e droga, o gang de Wonderland decide roubar um dealer amigo de John – o famoso gangster Eddie Nash (Eric Bogosian).
É logo após este assalto que se dá o massacre de Wonderland.
Será que Holmes tramou os seus companheiros de Wonderland para se safar à ira de Nash? Tudo depende da história em que se quiser acreditar.
Realização: James Cox
Com: Val Kilmer, Lisa Kudrow, Kate Bosworth, Dylan McDermott, Josh Lucas, Christina Applegate, Eric Bogosian
Género: Crime, Drama, Thriller
Distribuição: LNK
EUA, Canandá, 2004
1 h 44 min.
quinta-feira, outubro 07, 2004
Pedaços de Uma Vida
FUI VER ESTE FILME COM A MINHA NAMORADA NA SALA 2 DO CENTRO COMERCIAL SOL-MAR EM PONTA DELGADA DIA 2004.10.06
''Pedaços de Uma Vida'', ou no original ''Pieces of April'' marca a estreia de Peter Hedges na realização e traz já alguns créditos na bagagem. O filme valeu a Patricia Clarkson uma nomeação para melhor actriz secundária nos Óscares deste ano e foi também destacado pela excelente banda sonora, assinada por Stephin Merritt dos Magnetic Fields. Se este facto pode ser mais ou menos irrelevante para o resultado final, o mesmo já não se pode dizer quanto ao primeiro que revela algo de significativo em relação a este filme. ''Pedaços de Uma Vida'' é um filme de personagens que vive sobretudo das interpretações dos seus actores.Peter Hedges, que começou a sua carreira como argumentista (''Gilbert Grape'', ''About a Boy''), apresenta um argumento imaginativo e engenhoso que explora bem uma situação: a de um almoço em família num dia especial.A acção passa-se durante o dia de Acção de Graças, quando uma rapariga (Katie Holmes) que vive sozinha em Nova Iorque prepara o tradicional perú para o almoço com a família, que vem a caminho. A atenção da câmara vai-se dividindo entre duas situações caricatas: de um lado está Holmes a tentar desesperadamente cozinhar a tempo um almoço apetitoso; do outro, as peripécias da viagem em família. Com o desenrolar do filme, o espectador vai descobrindo mais acerca deste clã. Percebe-se que a mãe (Clarkson) está doentes e que a filha é vista pelos membros desta família como uma ''desnaturada'', embora nunca se perceba muito bem porquê. Hedges consegue explorar de forma competente as tensões familiares e tece um olhar original sobre o tema da família como núcleo afectivo cheio de contradições, evitando sempre cair no sentimentalismo e usando o humor e o distanciamento como armas.
''Pedaços de Uma Vida'', ou no original ''Pieces of April'' marca a estreia de Peter Hedges na realização e traz já alguns créditos na bagagem. O filme valeu a Patricia Clarkson uma nomeação para melhor actriz secundária nos Óscares deste ano e foi também destacado pela excelente banda sonora, assinada por Stephin Merritt dos Magnetic Fields. Se este facto pode ser mais ou menos irrelevante para o resultado final, o mesmo já não se pode dizer quanto ao primeiro que revela algo de significativo em relação a este filme. ''Pedaços de Uma Vida'' é um filme de personagens que vive sobretudo das interpretações dos seus actores.Peter Hedges, que começou a sua carreira como argumentista (''Gilbert Grape'', ''About a Boy''), apresenta um argumento imaginativo e engenhoso que explora bem uma situação: a de um almoço em família num dia especial.A acção passa-se durante o dia de Acção de Graças, quando uma rapariga (Katie Holmes) que vive sozinha em Nova Iorque prepara o tradicional perú para o almoço com a família, que vem a caminho. A atenção da câmara vai-se dividindo entre duas situações caricatas: de um lado está Holmes a tentar desesperadamente cozinhar a tempo um almoço apetitoso; do outro, as peripécias da viagem em família. Com o desenrolar do filme, o espectador vai descobrindo mais acerca deste clã. Percebe-se que a mãe (Clarkson) está doentes e que a filha é vista pelos membros desta família como uma ''desnaturada'', embora nunca se perceba muito bem porquê. Hedges consegue explorar de forma competente as tensões familiares e tece um olhar original sobre o tema da família como núcleo afectivo cheio de contradições, evitando sempre cair no sentimentalismo e usando o humor e o distanciamento como armas.
quarta-feira, outubro 06, 2004
QUE INJUSTIÇA!
ESCREVI ESTA CARTA AO PROFESSOR DOUTOR MARCELO REBELO DE SOUSA POR ACHAR INDECENTE O QUE FIZERAM AO COMENTADOR.
Ponta Delgada, 6 de Outubro de 2004
Caríssimo Sr. Professor,
É com muita indignação que soube que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa já cessou a sua participação no Jornal Nacional na TVI aos domingos com os seus sábios comentários.
Chamo-me Miguel Maurício, sou estudante universitário de Estudos Europeus e Política Internacional da Universidade dos Açores e tenho 26 anos.
Silenciar uma pessoa como o Sr. Professor é sintoma que algo não corre bem neste nosso Portugal, Estado de Direito democrático. Temo que o Estado Novo, na sua expressão de controlador da opinião das pessoas, regressou neste governo de Santana Lopes.
Não tenho problemas em dizer-lhe que sou militante do PSD. Mas isso não faz de mim um acérrimo apoiante de todas as suas políticas. Revejo-me na perspectiva política do Sr. Professor. Uma social-democracia justa e livre. Como disse à Comunicação Social o Professor Pacheco Pereira, “cortar a voz a um crítico é algo de muito preocupante”.
Estou consigo. Aproveito para lhe convidar, na qualidade de Presidente do Núcleo de Estudantes de Estudos Europeus e Política Internacional da Universidade dos Açores, para uma Aula Aberta, quando vier a Ponta Delgada.
Sem outro assunto de momento,
Miguel Maurício
Ponta Delgada, 6 de Outubro de 2004
Caríssimo Sr. Professor,
É com muita indignação que soube que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa já cessou a sua participação no Jornal Nacional na TVI aos domingos com os seus sábios comentários.
Chamo-me Miguel Maurício, sou estudante universitário de Estudos Europeus e Política Internacional da Universidade dos Açores e tenho 26 anos.
Silenciar uma pessoa como o Sr. Professor é sintoma que algo não corre bem neste nosso Portugal, Estado de Direito democrático. Temo que o Estado Novo, na sua expressão de controlador da opinião das pessoas, regressou neste governo de Santana Lopes.
Não tenho problemas em dizer-lhe que sou militante do PSD. Mas isso não faz de mim um acérrimo apoiante de todas as suas políticas. Revejo-me na perspectiva política do Sr. Professor. Uma social-democracia justa e livre. Como disse à Comunicação Social o Professor Pacheco Pereira, “cortar a voz a um crítico é algo de muito preocupante”.
Estou consigo. Aproveito para lhe convidar, na qualidade de Presidente do Núcleo de Estudantes de Estudos Europeus e Política Internacional da Universidade dos Açores, para uma Aula Aberta, quando vier a Ponta Delgada.
Sem outro assunto de momento,
Miguel Maurício
domingo, outubro 03, 2004
Minha Vida Sem Mim
FUI VER ESTE FILME COMOVENTE COM A MINHA NAMORADA MARINA NA SALA 2 NO CENTRO COMERCIAL SOL-MAR EM PONTA DELGADA
Num curto espaço de tempo, Ann (Sarah Polley) descobre que tem cancro e pouco tempo de vida. O final fica claro desde o início, ela vai morrer. Mas a delicadeza com que o tema é abordado e a óptica da personagem perante a gravidade do assunto, rumam a um filme sensível e emocionante. Perece piegas até dizer que a visão da morte torna o filme sensível. No entanto é a maneira como tudo se desenrola, a força que uma mulher de 23 anos mostra para enfrentar o desconhecido e ainda assim estar inteira.
Ann tem uma vida simples, é casada com Don (Scott Speedman), tem duas pequenas filhas e mora numa rolote no quintal da casa da sua mãe. O pai (Alfred Molina) está preso. Seu emprego noturno de limpezas numa faculdade sustenta tudo isso. Ao receber a notícia sobre a doença o seu mundo abre-se ao invés de desmoronar. O seu olhar para o mundo descobre quantas coisas devem ser aproveitadas e descobertas, e então ela prepara-se para a partida. Procura viver intensamente, novas experiências e tornar a vida de cada um que ama melhor quando ela já não estiver por perto. Minha Vida sem Mim retrata exactamente a vida que ela prepara ao seu redor para a felicidade na sua ausência.
É nos braços de outro amor, Lee (Mark Ruffalo), que ela busca refúgio silencioso para a sua dor e solidão. Resultado inevitável da escolha de não dividir seu problema. Seu aliado é um médico tímido, que busca compreender seus sentimentos e ajudá-la.
Com produção de “El Deseo”, empresa produtora de Pedro Almodóvar, a directora Isabel Coixet, inspirou-se num conto, “Pretending the bed is a Raft” de Nanci Kincaid. Mas com a decisão radical de mudar o clima da história, do calor para o frio. Por isso e também pela diminuição de custos a escolha foi o Canadá como cenário.
Claro que é um filme triste, no entanto a beleza está sempre presente. E a personalidade de Ann dá-nos uma lição maravilhosa. Por que esperar a data da morte para seguirmos adiante em direcção daquilo que pode nos fazer mais feliz?
Num curto espaço de tempo, Ann (Sarah Polley) descobre que tem cancro e pouco tempo de vida. O final fica claro desde o início, ela vai morrer. Mas a delicadeza com que o tema é abordado e a óptica da personagem perante a gravidade do assunto, rumam a um filme sensível e emocionante. Perece piegas até dizer que a visão da morte torna o filme sensível. No entanto é a maneira como tudo se desenrola, a força que uma mulher de 23 anos mostra para enfrentar o desconhecido e ainda assim estar inteira.
Ann tem uma vida simples, é casada com Don (Scott Speedman), tem duas pequenas filhas e mora numa rolote no quintal da casa da sua mãe. O pai (Alfred Molina) está preso. Seu emprego noturno de limpezas numa faculdade sustenta tudo isso. Ao receber a notícia sobre a doença o seu mundo abre-se ao invés de desmoronar. O seu olhar para o mundo descobre quantas coisas devem ser aproveitadas e descobertas, e então ela prepara-se para a partida. Procura viver intensamente, novas experiências e tornar a vida de cada um que ama melhor quando ela já não estiver por perto. Minha Vida sem Mim retrata exactamente a vida que ela prepara ao seu redor para a felicidade na sua ausência.
É nos braços de outro amor, Lee (Mark Ruffalo), que ela busca refúgio silencioso para a sua dor e solidão. Resultado inevitável da escolha de não dividir seu problema. Seu aliado é um médico tímido, que busca compreender seus sentimentos e ajudá-la.
Com produção de “El Deseo”, empresa produtora de Pedro Almodóvar, a directora Isabel Coixet, inspirou-se num conto, “Pretending the bed is a Raft” de Nanci Kincaid. Mas com a decisão radical de mudar o clima da história, do calor para o frio. Por isso e também pela diminuição de custos a escolha foi o Canadá como cenário.
Claro que é um filme triste, no entanto a beleza está sempre presente. E a personalidade de Ann dá-nos uma lição maravilhosa. Por que esperar a data da morte para seguirmos adiante em direcção daquilo que pode nos fazer mais feliz?
Rei Artur
FUI VER ESTE MAGNÍFICO FILME COM MINHA NAMORADA MARINA, MINHA MANA ANDREIA E SEU NAMORADO EMANUEL NO PARQUE ATLÂNTICO EM PONTA DELGADA
Conheça a ''verdadeira história que inspirou a lenda''. É esta a proposta deste ''Rei Artur'', realizado por Antoine Fuqua (''Dia de Treino'') e produzido pelo Sr. Blockbuster: Jerry Bruckheimer (''Piratas das Caraíbas''). Ao longo de vários séculos, os historiadores têm considerado o Rei Artur como uma personagem lendária mas por trás do mito esconde-se um herói de carne e osso, dividido entre as suas ambições pessoais e um apurado sentido de dever. Apoiado num orçamento luxuoso, Antoine Fuqua ensaia um retrato realista, centrado na história e no período político do reinado de Artur, um ângulo que não costuma ser explorado nos filmes do género. Rodado na Irlanda, o filme situa-se no ano 500 d.C. e não na Idade Média, como geralmete acontece nas histórias sobre o lendário monarca. Desta vez, as espadas de Excalibur, o Santo Graal e as magias de Merlin dão lugar à queda do império romano, à invasão dos bárbaros saxões em grandes batalhas, aos conflitos religiosos e à tentativa de Artur de manter a Britânia unida. Lucious Artorius Castus (Clive Owen) é um general parte bretão, parte romano, líder de um grupo de cavaleiros sarmátas (os cavaleiros da Távola Redonda) destacado para defender os interesses do Império Romano dos Woads, liderados por Merlin e dos Saxões, liderados por Cerdic.Com muitas cenas de batalhas, este ''Rei Artur'' quase parece um competente filme de acção mas a composição de personagens é tão frágil que se torna difícil distinguir quem é quem. A verdade histórica vai provavelmente ser amplamente discutida pelos especialistasmas e talvez até contestada por alguns. Mas mesmo se encararmos o filme como um produto destinado a entreter o público cinéfilo deste Verão, este ''Rei Artur'' não consegue ir muito longe. Se já viu ''Gladiador'' ou ''Braveheart'' pode sempre tentar descobrir as sete diferenças. Se não viu pode deliciar-se com o biquini de Keira Knightley.
Conheça a ''verdadeira história que inspirou a lenda''. É esta a proposta deste ''Rei Artur'', realizado por Antoine Fuqua (''Dia de Treino'') e produzido pelo Sr. Blockbuster: Jerry Bruckheimer (''Piratas das Caraíbas''). Ao longo de vários séculos, os historiadores têm considerado o Rei Artur como uma personagem lendária mas por trás do mito esconde-se um herói de carne e osso, dividido entre as suas ambições pessoais e um apurado sentido de dever. Apoiado num orçamento luxuoso, Antoine Fuqua ensaia um retrato realista, centrado na história e no período político do reinado de Artur, um ângulo que não costuma ser explorado nos filmes do género. Rodado na Irlanda, o filme situa-se no ano 500 d.C. e não na Idade Média, como geralmete acontece nas histórias sobre o lendário monarca. Desta vez, as espadas de Excalibur, o Santo Graal e as magias de Merlin dão lugar à queda do império romano, à invasão dos bárbaros saxões em grandes batalhas, aos conflitos religiosos e à tentativa de Artur de manter a Britânia unida. Lucious Artorius Castus (Clive Owen) é um general parte bretão, parte romano, líder de um grupo de cavaleiros sarmátas (os cavaleiros da Távola Redonda) destacado para defender os interesses do Império Romano dos Woads, liderados por Merlin e dos Saxões, liderados por Cerdic.Com muitas cenas de batalhas, este ''Rei Artur'' quase parece um competente filme de acção mas a composição de personagens é tão frágil que se torna difícil distinguir quem é quem. A verdade histórica vai provavelmente ser amplamente discutida pelos especialistasmas e talvez até contestada por alguns. Mas mesmo se encararmos o filme como um produto destinado a entreter o público cinéfilo deste Verão, este ''Rei Artur'' não consegue ir muito longe. Se já viu ''Gladiador'' ou ''Braveheart'' pode sempre tentar descobrir as sete diferenças. Se não viu pode deliciar-se com o biquini de Keira Knightley.
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