domingo, maio 16, 2004

Chipre

Localização geográfica: Ásia, noroeste do Mar Mediterrâneo
Área: 9 251 km2
População: 748 982 habitantes (1998)
Capital: Nicósia
Outra cidade importante: Limassol
Data de independência: 1960
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Libra cipriota
Línguas oficiais: Grego e Turco
Religiões maioritárias: Cristianismo, Ortodoxo Grego e Islamismo

Ilha do noroeste do Mar Mediterrâneo, situada a 64 km sul da Turquia, a 97 km oeste da Síria e a 402 km norte do delta do Nilo, no Egipto. Tem uma área de 9 251 km2, o que a torna na terceira maior ilha do Mediterrâneo. Os principais centros urbanos são Nicósia, a capital, e Limassol. O clima é mediterrânico e a temperatura média anual é de 19 oC.
Chipre tem uma economia livre baseada, sobretudo, no comércio e na indústria. O turismo oferece, ao país, uma grande fonte de divisas estrangeiras. A agricultura nacional desenvolveu-se graças à irrigação, o que permitiu a introdução dos citrinos, para além de já serem cultivados a batata, a uva, o milho, a cevada, a alfarroba e o tabaco. A indústria mineral encontra-se bem desenvolvida e produz a pedra de cal, a marga, o gesso, o mármore, o asbesto, a pirite e o crómio. A indústria abrange o petróleo refinado, os materiais de construção, o vinho, a cerveja, o calçado, o vestuário e os cigarros. Os produtos exportados são os artigos de vestuário, o calçado, a batata, os citrinos, a alfarroba e o tabaco e destinam-se, principalmente ao Reino Unido, ao Líbano, à Turquia e à Arábia Saudita. As importações provêm da Turquia, do Reino Unido, da Itália e da Alemanha e incluem os produtos alimentares, os produtos petrolíferos e o equipamento para os transportes.
A população do Chipre está estimada em 748 982 habitantes, o que corresponde a uma densidade de 81 hab./km2. As etnias principais do país são a grega, com 79%, e a turca, com 19%. As religiões com a maior expressão são a ortodoxa grega, com 76%, e a muçulmana, com 19%. As línguas oficiais são o grego e o turco.
Em 1191, durante uma cruzada à Terra Santa, o Rei Ricardo I da Inglaterra conquistou a ilha e concedeu-a ao rei Guy de Lusignan de Jerusalém. Imediatamente foi criada uma monarquia feudal que se prolongou até à Idade Média. Algum tempo depois, os mercadores de Génova e de Veneza passaram a controlar o comércio da ilha até ao século XV, altura em que se tornou parte do Império Veneziano. Em 1573, os turcos otomanos tomaram Chipre e instauraram um arcebispado.
No início do século XIX começaram sérias revoltas na ilha. Em 1878, os britânicos assumiram o controlo do território, depois da autorização do sultão turco que continuou a ser o soberano do Chipre. Mas, com a Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra anexou a ilha e, em 1915, ofereceu-a à Grécia. Em 1924, tornou-se uma colónia da coroa britânica. Depois da Segunda Guerra Mundial, surgiu um movimento grego cipriota que se acentuou com actos de terrorismo contra os opositores britânicos e cipriotas. Em 1960 o Chipre tornou-se independente, mas a violência continuou. Em 1974, a Guarda Nacional do Chipre levou a cabo um golpe de estado. As forças turcas invadiram o território e, um mês depois, passou a controlar o norte da ilha. Os cipriotas turcos formaram governo, embora apenas reconhecido pela Turquia, e a zona sul permaneceu sob o controlo grego. A partir de meados da década de 1980 iniciaram-se conversações acerca da reunificação iniciaram, embora nunca tenham tido sucesso.

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