O veterano produtor Jerry Bruckheimer (“Piratas das Caraíbas: A Maldição do Pérola Negra”, “O Rochedo”, “Armageddon”) e o realizador Jon Turteltaub (“Fenómeno”, “Enquanto Dormias”) uniram esforços para trazer até nós “O Tesouro”.
O galardoado com Óscar Nicolas Cage interpreta o papel do brilhante Benjamin Franklin Gates, um inveterado caçador de tesouros. Toda a sua vida, Gates procurou um tesouro que ninguém acreditou existir: transportado ao longo dos tempos, de continente em continente, para se tornar o maior tesouro que o mundo já conheceu.
Porém, pistas do tesouro estiveram desde sempre ao alcance dos olhos de todos... escondidas, espalhadas um pouco por toda a realidade norte-americana. A longa jornada de Gates à procura do tesouro leva-o a descobrir o inesperado: um mapa no verso da Declaração da Independência.
Mas o que Gates pensava ser a pista final é apenas o início. Para proteger o maior tesouro do mundo, tem que fazer o impensável: roubar o documento mais bem guardado da história americana antes que caia nas mãos erradas.
Numa corrida contra o tempo, Gates terá que fugir ao FBI, manter-se um passo à frente do seu adversário Ian, decifrar as pistas que restam e desvendar um mistério com 2000 anos que protege o maior tesouro de sempre.
Acção e aventura são os ingredientes principais deste empolgante filme que conta com um elenco de luxo no qual se incluem ainda nomes como Harvey Keitel, Jon Voight, Diane Kruger, Sean Bean e Christopher Plummer.
sexta-feira, dezembro 24, 2004
O Novo Diário de Bridget Jones
O Novo Diário de Bridget Jones
Apesar do final feliz do primeiro filme, quatro semanas passadas sobre o primeiro episódio, já Bridget Jones, a solteirona mais famosa do planeta, está desconfortável nos braços do seu insosso namorado, o advogado Mark Darcy (Colin Firth).Darcy, que conhecemos no primeiro filme como o homem quase-perfeito, tolerante e compreensivo terá agora que enfrentar uma namorada muito ciumenta que, para além do medo de o perder para todas as mulheres de Londres, receia a concorrência mais directa e feroz de Rebecca (Jacinta Barrett), a sua inteligente, vistosa e elegante estagiária. Quando parece que as coisas não podiam piorar, eis que entra em cena o antigo chefe de Bridget, o mulherengo Daniel Cleaver (Hugh Grant).Bridget, que continua tão imprevisível como até aqui, é mais uma vez protagonista de uma série de peripécias românticas, mal entendidos e embaraços e volta a provar porque é que se tornou no ícone de mulher trabalhadora e heroína das solteironas um pouco por todo o mundo. Qual James Bond no feminino, agora podemos vê-la a esquiar (ou pelo menos a tentar) na Áustria ou na Tailândia.Esta é a primeira sequela de um filme da produtora Working Title, responsável pelo renascer da comédia britânica, graças a títulos como ''Quatro Casamentos e Um Funeral'', ''Notting Hill'' ou ''O Amor Acontece''. O desafio que esta equipa enfrentava era grande já que a expectativa quanto a este segundo filme era enorme. O produtor Jonathan Cavendish admite que inicialmente estavam em pânico mas o receio de não conseguir fazer um filme que estivesse à altura do primeiro foi-se desvanecendo à medida que o trabalho se foi desenvolvendo e que a equipa se apercebeu que este ''Bridget Jones: The Edge of Reason'', mais do que uma sequela, é um novo filme onde se exploram novas facetas da personagem.Também Renée Zellweger hesitou na altura de aceitar o papel. O facto de ter engordar novamente cerca de dez quilos teve o seu peso mas a actriz não resistiu a vestir novamente a pele da desajeitada heroína. Este novo filme foi também reforçado com a entrada de uma nova realizadora, a veterana Beeban Kidron que substitui a estreante Sharon Maguire, e que se tornou especialista em desenvolver personagens com problemas de auto-estima e com dificuldades para se adaptarem socialmente.Encantada com a sua personagem, Beeban Kidron explicou assim à Premiére o que a fascina nesta heroína: «O que mais gosto nela é que todos temos um pouco de Bridget Jones. Diz o que muitos apenas pensam em segredo, assustam-na as mesmas coisas absurdas que a todos, e vai vivendo do mesmo modo que todos nós. Só que, com ela, tudo resulta de forma muito mais divertida e comovente».
Apesar do final feliz do primeiro filme, quatro semanas passadas sobre o primeiro episódio, já Bridget Jones, a solteirona mais famosa do planeta, está desconfortável nos braços do seu insosso namorado, o advogado Mark Darcy (Colin Firth).Darcy, que conhecemos no primeiro filme como o homem quase-perfeito, tolerante e compreensivo terá agora que enfrentar uma namorada muito ciumenta que, para além do medo de o perder para todas as mulheres de Londres, receia a concorrência mais directa e feroz de Rebecca (Jacinta Barrett), a sua inteligente, vistosa e elegante estagiária. Quando parece que as coisas não podiam piorar, eis que entra em cena o antigo chefe de Bridget, o mulherengo Daniel Cleaver (Hugh Grant).Bridget, que continua tão imprevisível como até aqui, é mais uma vez protagonista de uma série de peripécias românticas, mal entendidos e embaraços e volta a provar porque é que se tornou no ícone de mulher trabalhadora e heroína das solteironas um pouco por todo o mundo. Qual James Bond no feminino, agora podemos vê-la a esquiar (ou pelo menos a tentar) na Áustria ou na Tailândia.Esta é a primeira sequela de um filme da produtora Working Title, responsável pelo renascer da comédia britânica, graças a títulos como ''Quatro Casamentos e Um Funeral'', ''Notting Hill'' ou ''O Amor Acontece''. O desafio que esta equipa enfrentava era grande já que a expectativa quanto a este segundo filme era enorme. O produtor Jonathan Cavendish admite que inicialmente estavam em pânico mas o receio de não conseguir fazer um filme que estivesse à altura do primeiro foi-se desvanecendo à medida que o trabalho se foi desenvolvendo e que a equipa se apercebeu que este ''Bridget Jones: The Edge of Reason'', mais do que uma sequela, é um novo filme onde se exploram novas facetas da personagem.Também Renée Zellweger hesitou na altura de aceitar o papel. O facto de ter engordar novamente cerca de dez quilos teve o seu peso mas a actriz não resistiu a vestir novamente a pele da desajeitada heroína. Este novo filme foi também reforçado com a entrada de uma nova realizadora, a veterana Beeban Kidron que substitui a estreante Sharon Maguire, e que se tornou especialista em desenvolver personagens com problemas de auto-estima e com dificuldades para se adaptarem socialmente.Encantada com a sua personagem, Beeban Kidron explicou assim à Premiére o que a fascina nesta heroína: «O que mais gosto nela é que todos temos um pouco de Bridget Jones. Diz o que muitos apenas pensam em segredo, assustam-na as mesmas coisas absurdas que a todos, e vai vivendo do mesmo modo que todos nós. Só que, com ela, tudo resulta de forma muito mais divertida e comovente».
domingo, dezembro 12, 2004
F.C. Porto: No topo do Mundo
O FC Porto voltou a conquistar a Taça Intercontinental, num jogo frente aos colombianos do CD Once Caldas. A final teve lugar no Estádio Nacional de Yokohama, no Japão e os 'dragões' conquistam este importante troféu, depois de o terem feito em 1987, tendo, na altura, derrotado o CA Peñarol.
Dois avançados
Depois de uma vitória muito importante a meio da semana, ante o Chelsea FC - no jogo que assegurou a passagem aos oitavos-de-final da UEFA Champions League -, o FC Porto partiu para este encontro com uma alteração na defesa, tendo Ricardo Costa regressado à posição de defesa-esquerdo (Areias ficou de fora). Na frente de ataque, Luis Fernández optou por utilizar dois avançados de início, fazendo alinhar Luís Fabiano e Benni McCarthy. Vítor Baía regressou à titularidade.
Golo anulado
O FC Porto entrou bem no jogo e, logo aos sete minutos, os 'dragões' viram um golo anulado a Benni McCarthy, na sequência de um livre cobrado no lado esquerdo. O avançado sul-africano introduziu a bola na baliza dos colombianos mas a jogada foi anulada pelo árbitro da partida, por fora-de-jogo.
Fabiano quase marca
Os portistas voltaram a levar o perigo à baliza de Henao, aos 17 minutos, por intermédio de Luis Fabiano, depois de um lançamento de Seitaridis. O internacional brasileiro rematou em jeito e a bola só não entrou porque embatou na barra. No minuto seguinte, o mesmo jogador não chegou, de cabeça, a um cruzamento.
Portistas azarados
A equipa portuguesa continuou a dominar a partida e, aos 23 minutos, foi a vez de Derlei falhar nova oportunidade, depois de um excelente cruzamento de Luis Fabiano. Numa fase em que a turma portuguesa já merecia a vantagem, os portistas desperdiçaram mais uma oportunidade flagrante, depois de um livre de Diego. A bola embateu duas vezes nos postes da baliza de Henao (ambas por Derlei) e, na recarga, McCarthy atirou por cima.
Domínio quase total
A turma 'azul-e-branca' dominou toda a primeira parte, sendo que o Once Caldas se limitou a esporádicos contra-ataques, como a jogada protagonizada por Viafarra, aos 44 minutos. O jogador correu sobre o lado direito mas rematou ao lado das redes à guarda de Vítor Baía.
Novamente McCarthyO segundo tempo iniciou-se com a mesma toada da primeira parte, com o domínio da equipa portuguesa e, aos 61 minutos, McCarthy voltou a introduzir a bola nas redes da turma colombiana, depois de um remate de Diego. Contudo, a jogada foi novamente anulada, por fora-de-jogo do avançado sul-africano.
'Bomba' à trave
Aos 66 minutos, McCarthy rematou com violência fora da área e a bola embatou mais uma vez na trave da baliza de Henao. Dois minutos depois, foi a vez de Ricardo Costa testar os reflexos do guardião colombiano, depois de um cabeceamento que parecia destinado a dar em golo.
Perigo na área portista
Aos 69 minutos, o Once Caldas levou o perigo à área portista. De Nigris isolou-se, Baía chocou com o mexicano e a bola sobrou para Garcia, que caiu na área, em luta com Seitaridis, sendo que os jogadores sul-americanos reclamaram grande penalidade.
Henao em destaque
À excepção de um ou outro contra-ataque, a equipa colombiana limitou-se a defender e a tapar os caminhos para a sua baliza e apesar de ter coleccionado oportunidades claras de golo, o FC Porto não conseguiu marcar no tempo regulamentar, ainda que McCarthy tivesse desperdiçado nova chance perto do minuto 90, depois de um cruzamento de Quaresma. Henao voltou a efectuar uma grande defesa e o jogo seguiu para prolongamento.
Baía substituído
O início do prolongamento revelou um Once Caldas mais activo e De Nigris voltou a criar perigo, aos seis minutos, mas o atacante fahou o remate. De referir que Vítor Baía se sentiu mal e foi substituído por Nuno ainda na primeira parte. O FC Porto continuou a carregar nos segundos 15 minutos do prolongamento mas a equipa colombiana foi defendendo cada vez mais o empate.
Carlos Alberto quase marca
A melhor oportunidade do prolongamento foi criada aos 21 minutos. Carlos Alberto não chegou, por pouco, a um cruzamento de Quaresma, numa jogada de muito perigo para a baliza de Henao. Os colombianos revelavam-se satisfeitos com o empate e a partida decidiu-se através da marcação de grandes penalidades.
Felicidade nos penalties
Nos penalties, depois de uma primeira série em que Maniche e Fabbro falharam um penalty para cada lado, na segunda série, a formação portuguesa foi mais feliz, já que Garcia falhou uma grande penalidade (a quarta da segunda série). Pedro Emanuel, chamado a converter o quarto penalty, não falhou e o FC Porto pôde, finalmente, festejar. De referir que Diego foi expulso depois de converter a respectiva grande penalidade, já que se dirigiu ao guarda-redes Henao em modos menos próprios. Maniche foi considerado o melhor em campo.
Dois avançados
Depois de uma vitória muito importante a meio da semana, ante o Chelsea FC - no jogo que assegurou a passagem aos oitavos-de-final da UEFA Champions League -, o FC Porto partiu para este encontro com uma alteração na defesa, tendo Ricardo Costa regressado à posição de defesa-esquerdo (Areias ficou de fora). Na frente de ataque, Luis Fernández optou por utilizar dois avançados de início, fazendo alinhar Luís Fabiano e Benni McCarthy. Vítor Baía regressou à titularidade.
Golo anulado
O FC Porto entrou bem no jogo e, logo aos sete minutos, os 'dragões' viram um golo anulado a Benni McCarthy, na sequência de um livre cobrado no lado esquerdo. O avançado sul-africano introduziu a bola na baliza dos colombianos mas a jogada foi anulada pelo árbitro da partida, por fora-de-jogo.
Fabiano quase marca
Os portistas voltaram a levar o perigo à baliza de Henao, aos 17 minutos, por intermédio de Luis Fabiano, depois de um lançamento de Seitaridis. O internacional brasileiro rematou em jeito e a bola só não entrou porque embatou na barra. No minuto seguinte, o mesmo jogador não chegou, de cabeça, a um cruzamento.
Portistas azarados
A equipa portuguesa continuou a dominar a partida e, aos 23 minutos, foi a vez de Derlei falhar nova oportunidade, depois de um excelente cruzamento de Luis Fabiano. Numa fase em que a turma portuguesa já merecia a vantagem, os portistas desperdiçaram mais uma oportunidade flagrante, depois de um livre de Diego. A bola embateu duas vezes nos postes da baliza de Henao (ambas por Derlei) e, na recarga, McCarthy atirou por cima.
Domínio quase total
A turma 'azul-e-branca' dominou toda a primeira parte, sendo que o Once Caldas se limitou a esporádicos contra-ataques, como a jogada protagonizada por Viafarra, aos 44 minutos. O jogador correu sobre o lado direito mas rematou ao lado das redes à guarda de Vítor Baía.
Novamente McCarthyO segundo tempo iniciou-se com a mesma toada da primeira parte, com o domínio da equipa portuguesa e, aos 61 minutos, McCarthy voltou a introduzir a bola nas redes da turma colombiana, depois de um remate de Diego. Contudo, a jogada foi novamente anulada, por fora-de-jogo do avançado sul-africano.
'Bomba' à trave
Aos 66 minutos, McCarthy rematou com violência fora da área e a bola embatou mais uma vez na trave da baliza de Henao. Dois minutos depois, foi a vez de Ricardo Costa testar os reflexos do guardião colombiano, depois de um cabeceamento que parecia destinado a dar em golo.
Perigo na área portista
Aos 69 minutos, o Once Caldas levou o perigo à área portista. De Nigris isolou-se, Baía chocou com o mexicano e a bola sobrou para Garcia, que caiu na área, em luta com Seitaridis, sendo que os jogadores sul-americanos reclamaram grande penalidade.
Henao em destaque
À excepção de um ou outro contra-ataque, a equipa colombiana limitou-se a defender e a tapar os caminhos para a sua baliza e apesar de ter coleccionado oportunidades claras de golo, o FC Porto não conseguiu marcar no tempo regulamentar, ainda que McCarthy tivesse desperdiçado nova chance perto do minuto 90, depois de um cruzamento de Quaresma. Henao voltou a efectuar uma grande defesa e o jogo seguiu para prolongamento.
Baía substituído
O início do prolongamento revelou um Once Caldas mais activo e De Nigris voltou a criar perigo, aos seis minutos, mas o atacante fahou o remate. De referir que Vítor Baía se sentiu mal e foi substituído por Nuno ainda na primeira parte. O FC Porto continuou a carregar nos segundos 15 minutos do prolongamento mas a equipa colombiana foi defendendo cada vez mais o empate.
Carlos Alberto quase marca
A melhor oportunidade do prolongamento foi criada aos 21 minutos. Carlos Alberto não chegou, por pouco, a um cruzamento de Quaresma, numa jogada de muito perigo para a baliza de Henao. Os colombianos revelavam-se satisfeitos com o empate e a partida decidiu-se através da marcação de grandes penalidades.
Felicidade nos penalties
Nos penalties, depois de uma primeira série em que Maniche e Fabbro falharam um penalty para cada lado, na segunda série, a formação portuguesa foi mais feliz, já que Garcia falhou uma grande penalidade (a quarta da segunda série). Pedro Emanuel, chamado a converter o quarto penalty, não falhou e o FC Porto pôde, finalmente, festejar. De referir que Diego foi expulso depois de converter a respectiva grande penalidade, já que se dirigiu ao guarda-redes Henao em modos menos próprios. Maniche foi considerado o melhor em campo.
domingo, dezembro 05, 2004
Collateral
FUI VER ESTE FILME NA SALA 1 DOS CINEMAS DO CENTRO COMERCIAL SOL-MAR COM A MARINA
Max é taxista há 12 anos e nunca viveu preocupações de maior no seu táxi - até esta noite... Vincent (Tom Cruise) é um assassino contratado por um cartel de narcotraficantes que, ao descobrir que vão ser acusados por um júri federal, montam uma operação para identificar e matar as testemunhas-chave. A última fase é esta noite e Vincent chega a Los Angeles, para eliminar cinco pessoas. Acaba por sequestrar o táxi de Max, que está disponível, no sítio e à hora errada. E enquanto a polícia de Los Angeles e o FBI os perseguem, as vidas de Max e Vincent vão depender uma da outra de uma forma que eles nunca poderiam ter imaginado.
Título original: Collateral
De: Michael Mann
Com: Jada Pinkett Smith, Jamie Foxx, Tom Cruise
Género: Drama, Thriller
Classificação: M/12
EUA, 2004
120 min.
Max é taxista há 12 anos e nunca viveu preocupações de maior no seu táxi - até esta noite... Vincent (Tom Cruise) é um assassino contratado por um cartel de narcotraficantes que, ao descobrir que vão ser acusados por um júri federal, montam uma operação para identificar e matar as testemunhas-chave. A última fase é esta noite e Vincent chega a Los Angeles, para eliminar cinco pessoas. Acaba por sequestrar o táxi de Max, que está disponível, no sítio e à hora errada. E enquanto a polícia de Los Angeles e o FBI os perseguem, as vidas de Max e Vincent vão depender uma da outra de uma forma que eles nunca poderiam ter imaginado.
Título original: Collateral
De: Michael Mann
Com: Jada Pinkett Smith, Jamie Foxx, Tom Cruise
Género: Drama, Thriller
Classificação: M/12
EUA, 2004
120 min.
quarta-feira, dezembro 01, 2004
Antes do Anoitecer
FUI VER ESTE FILME NA SALA 1 NO CENTRO COMERCIAL SOL-MAR EM PONTA DELGADA PELAS 22H, COM A MINHA CARA-METADE
Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy), dois jovens com vinte e poucos anos, encontraram-se em 1994, tiveram 14 horas para se conhecer, entre viagens de Inter Rail, e prometeram rever-se seis meses depois. Era assim que acabava ''Before Sunrise''. Agora, nove anos depois eles têm Paris. Jesse vive em Nova Iorque e está de passagem pela cidade para promover o seu livro - sobre o encontro de uma rapariga francesa com um rapaz americano que mais não é do que a sua história com Celine. Ele cumpriu a promessa de regressar a Viena, ela não pôde. Na última apresentação do best seller, Jesse vê Celine ao fundo da livraria Shakespeare & Co, que foi até lá depois de saber da sua presença. Ela vive em Paris, ele tem um voo para Nova Iorque dentro de uma hora e meia. Nesse pequeno espaço de tempo, os dois passeiam os seus trinta anos por Paris, falam sobre a globalização, as relações entre as pessoas, as memórias e os arrependimentos e redescobrem a sua paixão pelo inesperado e um pelo outro. Eles precisam de saber se o que aconteceu no seu primeiro encontro foi real ou apenas idealizado? Querem saber o que se passou nas suas vidas ao longo dos últimos nove anos e têm pouco mais de uma hora para o descobrir. Para perceber o que podia ter sido e para ver o que acontece.Como é que acaba ''Before Sunset''? Depois de um espaço para as canções, em que Celine dedica uma valsa a Jesse (Julie Delpy canta, na realidade e essa valsa está incluída no seu primeiro disco a solo, editado no ano passado), surge o final que pode (novamente) ser lido de várias maneiras. Tudo depende da reserva de romantismo ou dos danos provocados pelo cinismo em cada um.''Antes do Anoitecer'' (''Before Sunset'') é a continuação de ''Antes do Amanhecer'' (''Before Sunrise''), um filme que se tornou de culto, realizado por Richard Linklater. O final em aberto do primeiro filme deixou esta equipa com vontade de voltar à história e de descobrir o que tinha sido feito de Jesse e Celine. A prova de que durante estes anos falaram disso, trocando emails sobre o assunto, está num filme anterior de Linklater, ''Waking Life'', que misturava animação e imagem real e em que o par aparecia, mostrando que tinha vontade de regressar.A maior novidade deste ''Before Sunset'' - cujo argumento foi escrito a três mãos por Ethan Hawke, Julie Delpy e Linklater - está no facto de este simular que tudo se passa em tempo real, já que o filme dura o tempo exacto deste encontro. Tal como no primeiro, parece que ''nada se passa'' de especial e é talvez nessa característica, de explorar um certo nível de naturalismo, que reside a chave para perceber porque razão tantos espectadores se apaixonaram por esta dupla e pela sua história.
Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy), dois jovens com vinte e poucos anos, encontraram-se em 1994, tiveram 14 horas para se conhecer, entre viagens de Inter Rail, e prometeram rever-se seis meses depois. Era assim que acabava ''Before Sunrise''. Agora, nove anos depois eles têm Paris. Jesse vive em Nova Iorque e está de passagem pela cidade para promover o seu livro - sobre o encontro de uma rapariga francesa com um rapaz americano que mais não é do que a sua história com Celine. Ele cumpriu a promessa de regressar a Viena, ela não pôde. Na última apresentação do best seller, Jesse vê Celine ao fundo da livraria Shakespeare & Co, que foi até lá depois de saber da sua presença. Ela vive em Paris, ele tem um voo para Nova Iorque dentro de uma hora e meia. Nesse pequeno espaço de tempo, os dois passeiam os seus trinta anos por Paris, falam sobre a globalização, as relações entre as pessoas, as memórias e os arrependimentos e redescobrem a sua paixão pelo inesperado e um pelo outro. Eles precisam de saber se o que aconteceu no seu primeiro encontro foi real ou apenas idealizado? Querem saber o que se passou nas suas vidas ao longo dos últimos nove anos e têm pouco mais de uma hora para o descobrir. Para perceber o que podia ter sido e para ver o que acontece.Como é que acaba ''Before Sunset''? Depois de um espaço para as canções, em que Celine dedica uma valsa a Jesse (Julie Delpy canta, na realidade e essa valsa está incluída no seu primeiro disco a solo, editado no ano passado), surge o final que pode (novamente) ser lido de várias maneiras. Tudo depende da reserva de romantismo ou dos danos provocados pelo cinismo em cada um.''Antes do Anoitecer'' (''Before Sunset'') é a continuação de ''Antes do Amanhecer'' (''Before Sunrise''), um filme que se tornou de culto, realizado por Richard Linklater. O final em aberto do primeiro filme deixou esta equipa com vontade de voltar à história e de descobrir o que tinha sido feito de Jesse e Celine. A prova de que durante estes anos falaram disso, trocando emails sobre o assunto, está num filme anterior de Linklater, ''Waking Life'', que misturava animação e imagem real e em que o par aparecia, mostrando que tinha vontade de regressar.A maior novidade deste ''Before Sunset'' - cujo argumento foi escrito a três mãos por Ethan Hawke, Julie Delpy e Linklater - está no facto de este simular que tudo se passa em tempo real, já que o filme dura o tempo exacto deste encontro. Tal como no primeiro, parece que ''nada se passa'' de especial e é talvez nessa característica, de explorar um certo nível de naturalismo, que reside a chave para perceber porque razão tantos espectadores se apaixonaram por esta dupla e pela sua história.
segunda-feira, novembro 29, 2004
A Vila
FUI VER ESTE FILME COM A MINHA MENINA NA SALA 4 DO PARQUE ATLÂNTICO PELAS 21:30
Depois de ''O Sexto Sentido'', ''O Protegido'' e ''Sinais'', M. Night Shyamalan está de regresso ao grande ecrã com ''A Vila''. Mas as novidades são poucas: o realizador insiste na receita habitual de criar um final-surpresa e o argumento acaba por sair fragilizado.Desta vez a acção centra-se na população de uma pequena vila isolada da Pensilvânia, no final do século XIX, que parece levar uma vida quase perfeita, apesar dos seus estranhos vizinhos. Há muito que eles sabem da existência de criaturas misteriosas que vivem nos bosques que rodeiam as suas casas. Mas, graças a um antiga trégua, estes seres - a quem eles se referem como ''aqueles de quem não falamos'' (those we don't speak of) - não os atacam desde que estes não ousem atravessar os limites da povoação, os presenteiem regularmente com alguns bocados de carne e evitem usar vermelho. Durante a noite há tochas que iluminam o perímetro da vila e um guarda nocturno que fica numa torre mas, apesar disso, a vida decorre como numa bonita história infantil, por entre festas de casamento, bailes e banquetes ao ar livre.A comunidade divide-se em dois grupos: o dos mais velhos, liderado por William Hurt, e o dos mais novos que contestam o medo dos pais. Quando o irmão de um dos líderes da vila morre o jovem e curioso Lucius Hunt (Joaquin Phoenix) oferece-se para atravessar esta fronteira à procura de medicamentos para futuras emergências. A sua vontade de entrar no desconhecido vem ameaçar o futuro da vila. À medida que os sinais nas portas e as cabeças de gado decepadas se multiplicam, o medo começa a espalhar-se pela comunidade...''A Vila'' funciona como uma alegoria para o ambiente que se vive nos EUA desde os ataques terroristas, com a paranóia das constantes elevações dos códigos de alerta. Segundo explicou M. Night Shyamalan à revista Época, o filme nasceu da sua reacção emocional ao 11 de Setembro. ''Estamos num período da História em que tudo vai terminar terrivelmente mal ou vamos atingir uma nova era dourada, talvez até com a morte da religião. Existe um desejo latente de sermos todos inocentes novamente'', disse o cineasta. Shyamalan é um realizador que sabe como criar uma eficaz atmosfera de suspense e, em A Vila, ele utiliza todos os truques que conhece para gerar um clima de tensão, quase insuportável. Há sombras que atravessam rapidamente o ecrã, ruídos que parecem aproximar-se por trás da plateia e longos momentos de silêncio que ajudam a agudizar o suspense. O filme contém algumas cenas visualmente bem conseguidas e excelentes interpretações (destaque para Adrien Brody e Bryce Dallas). Infelizmente, Shyalaman não tem os mesmos dons de argumentista e ficou preso numa armadilha que ele próprio criou – a obrigação de criar um final-surpresa - o que faz com que cada novo projecto pareça mais fraco. Apesar de ter algumas qualidades, este ''A Vila'' não sobrevive a uma análise apurada e o final-surpresa acaba por ser um verdadeiro banho de água fria.
Depois de ''O Sexto Sentido'', ''O Protegido'' e ''Sinais'', M. Night Shyamalan está de regresso ao grande ecrã com ''A Vila''. Mas as novidades são poucas: o realizador insiste na receita habitual de criar um final-surpresa e o argumento acaba por sair fragilizado.Desta vez a acção centra-se na população de uma pequena vila isolada da Pensilvânia, no final do século XIX, que parece levar uma vida quase perfeita, apesar dos seus estranhos vizinhos. Há muito que eles sabem da existência de criaturas misteriosas que vivem nos bosques que rodeiam as suas casas. Mas, graças a um antiga trégua, estes seres - a quem eles se referem como ''aqueles de quem não falamos'' (those we don't speak of) - não os atacam desde que estes não ousem atravessar os limites da povoação, os presenteiem regularmente com alguns bocados de carne e evitem usar vermelho. Durante a noite há tochas que iluminam o perímetro da vila e um guarda nocturno que fica numa torre mas, apesar disso, a vida decorre como numa bonita história infantil, por entre festas de casamento, bailes e banquetes ao ar livre.A comunidade divide-se em dois grupos: o dos mais velhos, liderado por William Hurt, e o dos mais novos que contestam o medo dos pais. Quando o irmão de um dos líderes da vila morre o jovem e curioso Lucius Hunt (Joaquin Phoenix) oferece-se para atravessar esta fronteira à procura de medicamentos para futuras emergências. A sua vontade de entrar no desconhecido vem ameaçar o futuro da vila. À medida que os sinais nas portas e as cabeças de gado decepadas se multiplicam, o medo começa a espalhar-se pela comunidade...''A Vila'' funciona como uma alegoria para o ambiente que se vive nos EUA desde os ataques terroristas, com a paranóia das constantes elevações dos códigos de alerta. Segundo explicou M. Night Shyamalan à revista Época, o filme nasceu da sua reacção emocional ao 11 de Setembro. ''Estamos num período da História em que tudo vai terminar terrivelmente mal ou vamos atingir uma nova era dourada, talvez até com a morte da religião. Existe um desejo latente de sermos todos inocentes novamente'', disse o cineasta. Shyamalan é um realizador que sabe como criar uma eficaz atmosfera de suspense e, em A Vila, ele utiliza todos os truques que conhece para gerar um clima de tensão, quase insuportável. Há sombras que atravessam rapidamente o ecrã, ruídos que parecem aproximar-se por trás da plateia e longos momentos de silêncio que ajudam a agudizar o suspense. O filme contém algumas cenas visualmente bem conseguidas e excelentes interpretações (destaque para Adrien Brody e Bryce Dallas). Infelizmente, Shyalaman não tem os mesmos dons de argumentista e ficou preso numa armadilha que ele próprio criou – a obrigação de criar um final-surpresa - o que faz com que cada novo projecto pareça mais fraco. Apesar de ter algumas qualidades, este ''A Vila'' não sobrevive a uma análise apurada e o final-surpresa acaba por ser um verdadeiro banho de água fria.
segunda-feira, novembro 15, 2004
Terminal de Aeroporto
FUI VER ESTE FILME, HOJE, 14/11 NA SALA 1 DO PARQUE ATLÂNTICO COM A MINHA NAMORADA, MARINA
Viktor Navorski (Tom Hanks) é um imigrante de leste (Krakozhia, terra de ficção) que se encontra retido no aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque, porque o seu país de origem deixa de existir, enquanto este voa em direcção à América, invalidando o seu passaporte. Ele vê-se então na situação de não ter autorização para entrar nos Estados Unidos, embora ninguém o obrigue a sair. Navorski tem de se organizar, de modo a passar os seus dias e noites na sala dos passageiros em trânsito, numa espécie de limbo existencial, até que a guerra que eclodiu no seu país acabe. É assim que ele se instala na Porta 67, onde vai comendo fast food e aprende a viver das moedas devolvidas pelos carrinhos das bagagens. À medida que as semanas e meses vão passando, Viktor descobre que o micro-universo do terminal é um mundo rico e complexo, recheado de absurdos, generosidade, ambição, divertimento e até de romance, graças a uma bonita hospedeira chamada Amelia (Catherine Zeta-Jones). O problema é que Viktor esgotou, há muito, as boas vindas de Frank Dixon, o director do aeroporto, que o considera um problema técnico da burocracia, qualquer coisa que não pode contornar mas que quer desesperadamente fazer desaparecer.Apesar do argumento parecer caricato, ele é inspirado num caso bem real: o de Merhan Karim Nasseri - ou Alfred, como é conhecido no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Merhan é um cidadão iraniano, exilado político depois de se ter manifestado contra o Xá do Irão nos anos 70. Em 1988, ele não consegue entrar em Londres por ter apenas uma fotocópia do passaporte e é expulso para Paris, local onde embarcara. Sucedem-se uma série de absurdos burocráticos e ele começa a aprender a viver no aeroporto, entre pilotos, hospedeiras, empregados de cafés e restaurantes. Em 1999, a Bélgica interessa-se pelo caso e resolve dar-lhe um passaporte válido mas Alfred já não quer sair do aeroporto.Obviamente, o argumento de Spielbergh coloca a situação nos domínios da fábula, pondo Viktor Navorski em contacto com uma série de personagens que simbolizam o melting pot americano, desde uma hospedeira de terra, interpretada por Catherine Zeta-Jones, uma mulher do "midwest" americano, até aos passageiros judeus ou hare-krishnas, passando pelo pessoal que trabalha no aeroporto, como é o caso da personagem do mexicano Diego Luna (''E a tua mãe também''), que é um dos representantes do mosaico étnico americano. Temos assim construído o micro-cosmos da sociedade americana com um verdadeiro americano (é assim que muitos vêem Tom Hanks) como figura central desta narrativa.Apesar de Steven Spielberg não ser propriamente um cineasta político, a decisão de situar a acção do seu filme num aeroporto americano não é inocente. Nos tempos de desconfiança que varrem a América e o mundo ocidental, este local é o palco ideal para lançar algumas reflexões. À priori, um aeroporto é sempre um sítio onde qualquer viajante se sente pequeno ou até inseguro e serve também para ilustrar na perfeição o verdadeiro melting pot que é a América e a forma como a frieza das fronteiras e as manobras de segurança dificultam que dele se tire melhor partido. Como quase sempre acontece nas obras de Spielberg, o objectivo último deste ''Terminal de Aeroporto'' é pôr o público a sonhar, a emocionar-se e a sorrir. ''Este é um tempo em que precisamos de rir e é para isso que servem os filmes de Hollywood, para fazer rir as pessoas que vivem tempos difíceis'', disse o realizador.
Viktor Navorski (Tom Hanks) é um imigrante de leste (Krakozhia, terra de ficção) que se encontra retido no aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque, porque o seu país de origem deixa de existir, enquanto este voa em direcção à América, invalidando o seu passaporte. Ele vê-se então na situação de não ter autorização para entrar nos Estados Unidos, embora ninguém o obrigue a sair. Navorski tem de se organizar, de modo a passar os seus dias e noites na sala dos passageiros em trânsito, numa espécie de limbo existencial, até que a guerra que eclodiu no seu país acabe. É assim que ele se instala na Porta 67, onde vai comendo fast food e aprende a viver das moedas devolvidas pelos carrinhos das bagagens. À medida que as semanas e meses vão passando, Viktor descobre que o micro-universo do terminal é um mundo rico e complexo, recheado de absurdos, generosidade, ambição, divertimento e até de romance, graças a uma bonita hospedeira chamada Amelia (Catherine Zeta-Jones). O problema é que Viktor esgotou, há muito, as boas vindas de Frank Dixon, o director do aeroporto, que o considera um problema técnico da burocracia, qualquer coisa que não pode contornar mas que quer desesperadamente fazer desaparecer.Apesar do argumento parecer caricato, ele é inspirado num caso bem real: o de Merhan Karim Nasseri - ou Alfred, como é conhecido no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Merhan é um cidadão iraniano, exilado político depois de se ter manifestado contra o Xá do Irão nos anos 70. Em 1988, ele não consegue entrar em Londres por ter apenas uma fotocópia do passaporte e é expulso para Paris, local onde embarcara. Sucedem-se uma série de absurdos burocráticos e ele começa a aprender a viver no aeroporto, entre pilotos, hospedeiras, empregados de cafés e restaurantes. Em 1999, a Bélgica interessa-se pelo caso e resolve dar-lhe um passaporte válido mas Alfred já não quer sair do aeroporto.Obviamente, o argumento de Spielbergh coloca a situação nos domínios da fábula, pondo Viktor Navorski em contacto com uma série de personagens que simbolizam o melting pot americano, desde uma hospedeira de terra, interpretada por Catherine Zeta-Jones, uma mulher do "midwest" americano, até aos passageiros judeus ou hare-krishnas, passando pelo pessoal que trabalha no aeroporto, como é o caso da personagem do mexicano Diego Luna (''E a tua mãe também''), que é um dos representantes do mosaico étnico americano. Temos assim construído o micro-cosmos da sociedade americana com um verdadeiro americano (é assim que muitos vêem Tom Hanks) como figura central desta narrativa.Apesar de Steven Spielberg não ser propriamente um cineasta político, a decisão de situar a acção do seu filme num aeroporto americano não é inocente. Nos tempos de desconfiança que varrem a América e o mundo ocidental, este local é o palco ideal para lançar algumas reflexões. À priori, um aeroporto é sempre um sítio onde qualquer viajante se sente pequeno ou até inseguro e serve também para ilustrar na perfeição o verdadeiro melting pot que é a América e a forma como a frieza das fronteiras e as manobras de segurança dificultam que dele se tire melhor partido. Como quase sempre acontece nas obras de Spielberg, o objectivo último deste ''Terminal de Aeroporto'' é pôr o público a sonhar, a emocionar-se e a sorrir. ''Este é um tempo em que precisamos de rir e é para isso que servem os filmes de Hollywood, para fazer rir as pessoas que vivem tempos difíceis'', disse o realizador.
domingo, novembro 14, 2004
Man on Fire
FUI VER ESTE THRILLER HOJE, 13/11 PELAS 21:40 NA SALA 2 CASTELLO LOPES CINEMAS NO PARQUE ATLÂNTICO EM PONTA DELGADA, COM A MINHA QUERIDA NAMORADA, MARINA
Género:Thriller
Titulo Original: Man On Fire
Titulo em Português: Homem Em Fúria
Realização: Tony Scott
Actores: Chris Walken, Dakota Fanning, Denzel Washington
Estudios: Fox 2000 Pictures/New Regency Pictures
Produtor: Lucas Foster, Arnon Milchan
Fotografia: Paul CameronMontagem: Christian Wagner
País: E.U.A
Duração: 01:00:00
Uma onda de raptos invadiu o México, provocando o pânico entre os cidadãos, especialmente naqueles que são pais. John Creasy, um ex-agente da CIA, desiludido com a vida, é contratado para ser guarda-costas de uma criança de 9 anos, Pita Ramos, filha dum industrial. Quando Pita é raptada, Creasy vai encontrar um novo propósito na vida.
Género:Thriller
Titulo Original: Man On Fire
Titulo em Português: Homem Em Fúria
Realização: Tony Scott
Actores: Chris Walken, Dakota Fanning, Denzel Washington
Estudios: Fox 2000 Pictures/New Regency Pictures
Produtor: Lucas Foster, Arnon Milchan
Fotografia: Paul CameronMontagem: Christian Wagner
País: E.U.A
Duração: 01:00:00
Uma onda de raptos invadiu o México, provocando o pânico entre os cidadãos, especialmente naqueles que são pais. John Creasy, um ex-agente da CIA, desiludido com a vida, é contratado para ser guarda-costas de uma criança de 9 anos, Pita Ramos, filha dum industrial. Quando Pita é raptada, Creasy vai encontrar um novo propósito na vida.
segunda-feira, novembro 08, 2004
terça-feira, novembro 02, 2004
Madredeus em Ponta Delgada
O grupo lisboeta Madredeus deu hoje, 01 de Novembro pelas 21:30 no Teatro Micaelense em Ponta Delgada, um concerto memorável. Eu, a minha Marina, a minha mana e o seu namorado estivemos lá!
"Um Amor Infinito
Há 19 anos que existe um grupo independente de músicos e autores/compositores, chamado de Madredeus. Passaram 17 anos, desde que foi editado o seu primeiro disco. Este grupo foi criado para dizer através da música e da escrita de poesia, coisas que de outro modo não se podem dizer, ou não chegam a ser ouvidas, coisas de Lisboa, coisas de Portugal, coisas de toda a Humanidade, coisas da Terra e coisas do Céu, na nossa época.Ao longo destes anos fomos tentando enunciar o nosso projecto no mundo,através da pulsante actividade pública da nossa companhia musicalitinerante.Os Madredeus, cultivaram o espectáculo ao vivo, o amor pela música.Viajaram incessantemente.Sabemos que poucos grupos da música popular duraram tantos anos, e não queríamos vir a ser surpreendidos pelo inevitável fim, sem termos tentado expressamente agradecer ( como se pode fazer através da nossa arte), a todo esse público desconhecido, que em tantas cidades, em tantos países e tão repetidas vezes, nos esperou, e depois nos escutou, com tanta atenção e no mais profundo silêncio.O nosso novo disco,que é apresentação do nosso futuro concerto, encerra no entanto, um desejo particular, que é o de se querer tornar num gesto de agradecimento e insinuar o nosso reconhecimento a todas essas pessoas que pelo menos numa noite partilharam e ajudaram a definir, a nossa fantasia e onosso sentimento.A todos eles, vai dedicado o melhor que temos, a melhor música que conseguimos fazer, sem alterar nem o espírito nem o estilo, nem as regras de escrita dos Madredeus.Encontrámos, na nossa estrada, um amor Infinito, concerto após concerto, ano após ano, disco após disco, gostávamos que isto se soubesse e queríamos aproveitar esta oportunidade para o agradecer." Um Amor Infinito " ,este disco que agora se publica, encerra uma parte do nosso novo concerto, apresenta uma parte do repertório que futuramente se apresentará ao vivo. " Um Amor Infinito" , é uma fantasia musical de raíz portuguesa, como o foram todos os outros discos, canta o amor do hemisfério lusitano, um amor que é humano e universal, o amor dos mistérios da saudade." Um Amor Infinito " ,já apresenta também uma das canções que escrevemos a Lisboa.Escrevemos para este concerto, o quinto concerto dos Madredeus, uma série de canções dedicadas a Lisboa, a "quem" também quisemos agradecer, de forma simbólica, toda a inspiração e imaginário que constituiu para o grupo.A segunda parte do recital, que só será editada mais tarde,durante a digressão, mas que já se encontra gravada, apresentará as outras canções de Lisboa, com que agora nos determinámos a viajar.Esperamos que gostem, das guitarras, dos poemas, dos arranjos musicais,enfim, das canções que nós escrevemos e que a Teresa Salgueiro canta, ao longo de " Um Amor Infinito ". Muito obrigado também, pela vossa atenção"
Pedro Ayres Magalhães
"Um Amor Infinito
Há 19 anos que existe um grupo independente de músicos e autores/compositores, chamado de Madredeus. Passaram 17 anos, desde que foi editado o seu primeiro disco. Este grupo foi criado para dizer através da música e da escrita de poesia, coisas que de outro modo não se podem dizer, ou não chegam a ser ouvidas, coisas de Lisboa, coisas de Portugal, coisas de toda a Humanidade, coisas da Terra e coisas do Céu, na nossa época.Ao longo destes anos fomos tentando enunciar o nosso projecto no mundo,através da pulsante actividade pública da nossa companhia musicalitinerante.Os Madredeus, cultivaram o espectáculo ao vivo, o amor pela música.Viajaram incessantemente.Sabemos que poucos grupos da música popular duraram tantos anos, e não queríamos vir a ser surpreendidos pelo inevitável fim, sem termos tentado expressamente agradecer ( como se pode fazer através da nossa arte), a todo esse público desconhecido, que em tantas cidades, em tantos países e tão repetidas vezes, nos esperou, e depois nos escutou, com tanta atenção e no mais profundo silêncio.O nosso novo disco,que é apresentação do nosso futuro concerto, encerra no entanto, um desejo particular, que é o de se querer tornar num gesto de agradecimento e insinuar o nosso reconhecimento a todas essas pessoas que pelo menos numa noite partilharam e ajudaram a definir, a nossa fantasia e onosso sentimento.A todos eles, vai dedicado o melhor que temos, a melhor música que conseguimos fazer, sem alterar nem o espírito nem o estilo, nem as regras de escrita dos Madredeus.Encontrámos, na nossa estrada, um amor Infinito, concerto após concerto, ano após ano, disco após disco, gostávamos que isto se soubesse e queríamos aproveitar esta oportunidade para o agradecer." Um Amor Infinito " ,este disco que agora se publica, encerra uma parte do nosso novo concerto, apresenta uma parte do repertório que futuramente se apresentará ao vivo. " Um Amor Infinito" , é uma fantasia musical de raíz portuguesa, como o foram todos os outros discos, canta o amor do hemisfério lusitano, um amor que é humano e universal, o amor dos mistérios da saudade." Um Amor Infinito " ,já apresenta também uma das canções que escrevemos a Lisboa.Escrevemos para este concerto, o quinto concerto dos Madredeus, uma série de canções dedicadas a Lisboa, a "quem" também quisemos agradecer, de forma simbólica, toda a inspiração e imaginário que constituiu para o grupo.A segunda parte do recital, que só será editada mais tarde,durante a digressão, mas que já se encontra gravada, apresentará as outras canções de Lisboa, com que agora nos determinámos a viajar.Esperamos que gostem, das guitarras, dos poemas, dos arranjos musicais,enfim, das canções que nós escrevemos e que a Teresa Salgueiro canta, ao longo de " Um Amor Infinito ". Muito obrigado também, pela vossa atenção"
Pedro Ayres Magalhães
sábado, outubro 30, 2004
Fahrenheit 9/11
FUI VER ESTE FILME COM OS MEUS AMIGOS BYKAS E FERNANDO HOJE, 29/10, NA SALA 2 DO CINE SOL-MAR
Premiado com a Palma de Ouro da edição deste ano do Festival de Cannes, o novo filme de Michael Moore é a crítica mais eficaz a George W. Bush que o mundo do espectáculo pariu até agora. ''Fahrenheit 9/11'' é um documentário que espeta o dedo bem no meio de um triângulo cujos vértices são o petróleo, os EUA, e as guerras do Iraque e do Afeganistão. Depois de tantas análises e observações por parte dos media sobre o assunto, este documentário não teria o seu efeito se a figura de Mr. Bush (''Shame on you'') não tivesse também sido ridicularizada ao limite. O presidente do país mais poderoso do mundo é apresentado como um títere nas mãos das milionárias famílias sauditas, um rapaz sem vocação para alguma coisa, um homem que vocifera discursos omnipotentes, mas que estremece por dentro quando sai dos directos da televisão. Com as habituais ligações que toda a gente suspeitava, mas que ninguém conseguia (ou tinha a coragem) de mostrar de forma tão clara, Michael Moore consegue uma excelente hora e meia de esclarecimentos e boas verdades, um verdadeiro terramoto político.O objectivo agora é acabar de vez com as mentiras do presidente dos EUA e evitar a sua reeleição. E se eu fosse George W. Bush e tivesse visto este filme, escondia a cabeça e nunca mais voltava a aparecer. Se critica o estado actual das coisas, veja este filme.
Premiado com a Palma de Ouro da edição deste ano do Festival de Cannes, o novo filme de Michael Moore é a crítica mais eficaz a George W. Bush que o mundo do espectáculo pariu até agora. ''Fahrenheit 9/11'' é um documentário que espeta o dedo bem no meio de um triângulo cujos vértices são o petróleo, os EUA, e as guerras do Iraque e do Afeganistão. Depois de tantas análises e observações por parte dos media sobre o assunto, este documentário não teria o seu efeito se a figura de Mr. Bush (''Shame on you'') não tivesse também sido ridicularizada ao limite. O presidente do país mais poderoso do mundo é apresentado como um títere nas mãos das milionárias famílias sauditas, um rapaz sem vocação para alguma coisa, um homem que vocifera discursos omnipotentes, mas que estremece por dentro quando sai dos directos da televisão. Com as habituais ligações que toda a gente suspeitava, mas que ninguém conseguia (ou tinha a coragem) de mostrar de forma tão clara, Michael Moore consegue uma excelente hora e meia de esclarecimentos e boas verdades, um verdadeiro terramoto político.O objectivo agora é acabar de vez com as mentiras do presidente dos EUA e evitar a sua reeleição. E se eu fosse George W. Bush e tivesse visto este filme, escondia a cabeça e nunca mais voltava a aparecer. Se critica o estado actual das coisas, veja este filme.
sábado, outubro 16, 2004
Os Crimes de Wonderland
FUI VER ESTE FILME COM A MINHA MENINA HOJE, 15/10, ÀS 22H NA SALA 2 DO CINE SOL-MAR EM PONTA DELGADA
"Os Crimes de Wonderland" explora, num estilo Rashomon, os brutais múltiplos homicídios que tiveram lugar na Av. Wonderland, em Laurel Canyon, Los Angeles, durante o Verão de 1981.
Inicialmente, o caso parecia apenas envolver os habituais traficantes de droga e frequentadores de festas, mas rapidamente se tornou um clássico noir de Los Angeles quando se descobriu a ligação do infame rei da pornografia John C. “Johnny Wadd” Holmes.
No momento em que a história começa, Holmes estava caído em desgraça: deixara de ser a maior e mais famosa estrela da indústria hardcore e estava num estado de total ruína financeira e farmacêutica.
Interpretado por Val Kilmer, Holmes é totalmente dedicado à sua namorada adolescente Dawn (Bosworth), embora ainda esteja casado com Sharon (Kudrow), e os três formam um muito pouco convencional triângulo amoroso.
No meio da espiral da sua queda, Holmes torna-se amigo dos traficantes de droga locais: Ron (Josh Lucas) e Susan Launius (Christina Applegate), e o seu “parceiro de negócios”, David Lind (Dylan McDermott), que operava fora do local das festas em Wonderland.
Holmes está fora do seu ambiente natural neste mundo de vida e morte que é o dos crimes de droga onde se aposta muito alto, mas rapidamente se deixa envolver nisto tudo até ao pescoço.
Desesperado por dinheiro e droga, o gang de Wonderland decide roubar um dealer amigo de John – o famoso gangster Eddie Nash (Eric Bogosian).
É logo após este assalto que se dá o massacre de Wonderland.
Será que Holmes tramou os seus companheiros de Wonderland para se safar à ira de Nash? Tudo depende da história em que se quiser acreditar.
Realização: James Cox
Com: Val Kilmer, Lisa Kudrow, Kate Bosworth, Dylan McDermott, Josh Lucas, Christina Applegate, Eric Bogosian
Género: Crime, Drama, Thriller
Distribuição: LNK
EUA, Canandá, 2004
1 h 44 min.
"Os Crimes de Wonderland" explora, num estilo Rashomon, os brutais múltiplos homicídios que tiveram lugar na Av. Wonderland, em Laurel Canyon, Los Angeles, durante o Verão de 1981.
Inicialmente, o caso parecia apenas envolver os habituais traficantes de droga e frequentadores de festas, mas rapidamente se tornou um clássico noir de Los Angeles quando se descobriu a ligação do infame rei da pornografia John C. “Johnny Wadd” Holmes.
No momento em que a história começa, Holmes estava caído em desgraça: deixara de ser a maior e mais famosa estrela da indústria hardcore e estava num estado de total ruína financeira e farmacêutica.
Interpretado por Val Kilmer, Holmes é totalmente dedicado à sua namorada adolescente Dawn (Bosworth), embora ainda esteja casado com Sharon (Kudrow), e os três formam um muito pouco convencional triângulo amoroso.
No meio da espiral da sua queda, Holmes torna-se amigo dos traficantes de droga locais: Ron (Josh Lucas) e Susan Launius (Christina Applegate), e o seu “parceiro de negócios”, David Lind (Dylan McDermott), que operava fora do local das festas em Wonderland.
Holmes está fora do seu ambiente natural neste mundo de vida e morte que é o dos crimes de droga onde se aposta muito alto, mas rapidamente se deixa envolver nisto tudo até ao pescoço.
Desesperado por dinheiro e droga, o gang de Wonderland decide roubar um dealer amigo de John – o famoso gangster Eddie Nash (Eric Bogosian).
É logo após este assalto que se dá o massacre de Wonderland.
Será que Holmes tramou os seus companheiros de Wonderland para se safar à ira de Nash? Tudo depende da história em que se quiser acreditar.
Realização: James Cox
Com: Val Kilmer, Lisa Kudrow, Kate Bosworth, Dylan McDermott, Josh Lucas, Christina Applegate, Eric Bogosian
Género: Crime, Drama, Thriller
Distribuição: LNK
EUA, Canandá, 2004
1 h 44 min.
quinta-feira, outubro 07, 2004
Pedaços de Uma Vida
FUI VER ESTE FILME COM A MINHA NAMORADA NA SALA 2 DO CENTRO COMERCIAL SOL-MAR EM PONTA DELGADA DIA 2004.10.06
''Pedaços de Uma Vida'', ou no original ''Pieces of April'' marca a estreia de Peter Hedges na realização e traz já alguns créditos na bagagem. O filme valeu a Patricia Clarkson uma nomeação para melhor actriz secundária nos Óscares deste ano e foi também destacado pela excelente banda sonora, assinada por Stephin Merritt dos Magnetic Fields. Se este facto pode ser mais ou menos irrelevante para o resultado final, o mesmo já não se pode dizer quanto ao primeiro que revela algo de significativo em relação a este filme. ''Pedaços de Uma Vida'' é um filme de personagens que vive sobretudo das interpretações dos seus actores.Peter Hedges, que começou a sua carreira como argumentista (''Gilbert Grape'', ''About a Boy''), apresenta um argumento imaginativo e engenhoso que explora bem uma situação: a de um almoço em família num dia especial.A acção passa-se durante o dia de Acção de Graças, quando uma rapariga (Katie Holmes) que vive sozinha em Nova Iorque prepara o tradicional perú para o almoço com a família, que vem a caminho. A atenção da câmara vai-se dividindo entre duas situações caricatas: de um lado está Holmes a tentar desesperadamente cozinhar a tempo um almoço apetitoso; do outro, as peripécias da viagem em família. Com o desenrolar do filme, o espectador vai descobrindo mais acerca deste clã. Percebe-se que a mãe (Clarkson) está doentes e que a filha é vista pelos membros desta família como uma ''desnaturada'', embora nunca se perceba muito bem porquê. Hedges consegue explorar de forma competente as tensões familiares e tece um olhar original sobre o tema da família como núcleo afectivo cheio de contradições, evitando sempre cair no sentimentalismo e usando o humor e o distanciamento como armas.
''Pedaços de Uma Vida'', ou no original ''Pieces of April'' marca a estreia de Peter Hedges na realização e traz já alguns créditos na bagagem. O filme valeu a Patricia Clarkson uma nomeação para melhor actriz secundária nos Óscares deste ano e foi também destacado pela excelente banda sonora, assinada por Stephin Merritt dos Magnetic Fields. Se este facto pode ser mais ou menos irrelevante para o resultado final, o mesmo já não se pode dizer quanto ao primeiro que revela algo de significativo em relação a este filme. ''Pedaços de Uma Vida'' é um filme de personagens que vive sobretudo das interpretações dos seus actores.Peter Hedges, que começou a sua carreira como argumentista (''Gilbert Grape'', ''About a Boy''), apresenta um argumento imaginativo e engenhoso que explora bem uma situação: a de um almoço em família num dia especial.A acção passa-se durante o dia de Acção de Graças, quando uma rapariga (Katie Holmes) que vive sozinha em Nova Iorque prepara o tradicional perú para o almoço com a família, que vem a caminho. A atenção da câmara vai-se dividindo entre duas situações caricatas: de um lado está Holmes a tentar desesperadamente cozinhar a tempo um almoço apetitoso; do outro, as peripécias da viagem em família. Com o desenrolar do filme, o espectador vai descobrindo mais acerca deste clã. Percebe-se que a mãe (Clarkson) está doentes e que a filha é vista pelos membros desta família como uma ''desnaturada'', embora nunca se perceba muito bem porquê. Hedges consegue explorar de forma competente as tensões familiares e tece um olhar original sobre o tema da família como núcleo afectivo cheio de contradições, evitando sempre cair no sentimentalismo e usando o humor e o distanciamento como armas.
quarta-feira, outubro 06, 2004
QUE INJUSTIÇA!
ESCREVI ESTA CARTA AO PROFESSOR DOUTOR MARCELO REBELO DE SOUSA POR ACHAR INDECENTE O QUE FIZERAM AO COMENTADOR.
Ponta Delgada, 6 de Outubro de 2004
Caríssimo Sr. Professor,
É com muita indignação que soube que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa já cessou a sua participação no Jornal Nacional na TVI aos domingos com os seus sábios comentários.
Chamo-me Miguel Maurício, sou estudante universitário de Estudos Europeus e Política Internacional da Universidade dos Açores e tenho 26 anos.
Silenciar uma pessoa como o Sr. Professor é sintoma que algo não corre bem neste nosso Portugal, Estado de Direito democrático. Temo que o Estado Novo, na sua expressão de controlador da opinião das pessoas, regressou neste governo de Santana Lopes.
Não tenho problemas em dizer-lhe que sou militante do PSD. Mas isso não faz de mim um acérrimo apoiante de todas as suas políticas. Revejo-me na perspectiva política do Sr. Professor. Uma social-democracia justa e livre. Como disse à Comunicação Social o Professor Pacheco Pereira, “cortar a voz a um crítico é algo de muito preocupante”.
Estou consigo. Aproveito para lhe convidar, na qualidade de Presidente do Núcleo de Estudantes de Estudos Europeus e Política Internacional da Universidade dos Açores, para uma Aula Aberta, quando vier a Ponta Delgada.
Sem outro assunto de momento,
Miguel Maurício
Ponta Delgada, 6 de Outubro de 2004
Caríssimo Sr. Professor,
É com muita indignação que soube que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa já cessou a sua participação no Jornal Nacional na TVI aos domingos com os seus sábios comentários.
Chamo-me Miguel Maurício, sou estudante universitário de Estudos Europeus e Política Internacional da Universidade dos Açores e tenho 26 anos.
Silenciar uma pessoa como o Sr. Professor é sintoma que algo não corre bem neste nosso Portugal, Estado de Direito democrático. Temo que o Estado Novo, na sua expressão de controlador da opinião das pessoas, regressou neste governo de Santana Lopes.
Não tenho problemas em dizer-lhe que sou militante do PSD. Mas isso não faz de mim um acérrimo apoiante de todas as suas políticas. Revejo-me na perspectiva política do Sr. Professor. Uma social-democracia justa e livre. Como disse à Comunicação Social o Professor Pacheco Pereira, “cortar a voz a um crítico é algo de muito preocupante”.
Estou consigo. Aproveito para lhe convidar, na qualidade de Presidente do Núcleo de Estudantes de Estudos Europeus e Política Internacional da Universidade dos Açores, para uma Aula Aberta, quando vier a Ponta Delgada.
Sem outro assunto de momento,
Miguel Maurício
domingo, outubro 03, 2004
Minha Vida Sem Mim
FUI VER ESTE FILME COMOVENTE COM A MINHA NAMORADA MARINA NA SALA 2 NO CENTRO COMERCIAL SOL-MAR EM PONTA DELGADA
Num curto espaço de tempo, Ann (Sarah Polley) descobre que tem cancro e pouco tempo de vida. O final fica claro desde o início, ela vai morrer. Mas a delicadeza com que o tema é abordado e a óptica da personagem perante a gravidade do assunto, rumam a um filme sensível e emocionante. Perece piegas até dizer que a visão da morte torna o filme sensível. No entanto é a maneira como tudo se desenrola, a força que uma mulher de 23 anos mostra para enfrentar o desconhecido e ainda assim estar inteira.
Ann tem uma vida simples, é casada com Don (Scott Speedman), tem duas pequenas filhas e mora numa rolote no quintal da casa da sua mãe. O pai (Alfred Molina) está preso. Seu emprego noturno de limpezas numa faculdade sustenta tudo isso. Ao receber a notícia sobre a doença o seu mundo abre-se ao invés de desmoronar. O seu olhar para o mundo descobre quantas coisas devem ser aproveitadas e descobertas, e então ela prepara-se para a partida. Procura viver intensamente, novas experiências e tornar a vida de cada um que ama melhor quando ela já não estiver por perto. Minha Vida sem Mim retrata exactamente a vida que ela prepara ao seu redor para a felicidade na sua ausência.
É nos braços de outro amor, Lee (Mark Ruffalo), que ela busca refúgio silencioso para a sua dor e solidão. Resultado inevitável da escolha de não dividir seu problema. Seu aliado é um médico tímido, que busca compreender seus sentimentos e ajudá-la.
Com produção de “El Deseo”, empresa produtora de Pedro Almodóvar, a directora Isabel Coixet, inspirou-se num conto, “Pretending the bed is a Raft” de Nanci Kincaid. Mas com a decisão radical de mudar o clima da história, do calor para o frio. Por isso e também pela diminuição de custos a escolha foi o Canadá como cenário.
Claro que é um filme triste, no entanto a beleza está sempre presente. E a personalidade de Ann dá-nos uma lição maravilhosa. Por que esperar a data da morte para seguirmos adiante em direcção daquilo que pode nos fazer mais feliz?
Num curto espaço de tempo, Ann (Sarah Polley) descobre que tem cancro e pouco tempo de vida. O final fica claro desde o início, ela vai morrer. Mas a delicadeza com que o tema é abordado e a óptica da personagem perante a gravidade do assunto, rumam a um filme sensível e emocionante. Perece piegas até dizer que a visão da morte torna o filme sensível. No entanto é a maneira como tudo se desenrola, a força que uma mulher de 23 anos mostra para enfrentar o desconhecido e ainda assim estar inteira.
Ann tem uma vida simples, é casada com Don (Scott Speedman), tem duas pequenas filhas e mora numa rolote no quintal da casa da sua mãe. O pai (Alfred Molina) está preso. Seu emprego noturno de limpezas numa faculdade sustenta tudo isso. Ao receber a notícia sobre a doença o seu mundo abre-se ao invés de desmoronar. O seu olhar para o mundo descobre quantas coisas devem ser aproveitadas e descobertas, e então ela prepara-se para a partida. Procura viver intensamente, novas experiências e tornar a vida de cada um que ama melhor quando ela já não estiver por perto. Minha Vida sem Mim retrata exactamente a vida que ela prepara ao seu redor para a felicidade na sua ausência.
É nos braços de outro amor, Lee (Mark Ruffalo), que ela busca refúgio silencioso para a sua dor e solidão. Resultado inevitável da escolha de não dividir seu problema. Seu aliado é um médico tímido, que busca compreender seus sentimentos e ajudá-la.
Com produção de “El Deseo”, empresa produtora de Pedro Almodóvar, a directora Isabel Coixet, inspirou-se num conto, “Pretending the bed is a Raft” de Nanci Kincaid. Mas com a decisão radical de mudar o clima da história, do calor para o frio. Por isso e também pela diminuição de custos a escolha foi o Canadá como cenário.
Claro que é um filme triste, no entanto a beleza está sempre presente. E a personalidade de Ann dá-nos uma lição maravilhosa. Por que esperar a data da morte para seguirmos adiante em direcção daquilo que pode nos fazer mais feliz?
Rei Artur
FUI VER ESTE MAGNÍFICO FILME COM MINHA NAMORADA MARINA, MINHA MANA ANDREIA E SEU NAMORADO EMANUEL NO PARQUE ATLÂNTICO EM PONTA DELGADA
Conheça a ''verdadeira história que inspirou a lenda''. É esta a proposta deste ''Rei Artur'', realizado por Antoine Fuqua (''Dia de Treino'') e produzido pelo Sr. Blockbuster: Jerry Bruckheimer (''Piratas das Caraíbas''). Ao longo de vários séculos, os historiadores têm considerado o Rei Artur como uma personagem lendária mas por trás do mito esconde-se um herói de carne e osso, dividido entre as suas ambições pessoais e um apurado sentido de dever. Apoiado num orçamento luxuoso, Antoine Fuqua ensaia um retrato realista, centrado na história e no período político do reinado de Artur, um ângulo que não costuma ser explorado nos filmes do género. Rodado na Irlanda, o filme situa-se no ano 500 d.C. e não na Idade Média, como geralmete acontece nas histórias sobre o lendário monarca. Desta vez, as espadas de Excalibur, o Santo Graal e as magias de Merlin dão lugar à queda do império romano, à invasão dos bárbaros saxões em grandes batalhas, aos conflitos religiosos e à tentativa de Artur de manter a Britânia unida. Lucious Artorius Castus (Clive Owen) é um general parte bretão, parte romano, líder de um grupo de cavaleiros sarmátas (os cavaleiros da Távola Redonda) destacado para defender os interesses do Império Romano dos Woads, liderados por Merlin e dos Saxões, liderados por Cerdic.Com muitas cenas de batalhas, este ''Rei Artur'' quase parece um competente filme de acção mas a composição de personagens é tão frágil que se torna difícil distinguir quem é quem. A verdade histórica vai provavelmente ser amplamente discutida pelos especialistasmas e talvez até contestada por alguns. Mas mesmo se encararmos o filme como um produto destinado a entreter o público cinéfilo deste Verão, este ''Rei Artur'' não consegue ir muito longe. Se já viu ''Gladiador'' ou ''Braveheart'' pode sempre tentar descobrir as sete diferenças. Se não viu pode deliciar-se com o biquini de Keira Knightley.
Conheça a ''verdadeira história que inspirou a lenda''. É esta a proposta deste ''Rei Artur'', realizado por Antoine Fuqua (''Dia de Treino'') e produzido pelo Sr. Blockbuster: Jerry Bruckheimer (''Piratas das Caraíbas''). Ao longo de vários séculos, os historiadores têm considerado o Rei Artur como uma personagem lendária mas por trás do mito esconde-se um herói de carne e osso, dividido entre as suas ambições pessoais e um apurado sentido de dever. Apoiado num orçamento luxuoso, Antoine Fuqua ensaia um retrato realista, centrado na história e no período político do reinado de Artur, um ângulo que não costuma ser explorado nos filmes do género. Rodado na Irlanda, o filme situa-se no ano 500 d.C. e não na Idade Média, como geralmete acontece nas histórias sobre o lendário monarca. Desta vez, as espadas de Excalibur, o Santo Graal e as magias de Merlin dão lugar à queda do império romano, à invasão dos bárbaros saxões em grandes batalhas, aos conflitos religiosos e à tentativa de Artur de manter a Britânia unida. Lucious Artorius Castus (Clive Owen) é um general parte bretão, parte romano, líder de um grupo de cavaleiros sarmátas (os cavaleiros da Távola Redonda) destacado para defender os interesses do Império Romano dos Woads, liderados por Merlin e dos Saxões, liderados por Cerdic.Com muitas cenas de batalhas, este ''Rei Artur'' quase parece um competente filme de acção mas a composição de personagens é tão frágil que se torna difícil distinguir quem é quem. A verdade histórica vai provavelmente ser amplamente discutida pelos especialistasmas e talvez até contestada por alguns. Mas mesmo se encararmos o filme como um produto destinado a entreter o público cinéfilo deste Verão, este ''Rei Artur'' não consegue ir muito longe. Se já viu ''Gladiador'' ou ''Braveheart'' pode sempre tentar descobrir as sete diferenças. Se não viu pode deliciar-se com o biquini de Keira Knightley.
segunda-feira, setembro 20, 2004
Duplex
FUI VER ESTE FILME NO PASSADO SÁBADO, 18/09, COM A MINHA AMADA, MARINA, MINHA MANA, ANDREIA E SEU NAMORADO EMANUEL... PARTIMOS O CÔCÔ A RIR... Se apanhesse aquela velha!!!
Alex (Ben Stiller) e Nancy (Drew Barrymore) estão à procura de um novo apartamento. Com um orçamento limitado, encantam-se com um imenso duplex e decidem comprá-lo de imediato. No entanto, depressa o sonho se torna em pesadelo... No andar superior mora uma velhinha que não pode ser despejada em função de determinação legal. Apenas quando ela morrer (o que parece não estar longe de acontecer) eles terão acesso completo ao apartamento. Infelizmente, rapidamente o casal percebe que a sra. Connelly (Eileen Essel), é uma vizinha insuportável, insistindo em ver televisão durante toda a madrugada e importunando Alex para a ajudar nas suas tarefas domésticas (sem aceitar as explicações de que ele deve concluir o seu novo livro dentro de poucas semanas, sob pena de perder o contrato com a editora). Aos poucos, Nancy e Alex chegam à conclusão inevitável de que só há uma forma de se livrarem da sra. Connelly: assassinato.Na sua sexta longa-metragem como realizador, Danny DeVito, reconhecido pelo seu trabalho na década de 80 ("Em Busca da Esmeralda Perdida" e "A Jóia do Nilo", ao lado de Michael Douglas e Kathleen Turner) ou na década de 90 (o Pinguim de "Batman Regressa" ou o repórter sensacionalista de "L.A. Confidential"), explora o mesmo tipo de comédia que caracterizou a maior parte dos seus trabalhos atrás das câmaras: o humor negro, algo que pode ser observado filme que marcou o actor/ptodutor/realizador: "Guerra das Rosas". "Duplex" não lhe fica atrás, embora haja que definir as devidas distâncias temporais, que na época deram a "Guerra das Rosas" uma etiqueta de filme original e politicamente incorrecto, actualmente algo difícil de conseguir face a uma certa banalização deste tipo de comédia.Quanto aos actores, Alex Rose é o tipo de personagem ideal para Ben Stiller: um homem comum e cheio de neuroses que, depois de sofrer várias humilhações, perde a paciência e revela um temperamento explosivo. Já Drew Barrymore, embora com algumas cenas engraçadas, não apresenta grandes cenas hilariantes. O destaque vai mesmo para Eileen Essel que, aos 81 anos de idade, é a grande responsável pela maior parte do humor aqui apresentado.Embora não apresente nada de novo, pelo contrário, "Duplex" é uma comédia acima de média e, acima de tudo, um bom entretenimento.
Alex (Ben Stiller) e Nancy (Drew Barrymore) estão à procura de um novo apartamento. Com um orçamento limitado, encantam-se com um imenso duplex e decidem comprá-lo de imediato. No entanto, depressa o sonho se torna em pesadelo... No andar superior mora uma velhinha que não pode ser despejada em função de determinação legal. Apenas quando ela morrer (o que parece não estar longe de acontecer) eles terão acesso completo ao apartamento. Infelizmente, rapidamente o casal percebe que a sra. Connelly (Eileen Essel), é uma vizinha insuportável, insistindo em ver televisão durante toda a madrugada e importunando Alex para a ajudar nas suas tarefas domésticas (sem aceitar as explicações de que ele deve concluir o seu novo livro dentro de poucas semanas, sob pena de perder o contrato com a editora). Aos poucos, Nancy e Alex chegam à conclusão inevitável de que só há uma forma de se livrarem da sra. Connelly: assassinato.Na sua sexta longa-metragem como realizador, Danny DeVito, reconhecido pelo seu trabalho na década de 80 ("Em Busca da Esmeralda Perdida" e "A Jóia do Nilo", ao lado de Michael Douglas e Kathleen Turner) ou na década de 90 (o Pinguim de "Batman Regressa" ou o repórter sensacionalista de "L.A. Confidential"), explora o mesmo tipo de comédia que caracterizou a maior parte dos seus trabalhos atrás das câmaras: o humor negro, algo que pode ser observado filme que marcou o actor/ptodutor/realizador: "Guerra das Rosas". "Duplex" não lhe fica atrás, embora haja que definir as devidas distâncias temporais, que na época deram a "Guerra das Rosas" uma etiqueta de filme original e politicamente incorrecto, actualmente algo difícil de conseguir face a uma certa banalização deste tipo de comédia.Quanto aos actores, Alex Rose é o tipo de personagem ideal para Ben Stiller: um homem comum e cheio de neuroses que, depois de sofrer várias humilhações, perde a paciência e revela um temperamento explosivo. Já Drew Barrymore, embora com algumas cenas engraçadas, não apresenta grandes cenas hilariantes. O destaque vai mesmo para Eileen Essel que, aos 81 anos de idade, é a grande responsável pela maior parte do humor aqui apresentado.Embora não apresente nada de novo, pelo contrário, "Duplex" é uma comédia acima de média e, acima de tudo, um bom entretenimento.
segunda-feira, setembro 13, 2004
Encontro em Fátima discute presença dos cristãos no mundo universitário
Acontece em Fátima , nos dias 17 e 18 de setembro, o Encontro Nacional de Pastoral do Ensino Superior, informa Agência Ecclesia. Os grandes temas do encontro são: «A presença da Igreja no mundo da cultura e do saber», por dom Manuel Clemente, presidente da Comissão Episcopal da Cultura; «Os desafios pastorais colocados pela realidade universitária portuguesa contemporânea», por pe. Peter Stilwell, e «As realidades do ensino superior português: permanências, mutações e desafios», por Virgílio Meira Soares. A temática central é subordinada ao tema «Cristãos no Ensino Superior – que presença?» e pretende promover um melhor conhecimento do meio universitário e de ensino superior e uma maior consciência da presença da Igreja no mesmo. Ao longo dos dois dias, no Seminário do Verbo Divino, os membros e animadores de equipes e serviços de Pastoral do Ensino Superior e Universitário irão refletir também sobre «Mobilidade(s) e (des)enraizamentos», «A presença da Igreja na Universidade de hoje»; «O Ensino Superior e os desafios do desenvolvimento: cidadania e mercado de trabalho»; «Universidade e Sociedade: uma relação para toda a vida?»; «A dimensão internacional do Ensino Superior: oportunidades e desafios» e «A Universidade e os saberes: entre a fragmentação e o diálogo».
sábado, setembro 11, 2004
I, ROBOT
Vi este filme com a minha namorada Marina, com a minha mana Andreia e o seu namorado Emanuel no passado dia 10 de Setembro na sala 1 da Castelo Lopes Cinemas no Parque Atlântico em Ponta Delgada.
Will Smith estrela este filme de acção inspirado pela clássica colecção de contos de Isaac Asimov, e é levado à tela grande pelo visionário e dinâmico director Alex Proyas (Cidade das Sombras, O Corvo).
No ano 2035, robôs são um eletrodoméstico presente em todas as residências, e todos confiam neles, exceto um detetive levemente paranóico (Smith) que investiga um crime que ele acredita ter sido cometido por um robô. O caso leva-o a descobrir uma ameaça muito mais aterrorizante à raça humana. Eu, robô usa efeitos visuais espetaculares e de vanguarda para dar vida ao mundo dos robôs.
Will Smith estrela este filme de acção inspirado pela clássica colecção de contos de Isaac Asimov, e é levado à tela grande pelo visionário e dinâmico director Alex Proyas (Cidade das Sombras, O Corvo).
No ano 2035, robôs são um eletrodoméstico presente em todas as residências, e todos confiam neles, exceto um detetive levemente paranóico (Smith) que investiga um crime que ele acredita ter sido cometido por um robô. O caso leva-o a descobrir uma ameaça muito mais aterrorizante à raça humana. Eu, robô usa efeitos visuais espetaculares e de vanguarda para dar vida ao mundo dos robôs.
sexta-feira, agosto 27, 2004
Férias 2004
Caro(a) amigo(a),
Passei as minhas férias de verão 2004, mais precisamente o mês de Agosto, em Torres Vedras na casa do meu pai ( http://www.cm-tvedras.pt ) os primeiros 15 dias.
No dia 16, fui para Odivelas ( http://www.cm-odivelas.pt/Site/index.asp ) onde fiquei a dormir na casa do meu amigo Zefa. Também passei os dias com os meus amigos: Ana Isabel e Mira, Pe. José Filho, Ricardo Rosa e família, Filipe Ramos e família, Alexandre e Anabela e Bino e família. Foram 11 dias de sonho.
No domingo vou com a minha família a Fátima.
Regresso aos Açores no dia 5 de Setembro. As aulas só começam a 20. Portanto, até lá a Marina espera-me...
Até à próxima,
Aquele Abraço,
Eu
Passei as minhas férias de verão 2004, mais precisamente o mês de Agosto, em Torres Vedras na casa do meu pai ( http://www.cm-tvedras.pt ) os primeiros 15 dias.
No dia 16, fui para Odivelas ( http://www.cm-odivelas.pt/Site/index.asp ) onde fiquei a dormir na casa do meu amigo Zefa. Também passei os dias com os meus amigos: Ana Isabel e Mira, Pe. José Filho, Ricardo Rosa e família, Filipe Ramos e família, Alexandre e Anabela e Bino e família. Foram 11 dias de sonho.
No domingo vou com a minha família a Fátima.
Regresso aos Açores no dia 5 de Setembro. As aulas só começam a 20. Portanto, até lá a Marina espera-me...
Até à próxima,
Aquele Abraço,
Eu
My Boss´s Daughter
A única coisa pior do que trabalhar para o patrão do inferno é apaixonar-se pela sua irresistível filha. O jovem executivo Tom Stanfield (Ashton Kutcher) está de olho numa promoção. Infelizmente, o seu olhar também foi atraído pela sedutora Lisa (Tara Reid), que é a menina dos olhos do Sr. Taylor (Terence Stamp). Ao receber a rara oferta de tomar conta da casa do Sr. Taylor, Tom está pronto para impressionar seu patrão ao mesmo tempo em que dá em cima da moça. Ou pelo menos isso é o que ele pensa. A noite de seu trabalho de "babá" da casa do patrão começa com um ameaçador toque de campainha e se tranforma em uma hilariante sequência de desastres lunáticos. Duma hora para a outra, Tom depara-se com uma casa mergulhada no caos e com a possibilidade de perder não só sua sanidade e seu emprego, mas também sua paixão.
Elenco: Mark Aisbett, Ashton Kutcher, John Abrahams, Tara Reid
Director: David Zucker
Roteiro: David Dorfman
Produtores: Gil Netter: John Jacobs
Director de Fotografia: Martin Mcgarth
Desenhista de Produção: Andrew Laws
Editores: Patrick Lussier, Sam Craven
Música: Teddy Castellucci
Figurinista: Daniel Orlandi
EUA • 2003 • 90 min. • Dolby SR, SRD • Plano • Comédia
Elenco: Mark Aisbett, Ashton Kutcher, John Abrahams, Tara Reid
Director: David Zucker
Roteiro: David Dorfman
Produtores: Gil Netter: John Jacobs
Director de Fotografia: Martin Mcgarth
Desenhista de Produção: Andrew Laws
Editores: Patrick Lussier, Sam Craven
Música: Teddy Castellucci
Figurinista: Daniel Orlandi
EUA • 2003 • 90 min. • Dolby SR, SRD • Plano • Comédia
SHERK 2
VI ESTE FILME DEPOIS DUM BELO JANTAR NA CASA DOS MEUS AMIGOS HUGO E MARIA DO CÉU PAIVA NO PASSADO DIA 25 DE AGOSTO TAMBÉM NA COMPANHIA DO ZEFA. UM BEIJINHO PARA VÓS.
Após se casar com a Princesa Fiona, Shrek vive feliz no seu pântano. Ao retornar de sua lua-de-mel, Fiona recebe uma carta dos seus pais que não sabem que ela agora é um ogro, convidando-a para um jantar juntamente com seu grande amor, na intenção de conhecê-lo. A muito custo Fiona consegue convencer Shrek a ir visitá-los, tendo ainda a companhia do Burro. Porém os problemas começam quando os pais de Fiona descobrem que ela não se casou com o Príncipe, a quem havia sido prometida, e enviam o Gato de Botas para separá-los. O desenho é dobrado por nomes famosos de Hollywood, como Antonio Bandeiras, Eddie Murphy, Cameron Diaz.
Tempo: 105 min
Director: Andrew Adamson, Kelly Asbury e Conrad Vernon
Género: Infantil
Elenco: Mike Myers, Bussunda, Cameron Diaz, Eddie Murphy, John Cleese, Julie Andrews, Antonio Banderas, Rupert Everett, Larry King, Jennifer Saunders e Conrad Vernon
Após se casar com a Princesa Fiona, Shrek vive feliz no seu pântano. Ao retornar de sua lua-de-mel, Fiona recebe uma carta dos seus pais que não sabem que ela agora é um ogro, convidando-a para um jantar juntamente com seu grande amor, na intenção de conhecê-lo. A muito custo Fiona consegue convencer Shrek a ir visitá-los, tendo ainda a companhia do Burro. Porém os problemas começam quando os pais de Fiona descobrem que ela não se casou com o Príncipe, a quem havia sido prometida, e enviam o Gato de Botas para separá-los. O desenho é dobrado por nomes famosos de Hollywood, como Antonio Bandeiras, Eddie Murphy, Cameron Diaz.
Tempo: 105 min
Director: Andrew Adamson, Kelly Asbury e Conrad Vernon
Género: Infantil
Elenco: Mike Myers, Bussunda, Cameron Diaz, Eddie Murphy, John Cleese, Julie Andrews, Antonio Banderas, Rupert Everett, Larry King, Jennifer Saunders e Conrad Vernon
terça-feira, agosto 24, 2004
GARFIELD
FUI VER ESTE FILME NO FREEPORT EM ALCOCHETE COM OS MEUS AMIGOS ALEXANDRE E ANABELA E NUNO E MARISA. PARA ELES UM GRANDE BEIJINHO
Preguiçoso, gordo e irónico, Garfield é um gato doméstico com poucas preocupações: pensa basicamente em comer lasanha - seu prato favorito -, ver televisão e em atazanar o dono, John Arbuckle. A pacata vida do felino começa a ser perturbada quando John resolve adoptar o cãozinho Odie, a pedido da Drª. Liz, a veterinária por quem é apaixonado. Sem acreditar no que vê, o animal resolve tomar uma atitude para não ter de dividir as atenções com o cão. Depois de aprontar tudo que podia com o bobalhão Odie, Garfield é obrigado a dormir do lado de fora por ordem de seu dono. Inconformado por ter de largar sua cama e seu ursinho, o gato desobedece John, entra em casa e ainda tranca o cachorro do lado de fora. Na manhã seguinte, Odie está perdido e é recolhido por uma velhinha, que espalha cartazes em busca do dono. O cãozinho acaba nas mãos do Sr. Feliz, um cruel apresentador que quer transformar o bicho em estrela de seu show em Nova York. Quando vê que o amigo está em apuros, Garfield resolve sair lentamente, claro, numa missão pela cidade para resgatá-lo e se redimir com John.
O Filme mostra as características marcantes do personagem criado por Jim Davis, mas deixa de lado algumas peculiaridades, como o medo de aranhas ou o fato de detestar uvas-passas. Quem acompanha o desenho na TV e os quadrinhos, e está acostumado a ver Nermal como um filhote cinza, encontrará um gato siamês no longa. Em português, o felino foi dublado por Antonio Feio - da minissérie.
INFORMAÇÕES
Diretor: Peter Hewitt
Elenco: Breckin Meyer, Jennifer Love Hewitt e Stephen Tobolowsky
Nome Original: Garfield
Ano: 2004
País: EUA
Duração: 85 minutos
Preguiçoso, gordo e irónico, Garfield é um gato doméstico com poucas preocupações: pensa basicamente em comer lasanha - seu prato favorito -, ver televisão e em atazanar o dono, John Arbuckle. A pacata vida do felino começa a ser perturbada quando John resolve adoptar o cãozinho Odie, a pedido da Drª. Liz, a veterinária por quem é apaixonado. Sem acreditar no que vê, o animal resolve tomar uma atitude para não ter de dividir as atenções com o cão. Depois de aprontar tudo que podia com o bobalhão Odie, Garfield é obrigado a dormir do lado de fora por ordem de seu dono. Inconformado por ter de largar sua cama e seu ursinho, o gato desobedece John, entra em casa e ainda tranca o cachorro do lado de fora. Na manhã seguinte, Odie está perdido e é recolhido por uma velhinha, que espalha cartazes em busca do dono. O cãozinho acaba nas mãos do Sr. Feliz, um cruel apresentador que quer transformar o bicho em estrela de seu show em Nova York. Quando vê que o amigo está em apuros, Garfield resolve sair lentamente, claro, numa missão pela cidade para resgatá-lo e se redimir com John.
O Filme mostra as características marcantes do personagem criado por Jim Davis, mas deixa de lado algumas peculiaridades, como o medo de aranhas ou o fato de detestar uvas-passas. Quem acompanha o desenho na TV e os quadrinhos, e está acostumado a ver Nermal como um filhote cinza, encontrará um gato siamês no longa. Em português, o felino foi dublado por Antonio Feio - da minissérie.
INFORMAÇÕES
Diretor: Peter Hewitt
Elenco: Breckin Meyer, Jennifer Love Hewitt e Stephen Tobolowsky
Nome Original: Garfield
Ano: 2004
País: EUA
Duração: 85 minutos
quarta-feira, julho 28, 2004
Spider-man 2
A vida de Peter Parker complica-se porque é cada vez mais difícil para o super-herói conciliar a sua faceta de Homem-Aranha e a sua identidade de todos os dias. Para conseguir continuar a lutar contra o crime, Peter tem de abdicar dos amigos, não tem tempo para Mary Jane, as notas da faculdade ressentem-se e não param de descer e o editor do jornal com o qual colabora só quer fotografias do Homem-Aranha. Por tudo isto, Peter está a ponderar deixar por uns tempos a sua missão de guardião dos nova-iorquinos. Mas, aí, aparece um novo vilão, Otto Octavius, um cientista brilhante, que Peter admirava, mas que se transforma em Doc Ock, um monstro com quatro tentáculos, depois de uma experiência que corre mal. Tobey Maguire volta a dar corpo ao super-herói da Marvel e Sam Raimi assina novamente a realização.
terça-feira, julho 27, 2004
THE PUNISHER
Esta é uma película do Realizador Jonathan Hensleigh e conta com os actores Thomas Jane, John Travolta, A. Russell Andrews, James Carpinello, Jeff Chase e Mark Collie nos principais papéis.
"Frank Castle (Tom Jane) é um homem que viu demasiadas mortes, primeiro como operacional da Delta Force e mais tarde como agente especial do FBI. Ele conseguiu enfrentar situações em que as suas hipóteses de sobrevivência eram mínimas, mas finalmente conseguiu deixar tudo isso para trás e prepara-se para disfrutar de uma vida normal junto da sua mulher Maria (Samantha Mathis) e do seu jovem filho (Marcus Johns). Na sua última missão, embora Castle desempenhe na perfeição o seu papel de agente infiltrado, algo corre mal e um jovem é inadvertidamente morto. Esse jovem era o filho de Howard Saint (John Travolta) um dos mais importantes líderes do submundo do crime organizado. Saint está decidido a vingar a morte do filho até às últimas consequências e manda matar Castle e toda a sua família. Apenas Frank consegue sobreviver. Desesperado e só, coloca todas as suas energias para colocar em marcha um plano para punir os assassinos. Num bloco de apartamentos à beira da demolição ele vai preparar a eliminação dos seus inimigos, um a um, sem piedade e sem remorsos. "
A não perder este excelente filme de Acção, com a duração total de 124 minutos e classificado para M/12.
"Frank Castle (Tom Jane) é um homem que viu demasiadas mortes, primeiro como operacional da Delta Force e mais tarde como agente especial do FBI. Ele conseguiu enfrentar situações em que as suas hipóteses de sobrevivência eram mínimas, mas finalmente conseguiu deixar tudo isso para trás e prepara-se para disfrutar de uma vida normal junto da sua mulher Maria (Samantha Mathis) e do seu jovem filho (Marcus Johns). Na sua última missão, embora Castle desempenhe na perfeição o seu papel de agente infiltrado, algo corre mal e um jovem é inadvertidamente morto. Esse jovem era o filho de Howard Saint (John Travolta) um dos mais importantes líderes do submundo do crime organizado. Saint está decidido a vingar a morte do filho até às últimas consequências e manda matar Castle e toda a sua família. Apenas Frank consegue sobreviver. Desesperado e só, coloca todas as suas energias para colocar em marcha um plano para punir os assassinos. Num bloco de apartamentos à beira da demolição ele vai preparar a eliminação dos seus inimigos, um a um, sem piedade e sem remorsos. "
A não perder este excelente filme de Acção, com a duração total de 124 minutos e classificado para M/12.
domingo, julho 18, 2004
Estónia
Localização geográfica: Nordeste da Europa
Área: 45 100 km2
População: 1 423 316 habitantes (2001)
Capital: Tallinn
Outras cidades importantes: Kohtla-Järve, Narva, Pärnu e Tartu
Data de independência: 1991
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Coroa estónia
Língua oficial: Estónio
Religião maioritária: Ortodoxos estónios
Geografia
País do Nordeste da Europa. Situado nas margens do mar Báltico, faz parte, com a Letónia e a Lituânia, dos chamados Estados Bálticos. Possui uma superfície de 45 100 km2, incluindo cerca de 1500 ilhas e ilhéus no mar Báltico. Faz fronteira com a Rússia, a leste, e a Letónia, a sul, sendo banhado pelo mar Báltico, a norte e a oeste. As principais cidades são Tallinn, a capital, com uma população de 435 000 habitantes (1996), Tartu (102 000 hab.), Narva (75 000 hab.), Kohtla-Järve (69 000 hab.) e Pärnu (52 000 hab.).
Na geografia da Estónia encontram-se influências da antiga cobertura glaciar, através da linha ondulante que caracteriza o relevo estónio, coberto por extensas florestas e lagos e rasgado por inúmeros rios.
Clima
O clima é temperado continental, com Invernos muito frios e Verões suaves.
Economia
A economia da Estónia tem na indústria e na agricultura as suas principais actividades. Com vastas reservas de turfa, fosforites, calcário, dolomites, margas, argilas e xisto betuminoso (este de importância fundamental na produção de gás e de electricidade), as indústrias mineira e química encontram-se bastante desenvolvidas, situação comungada pelas indústrias dedicadas à metalurgia e ao fabrico de materiais de construção. Quanto ao sector primário, apesar de empregar menos de 14% da população activa, contribui em cerca de 25% para o PIB. A exploração das terras, outrora colectivizada, está hoje em dia nas mãos de proprietários privados, que, para além de produtos como a batata, os cereais e os vegetais, fomentam a criação de gado. Neste sector há a destacar também a silvicultura, uma das mais antigas ocupações na Estónia, já que as terras florestadas existem em grande quantidade. Os principais parceiros comerciais da Estónia são a Finlândia, a Rússia, a Alemanha e a Suécia.
População
A população é de 1 423 316 habitantes (2001), o que corresponde a uma densidade populacional de 32 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 8? e 14?, facto que contribui para a tendência de diminuição da população que, em 2025, se estima que atinja apenas 1 302 000 habitantes. A esperança média de vida é de 70 anos. Em termos de composição étnica, os estónios representam 64% da população, seguindo-se-lhes os russos (29%), os ucranianos (3%), os bielorrusos (2%) e os finlandeses (1%). As principais religiões são os ortodoxos estónios (20%) e os luteranos (14%). A língua oficial é o estónio.
História
A Estónia, habitada, pelo menos, desde o século I d. C., tem vivido grande parte da sua história sob o domínio de outros povos e países. Assim, os primeiros invasores foram os Vikings, no século IX d. C., e, até à chegada dos Germanos em finais do século XII, a Estónia foi vítima de várias incursões suecas, dinamarquesas e russas. O domínio alemão iniciou-se em 1180, com a chegada de monges cristãos à região da Livónia (região sul da Estónia e da Letónia), com o propósito de espalharem a fé cristã de um modo pacífico. Mas, a partir de 1198, esta cristianização passou a ser feita por cruzadas, fazendo com que, em 1219, a Alemanha já dominasse todo o país, sendo de salientar que o Norte e as ilhas no mar Báltico eram dominadas conjuntamente com o reino da Dinamarca através de uma aliança entre as duas partes (em 1343-45, a Dinamarca vendeu as suas possessões à Alemanha).
Já no século XVI, mais precisamente em 1561, a Livónia passou a ser dominada pela Lituânia (que se tinha unido com a Polónia), enquanto que o czar russo Ivan IV, o Terrível, conquistara, em 1558, a região de Narva, no centro do país. Neste mesmo ano, o reino da Suécia conquista o norte da Estónia, estendendo o seu domínio a todo o país após expulsarem os Russos em 1581 e derrotarem os Lituanos em 1629. A Rússia, após séculos de tentativas frustradas, consegue finalmente conquistar a Estónia. Em 1709 apodera-se da Livónia, obrigando os Suecos a ceder os restantes territórios em 1721.
No final do século XIX, a Estónia vive um período de prosperidade graças à política de privatização das terras praticada pela Rússia e que favoreceu os agricultores estónios. Esta prosperidade, porém, permitiu que a esmagadora maioria da população investisse na sua formação cultural, o que veio abrir as portas ao nascimento de um espírito nacionalista. Esta conjuntura provocou um intensificar do domínio da Rússia através do estabelecimento definitivo do quadro político-administrativo russo na Estónia. No entanto, a instabilidade surge com a Revolução Russa de Janeiro de 1905, e em 27 de Novembro nasce o Partido Nacional Liberal (PNL), fundado por Jaan Tônisson. Mas só após a Revolução Russa de Março de 1917 é que a Estónia assegura a sua autonomia, sendo o seu primeiro governo nomeado pelo Conselho Nacional da Estónia (Maapäev) a 12 de Outubro, liderado por Konstantin Päts (um dos inspiradores do PNL), governo este que seria substituído, um mês depois, pelos comunistas na sequência de um golpe de Estado apoiado pela Rússia. O mês de Fevereiro de 1918 é marcado pela invasão germânica, que provocou a fuga dos comunistas, facto aproveitado pelo Maapäev para declarar a independência, o que aconteceu no dia 24, declaração renovada no dia da capitulação alemã (11 de Novembro de 1918). Contudo, a Estónia teve de suportar uma nova invasão russa, repelida por completo em finais de Fevereiro de 1919 graças à ajuda dos Aliados.
Durante 20 anos, a Estónia sobreviveu às conspirações comunistas pró-soviéticas, mas a assinatura, em Agosto de 1939, do Pacto de Não-Agressão entre a URSS e a Alemanha veio a revelar-se fatídica para a independência da Estónia. A 28 de Setembro, a URSS impôs a assinatura de um tratado de assistência mútua cujo cumprimento serviu de pretexto à invasão soviética a 17 de Junho de 1940, sendo oficializada a entrada da Estónia na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas a 21 de Julho desse ano. Este estatuto só se tornou efectivo, no entanto, a 22 de Setembro de 1944, após três anos de presença militar alemã.
O domínio soviético sobre a Estónia, efectuado através do Partido Comunista, pautou-se por medidas repressivas que em grande parte descaracterizaram o país, como se constata pela presença de estónios na população existente em 1940 (90%) em comparação com a que é contabilizada hoje em dia (60%). A situação alterou-se com o advento da Glasnost e da Perestroika, políticas implementadas por Mikhail Gorbachev nos finais da década de 80, que permitiram o fortalecimento das pretensões independentistas lideradas pela entretanto formada Frente Popular. Nas eleições realizadas em Março de 1990, os independentistas obtiveram uma estrondosa vitória, proclamando, no dia 30 desse mês, uma fase transitória para a independência, que seria formalmente declarada em Agosto de 1991.
A 26 de Julho de 1994, em Moscovo, a Estónia e a Rússia firmaram um acordo de estabelecimento de fronteiras sob a supervisão do presidente norte-americano, Bill Clinton, embora as disputas fronteiriças não tivessem cessado, e a 31 de Agosto as tropas russas retiram-se do país. Apesar da instabilidade política interna existente (o então presidente Lennart Meri recusa a composição ministerial feita pelo primeiro-ministro Mart Laar, provocando a sua substituição pelo ministro do Ambiente, Andres Tarand), a Estónia inicia a sua integração no mundo ocidental, evidenciada pela participação activa no Conselho de Cooperação do Atlântico Norte e na Parceria para a Paz (que substituiu o Pacto de Varsóvia no relacionamento com a NATO).
Em Outubro de 2001 o presidente Lennart Meri, o primeiro após o afastamento do poder soviéticos, foi substituído no cargo por Arnold Ruutel. Os seus principais objectivos são a integração da Estónia na União Europeia e na NATO.
Área: 45 100 km2
População: 1 423 316 habitantes (2001)
Capital: Tallinn
Outras cidades importantes: Kohtla-Järve, Narva, Pärnu e Tartu
Data de independência: 1991
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Coroa estónia
Língua oficial: Estónio
Religião maioritária: Ortodoxos estónios
Geografia
País do Nordeste da Europa. Situado nas margens do mar Báltico, faz parte, com a Letónia e a Lituânia, dos chamados Estados Bálticos. Possui uma superfície de 45 100 km2, incluindo cerca de 1500 ilhas e ilhéus no mar Báltico. Faz fronteira com a Rússia, a leste, e a Letónia, a sul, sendo banhado pelo mar Báltico, a norte e a oeste. As principais cidades são Tallinn, a capital, com uma população de 435 000 habitantes (1996), Tartu (102 000 hab.), Narva (75 000 hab.), Kohtla-Järve (69 000 hab.) e Pärnu (52 000 hab.).
Na geografia da Estónia encontram-se influências da antiga cobertura glaciar, através da linha ondulante que caracteriza o relevo estónio, coberto por extensas florestas e lagos e rasgado por inúmeros rios.
Clima
O clima é temperado continental, com Invernos muito frios e Verões suaves.
Economia
A economia da Estónia tem na indústria e na agricultura as suas principais actividades. Com vastas reservas de turfa, fosforites, calcário, dolomites, margas, argilas e xisto betuminoso (este de importância fundamental na produção de gás e de electricidade), as indústrias mineira e química encontram-se bastante desenvolvidas, situação comungada pelas indústrias dedicadas à metalurgia e ao fabrico de materiais de construção. Quanto ao sector primário, apesar de empregar menos de 14% da população activa, contribui em cerca de 25% para o PIB. A exploração das terras, outrora colectivizada, está hoje em dia nas mãos de proprietários privados, que, para além de produtos como a batata, os cereais e os vegetais, fomentam a criação de gado. Neste sector há a destacar também a silvicultura, uma das mais antigas ocupações na Estónia, já que as terras florestadas existem em grande quantidade. Os principais parceiros comerciais da Estónia são a Finlândia, a Rússia, a Alemanha e a Suécia.
População
A população é de 1 423 316 habitantes (2001), o que corresponde a uma densidade populacional de 32 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 8? e 14?, facto que contribui para a tendência de diminuição da população que, em 2025, se estima que atinja apenas 1 302 000 habitantes. A esperança média de vida é de 70 anos. Em termos de composição étnica, os estónios representam 64% da população, seguindo-se-lhes os russos (29%), os ucranianos (3%), os bielorrusos (2%) e os finlandeses (1%). As principais religiões são os ortodoxos estónios (20%) e os luteranos (14%). A língua oficial é o estónio.
História
A Estónia, habitada, pelo menos, desde o século I d. C., tem vivido grande parte da sua história sob o domínio de outros povos e países. Assim, os primeiros invasores foram os Vikings, no século IX d. C., e, até à chegada dos Germanos em finais do século XII, a Estónia foi vítima de várias incursões suecas, dinamarquesas e russas. O domínio alemão iniciou-se em 1180, com a chegada de monges cristãos à região da Livónia (região sul da Estónia e da Letónia), com o propósito de espalharem a fé cristã de um modo pacífico. Mas, a partir de 1198, esta cristianização passou a ser feita por cruzadas, fazendo com que, em 1219, a Alemanha já dominasse todo o país, sendo de salientar que o Norte e as ilhas no mar Báltico eram dominadas conjuntamente com o reino da Dinamarca através de uma aliança entre as duas partes (em 1343-45, a Dinamarca vendeu as suas possessões à Alemanha).
Já no século XVI, mais precisamente em 1561, a Livónia passou a ser dominada pela Lituânia (que se tinha unido com a Polónia), enquanto que o czar russo Ivan IV, o Terrível, conquistara, em 1558, a região de Narva, no centro do país. Neste mesmo ano, o reino da Suécia conquista o norte da Estónia, estendendo o seu domínio a todo o país após expulsarem os Russos em 1581 e derrotarem os Lituanos em 1629. A Rússia, após séculos de tentativas frustradas, consegue finalmente conquistar a Estónia. Em 1709 apodera-se da Livónia, obrigando os Suecos a ceder os restantes territórios em 1721.
No final do século XIX, a Estónia vive um período de prosperidade graças à política de privatização das terras praticada pela Rússia e que favoreceu os agricultores estónios. Esta prosperidade, porém, permitiu que a esmagadora maioria da população investisse na sua formação cultural, o que veio abrir as portas ao nascimento de um espírito nacionalista. Esta conjuntura provocou um intensificar do domínio da Rússia através do estabelecimento definitivo do quadro político-administrativo russo na Estónia. No entanto, a instabilidade surge com a Revolução Russa de Janeiro de 1905, e em 27 de Novembro nasce o Partido Nacional Liberal (PNL), fundado por Jaan Tônisson. Mas só após a Revolução Russa de Março de 1917 é que a Estónia assegura a sua autonomia, sendo o seu primeiro governo nomeado pelo Conselho Nacional da Estónia (Maapäev) a 12 de Outubro, liderado por Konstantin Päts (um dos inspiradores do PNL), governo este que seria substituído, um mês depois, pelos comunistas na sequência de um golpe de Estado apoiado pela Rússia. O mês de Fevereiro de 1918 é marcado pela invasão germânica, que provocou a fuga dos comunistas, facto aproveitado pelo Maapäev para declarar a independência, o que aconteceu no dia 24, declaração renovada no dia da capitulação alemã (11 de Novembro de 1918). Contudo, a Estónia teve de suportar uma nova invasão russa, repelida por completo em finais de Fevereiro de 1919 graças à ajuda dos Aliados.
Durante 20 anos, a Estónia sobreviveu às conspirações comunistas pró-soviéticas, mas a assinatura, em Agosto de 1939, do Pacto de Não-Agressão entre a URSS e a Alemanha veio a revelar-se fatídica para a independência da Estónia. A 28 de Setembro, a URSS impôs a assinatura de um tratado de assistência mútua cujo cumprimento serviu de pretexto à invasão soviética a 17 de Junho de 1940, sendo oficializada a entrada da Estónia na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas a 21 de Julho desse ano. Este estatuto só se tornou efectivo, no entanto, a 22 de Setembro de 1944, após três anos de presença militar alemã.
O domínio soviético sobre a Estónia, efectuado através do Partido Comunista, pautou-se por medidas repressivas que em grande parte descaracterizaram o país, como se constata pela presença de estónios na população existente em 1940 (90%) em comparação com a que é contabilizada hoje em dia (60%). A situação alterou-se com o advento da Glasnost e da Perestroika, políticas implementadas por Mikhail Gorbachev nos finais da década de 80, que permitiram o fortalecimento das pretensões independentistas lideradas pela entretanto formada Frente Popular. Nas eleições realizadas em Março de 1990, os independentistas obtiveram uma estrondosa vitória, proclamando, no dia 30 desse mês, uma fase transitória para a independência, que seria formalmente declarada em Agosto de 1991.
A 26 de Julho de 1994, em Moscovo, a Estónia e a Rússia firmaram um acordo de estabelecimento de fronteiras sob a supervisão do presidente norte-americano, Bill Clinton, embora as disputas fronteiriças não tivessem cessado, e a 31 de Agosto as tropas russas retiram-se do país. Apesar da instabilidade política interna existente (o então presidente Lennart Meri recusa a composição ministerial feita pelo primeiro-ministro Mart Laar, provocando a sua substituição pelo ministro do Ambiente, Andres Tarand), a Estónia inicia a sua integração no mundo ocidental, evidenciada pela participação activa no Conselho de Cooperação do Atlântico Norte e na Parceria para a Paz (que substituiu o Pacto de Varsóvia no relacionamento com a NATO).
Em Outubro de 2001 o presidente Lennart Meri, o primeiro após o afastamento do poder soviéticos, foi substituído no cargo por Arnold Ruutel. Os seus principais objectivos são a integração da Estónia na União Europeia e na NATO.
domingo, julho 11, 2004
Letónia
Localização geográfica: Europa de Leste
Área: 64 500 km2
População: 2 385 231 habitantes (2001)
Capital: Riga
Outras cidades importantes: Daugavpils, Jelgava, Jurmala e Liepaja
Data de independência: 1991
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Lats
Língua oficial: Letão
Religiões maioritárias: Protestantismo e Cristianismo
Geografia
País da Europa de Leste que faz fronteira com a Estónia, a norte; com a Rússia, a leste; e com a Lituânia, a sul. Tem uma área de 64 500 km2. As cidades mais importantes são Riga, a capital, Daugavpils,Liepaja, Jelgava e Jurmala.
Clima
O clima é do tipo continental de transição, pois sofre alguma influência dos ventos de Oeste, no Inverno, e regista também precipitação no Verão. A proximidade do mar modera, por vezes, as temperaturas. De facto, estas variam entre 17 oC e 34 oC, no Verão, e entre -2 oC e -40 oC, no Inverno.
Economia
A economia da Letónia tem sido afectada, durante a década de noventa, pela incerteza política do país, nomeadamente pelo contencioso por resolver com a Rússia e por um certo conflito com a Lituânia. A taxa de inflação continua elevada (23,7% em 1995; 28% em 1994). Um relatório do Banco Mundial deixa transparecer alguma preocupação relativamente à economia do país. A indústria continuava, em 1994, a ter uma certa importância na composição do PIB, costituindo 34% contra 6% da agricultura e 57% dos serviços.
A Letónia é um país em cuja indústria tem especial relevância o sector metalúrgico. Também são produzidos receptores de rádio, instrumentos científicos, frigoríficos, máquinas de lavar, motores de motorizadas, navios, veículos automóveis, geradores, instrumentos agrícolas, têxteis e calçado. A agricultura (que, em 1995, ocupava 9% dos activos) abrange a produção de batata, de cevada, de trigo, de beterraba, de legumes e de frutos. A pecuária, que decresceu depois de 1990, apresentou-se estável em 1994 e 1995.
População
A população da Letónia está estimada em 2 385 351 habitantes, o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 36 hab./km2. A população total diminuiu, entre 1990 e 1995, cerca de -0,9%. Este decréscimo deverá continuar a verificar-se, prevendo-se que, em 2025, a população seja de 2,3 milhões de pessoas. Este facto está associado a uma ligeira quebra da natalidade mas, apesar disso, a população com menos de 15 anos representa ainda 20,6% do total. Depois de 1990 verificou-se um aumento das taxas de mortalidade (11,4o/oo em 1970-75 contra 13,2o/oo em 1990-95) que não é inteiramente explicado pelo envelhecimento populacional e chama a atenção para um certo agravamento da qualidade de vida da população. Na realidade, as estatísticas de organismos internacionais como o Banco Mundial e a ONU referem a diminuição da esperança de vida à nascença. Esta passou de 70,1 anos, em 1970-75, para 69,1 anos, em 1990-95. Verifica-se o mesmo fenómeno em muitos dos países que resultaram de desagregação da ex-URSS. As etnias principais são a letã, com 54%; a russa, com 33%; a bielorrussa, com 4%; e a ucraniana, com 3%. A língua oficial é o letão.
História
Entre os séculos XIII e XVI, os alemães dominaram a Letónia. A partir do século XVI, o país foi dividido entre a Polónia e a Suécia. Mas, no final do século XVIII, todo o território foi anexado pela Rússia. Depois de Revolução Russa, em 1917, a Letónia declarou a independência. Após um período conflituoso, a nova nação foi reconhecida pela União Soviética e pela Alemanha, em 1920. Até 1934, quando a ditadura foi estabelecida, a Letónia independente foi governada por várias coligações democráticas. Em 1939, o país foi obrigado a aceitar a instalação de bases militares soviéticas no seu território e, no ano seguinte, o Exército Vermelho Soviético ocupou o país, que passou a integrar a União Soviética. O exército Nazi ocupou a Letónia, entre 1941 e 1944, ano em que o Exército Vermelho tomou novamente a Lituânia. Nos anos seguintes, a economia nacional foi colectivizada e seguiu, assim, os padrões soviéticos.
Quando Mikhail Gorbachev começou a liberalizar o regime soviético, em meados da década de 1980, o sentimento nacionalista letão ressurgiu. E, como resultado, em 1991, o país tornou-se independente da União Soviética.
Área: 64 500 km2
População: 2 385 231 habitantes (2001)
Capital: Riga
Outras cidades importantes: Daugavpils, Jelgava, Jurmala e Liepaja
Data de independência: 1991
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Lats
Língua oficial: Letão
Religiões maioritárias: Protestantismo e Cristianismo
Geografia
País da Europa de Leste que faz fronteira com a Estónia, a norte; com a Rússia, a leste; e com a Lituânia, a sul. Tem uma área de 64 500 km2. As cidades mais importantes são Riga, a capital, Daugavpils,Liepaja, Jelgava e Jurmala.
Clima
O clima é do tipo continental de transição, pois sofre alguma influência dos ventos de Oeste, no Inverno, e regista também precipitação no Verão. A proximidade do mar modera, por vezes, as temperaturas. De facto, estas variam entre 17 oC e 34 oC, no Verão, e entre -2 oC e -40 oC, no Inverno.
Economia
A economia da Letónia tem sido afectada, durante a década de noventa, pela incerteza política do país, nomeadamente pelo contencioso por resolver com a Rússia e por um certo conflito com a Lituânia. A taxa de inflação continua elevada (23,7% em 1995; 28% em 1994). Um relatório do Banco Mundial deixa transparecer alguma preocupação relativamente à economia do país. A indústria continuava, em 1994, a ter uma certa importância na composição do PIB, costituindo 34% contra 6% da agricultura e 57% dos serviços.
A Letónia é um país em cuja indústria tem especial relevância o sector metalúrgico. Também são produzidos receptores de rádio, instrumentos científicos, frigoríficos, máquinas de lavar, motores de motorizadas, navios, veículos automóveis, geradores, instrumentos agrícolas, têxteis e calçado. A agricultura (que, em 1995, ocupava 9% dos activos) abrange a produção de batata, de cevada, de trigo, de beterraba, de legumes e de frutos. A pecuária, que decresceu depois de 1990, apresentou-se estável em 1994 e 1995.
População
A população da Letónia está estimada em 2 385 351 habitantes, o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 36 hab./km2. A população total diminuiu, entre 1990 e 1995, cerca de -0,9%. Este decréscimo deverá continuar a verificar-se, prevendo-se que, em 2025, a população seja de 2,3 milhões de pessoas. Este facto está associado a uma ligeira quebra da natalidade mas, apesar disso, a população com menos de 15 anos representa ainda 20,6% do total. Depois de 1990 verificou-se um aumento das taxas de mortalidade (11,4o/oo em 1970-75 contra 13,2o/oo em 1990-95) que não é inteiramente explicado pelo envelhecimento populacional e chama a atenção para um certo agravamento da qualidade de vida da população. Na realidade, as estatísticas de organismos internacionais como o Banco Mundial e a ONU referem a diminuição da esperança de vida à nascença. Esta passou de 70,1 anos, em 1970-75, para 69,1 anos, em 1990-95. Verifica-se o mesmo fenómeno em muitos dos países que resultaram de desagregação da ex-URSS. As etnias principais são a letã, com 54%; a russa, com 33%; a bielorrussa, com 4%; e a ucraniana, com 3%. A língua oficial é o letão.
História
Entre os séculos XIII e XVI, os alemães dominaram a Letónia. A partir do século XVI, o país foi dividido entre a Polónia e a Suécia. Mas, no final do século XVIII, todo o território foi anexado pela Rússia. Depois de Revolução Russa, em 1917, a Letónia declarou a independência. Após um período conflituoso, a nova nação foi reconhecida pela União Soviética e pela Alemanha, em 1920. Até 1934, quando a ditadura foi estabelecida, a Letónia independente foi governada por várias coligações democráticas. Em 1939, o país foi obrigado a aceitar a instalação de bases militares soviéticas no seu território e, no ano seguinte, o Exército Vermelho Soviético ocupou o país, que passou a integrar a União Soviética. O exército Nazi ocupou a Letónia, entre 1941 e 1944, ano em que o Exército Vermelho tomou novamente a Lituânia. Nos anos seguintes, a economia nacional foi colectivizada e seguiu, assim, os padrões soviéticos.
Quando Mikhail Gorbachev começou a liberalizar o regime soviético, em meados da década de 1980, o sentimento nacionalista letão ressurgiu. E, como resultado, em 1991, o país tornou-se independente da União Soviética.
domingo, julho 04, 2004
LITUÂNIA
Localização geográfica: Europa de Leste
Área: 65 200 km2
População: 3 600 158 habitantes (1998)
Capital: Vilnius
Outras cidades importantes: Kaunas e Klaipeda
Data de independência: 1991
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Lita
Língua oficial: Lituano
Religião maioritária: Catolicismo
País do nordeste da Europa, designado habitualmente como uma das Repúblicas do Báltico, encontra-se ladeado pela Letónia, a norte; pela Bielorrússia, a leste e a sul; pela Polónia e pela província russa de Kaliningrad, a sudoeste; e pelo Mar Báltico, a oeste. Tem uma área de 65 200 km2. As cidades mais importantes são Vilnius, a capital, Kaunas e Klaipeda. O clima é de transição entre o clima temperado marítimo e o clima temperado continental e as temperaturas variam entre-5 oC, em Janeiro, e 17 oC, em Julho, com precipitação que ocorre durante todo o ano mas cujos valores máximos se registam no Verão.
Embora, a partir da década de 1940, a Lituânia se tenha industrializado rapidamente, a economia continua a ser tradicionalmente agrícola. As culturas dominantes são a batata, o trigo, a cevada, a beterraba, o centeio e a couve e destinam-se, sobretudo, ao mercado russo. O país depende das importações de matérias-primas e de combustíveis. Grande parte das exportações são constituídas por maquinaria e por produtos alimentares.
A população era, em 1998, de 3 600 158 habitantes, equivalente a uma densidade de 55 hab./km2. Estima-se que, em 2025, a população seja apenas de 3,8 milhões de pessoas, alterando-se um pouco a tendência de crescimento negativo registado em 1990-96. As principais etnias são a lituana, com 81%; a russa, com 9%; e a polaca, com 7%. As religiões com maior expressão são a católica e a ortodoxa russa. A língua oficial é o lituano.
Em 1386, o grão-duque lituano tornou-se rei da Polónia e, por isso, os dois países formaram o Império Polaco-Lituano Católico Romano, durante cerca de quatrocentos anos. Com as invasões alemãs, suecas e russas, o império entrou em declínio e, em 1795, com a Terceira Partição da Polónia, a Lituânia passou para o domínio russo. No século XIX, a resistência levou a revoltas camponesas, a uma emigração maciça para a América do Norte e ao despontar de um movimento nacionalista que se manteve activo até à década de 1950. Em 1918, enquanto o território se encontrava ocupado pelos alemães, a população proclamou a independência. Depois de várias lutas entre os russos bolcheviques, os polacos e os lituanos, em 1920, a União Soviética assinou um tratado de paz com a Lituânia e tornou-a independente. Nesse ano, subiu ao poder um Governo democrático de coligação mas, em 1926, um golpe militar pôs fim à democracia parlamentar. Em 1939, o país foi obrigado a aceitar a instalação de bases militares soviéticas no seu território e, no ano seguinte, o Exército Vermelho Soviético ocupou a Lituânia, que passou a integrar a União Soviética. A Alemanha nazi ocupou o território entre 1941 até o Exército Vermelho libertar o território, em 1944. Nos anos seguintes, a economia nacional foi colectivizada e seguiu, assim, os padrões soviéticos.
Quando Mikhail Gorbachev começou a liberalizar o regime soviético, em meados da década de 1980, o nacionalismo lituano ressurgiu. Em 1990, o país declarou a independência e, um ano mais tarde, alcançou a independência total. Actualmente, as escolhas económicas da Lituânia revelam uma certa contradição, pois as privatizações excluem sectores estratégicos, como os transportes, a energia, as comunicações e os portos.
Área: 65 200 km2
População: 3 600 158 habitantes (1998)
Capital: Vilnius
Outras cidades importantes: Kaunas e Klaipeda
Data de independência: 1991
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Lita
Língua oficial: Lituano
Religião maioritária: Catolicismo
País do nordeste da Europa, designado habitualmente como uma das Repúblicas do Báltico, encontra-se ladeado pela Letónia, a norte; pela Bielorrússia, a leste e a sul; pela Polónia e pela província russa de Kaliningrad, a sudoeste; e pelo Mar Báltico, a oeste. Tem uma área de 65 200 km2. As cidades mais importantes são Vilnius, a capital, Kaunas e Klaipeda. O clima é de transição entre o clima temperado marítimo e o clima temperado continental e as temperaturas variam entre-5 oC, em Janeiro, e 17 oC, em Julho, com precipitação que ocorre durante todo o ano mas cujos valores máximos se registam no Verão.
Embora, a partir da década de 1940, a Lituânia se tenha industrializado rapidamente, a economia continua a ser tradicionalmente agrícola. As culturas dominantes são a batata, o trigo, a cevada, a beterraba, o centeio e a couve e destinam-se, sobretudo, ao mercado russo. O país depende das importações de matérias-primas e de combustíveis. Grande parte das exportações são constituídas por maquinaria e por produtos alimentares.
A população era, em 1998, de 3 600 158 habitantes, equivalente a uma densidade de 55 hab./km2. Estima-se que, em 2025, a população seja apenas de 3,8 milhões de pessoas, alterando-se um pouco a tendência de crescimento negativo registado em 1990-96. As principais etnias são a lituana, com 81%; a russa, com 9%; e a polaca, com 7%. As religiões com maior expressão são a católica e a ortodoxa russa. A língua oficial é o lituano.
Em 1386, o grão-duque lituano tornou-se rei da Polónia e, por isso, os dois países formaram o Império Polaco-Lituano Católico Romano, durante cerca de quatrocentos anos. Com as invasões alemãs, suecas e russas, o império entrou em declínio e, em 1795, com a Terceira Partição da Polónia, a Lituânia passou para o domínio russo. No século XIX, a resistência levou a revoltas camponesas, a uma emigração maciça para a América do Norte e ao despontar de um movimento nacionalista que se manteve activo até à década de 1950. Em 1918, enquanto o território se encontrava ocupado pelos alemães, a população proclamou a independência. Depois de várias lutas entre os russos bolcheviques, os polacos e os lituanos, em 1920, a União Soviética assinou um tratado de paz com a Lituânia e tornou-a independente. Nesse ano, subiu ao poder um Governo democrático de coligação mas, em 1926, um golpe militar pôs fim à democracia parlamentar. Em 1939, o país foi obrigado a aceitar a instalação de bases militares soviéticas no seu território e, no ano seguinte, o Exército Vermelho Soviético ocupou a Lituânia, que passou a integrar a União Soviética. A Alemanha nazi ocupou o território entre 1941 até o Exército Vermelho libertar o território, em 1944. Nos anos seguintes, a economia nacional foi colectivizada e seguiu, assim, os padrões soviéticos.
Quando Mikhail Gorbachev começou a liberalizar o regime soviético, em meados da década de 1980, o nacionalismo lituano ressurgiu. Em 1990, o país declarou a independência e, um ano mais tarde, alcançou a independência total. Actualmente, as escolhas económicas da Lituânia revelam uma certa contradição, pois as privatizações excluem sectores estratégicos, como os transportes, a energia, as comunicações e os portos.
domingo, junho 27, 2004
Polónia
Localização geográfica: Europa Central
Área: 323 250 km2
População: 38 606 922 habitantes (1998)
Capital: Varsóvia
Outras cidades importantes: Lódz, Cracóvia, Wroclaw e Poznan
Data de independência: 1991
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Zloti
Língua oficial: Polaco
Religiões maioritárias: Catolicismo e religião Ortodoxa
A República da Polónia é um dos maiores países da Europa; tem uma área total de 323 250 km2. É banhada, a norte, pelo Mar Báltico, fazendo fronteira a nordeste com a Rússia e a Lituânia, a este com a Bielorrússia e a Ucrânia, a sul com a Eslováquia, a sudoeste com a República Checa e a oeste com a Alemanha.
A Polónia tem uma população de 38 606 922 habitantes, o que corresponde a uma densidade popoulacional de 123 hab./km2. É um país com uma taxa de natalidade relativamente moderada no contexto dos países europeus (13, 2% em 1995), facto que se traduz numa percentagem ainda razoável de população com menos de 15 anos de idade (22,9% em 1995). O crescimento demográfico não é muito elevado, estimando-se que, em 2025, a população da Polónia atinja os 41,5 milhões de habitantes. Etnica e linguisticamente é um povo homogéneo, constituído por polacos e ucranianos. A língua oficial é o polaco. A maioria da população pratica o Cristianismo.
As cidades mais importantes da Polónia são: Varsóvia, a capital, Lódz, Cracóvia, Wroclaw e Poznan. À excepção da área sul, que é montanhosa, o território polaco é plano, fazendo parte da grande planície europeia que, no período das glaciações, esteve coberta de gelos que, ao recuarem, deixaram como testemunho inúmeros lagos e solos muito pobres, muito pedregosos. Mais de 75% da superfície não se eleva acima de 200 metros. Os principais rios são o Vístula e o Óder.
Na sua globalidade, o clima da Polónia é temperado continental, com invernos rigorosos, verões curtos e chuvosos e elevadas amplitudes térmicas anuais. Em Varsóvia, por exemplo, Janeiro e Fevereiro registam médias de -3 oC e em Junho, Julho e Agosto o valor médio aproxima-se dos 20 oC, sem contudo atingir esta temperatura. Este pormenor térmico condiciona a cobertura vegetal, proporcionando condições para o desenvolvimento da floresta de coníferas (de folha persistente) que cobre cerca e 28% do território. O regime dos rios é condicionado pelo clima, aumentando muito o caudal no período do degelo ou quando as chuvas de Verão provocam cheias. No litoral os Invernos tornam-se mais amenos e, no interior, mais rigorosos.
Povoada por povos germânicos nos séculos V e VI, a Polónia foi ocupada no século X por tribos eslavas que se instalaram nas bacias do Óder e do Vístula. Mieszko I, chefe dos polanas governou o território desde 960, mas, após ter recebido o baptismo em 966, abriu as portas ao Cristianismo na Polónia. Os mongóis devastaram o país em 1241. Seguiram-se germânicos e judeus que aí se refugiaram e encorajaram o povo eslavo a colonizar o país. O primeiro parlamento conhecido na Polónia data de 1331. Com a dinastia de Jagelião (1386-1572), a Polónia uniu-se à Lituânia e aumentou o seu poder. Com o fim desta dinastia esse poder declinou consideravelmente.
Em meados do século XVII, a Polónia envolveu-se em guerra com a Rússia, a Suécia e o Brandeburgo, saindo derrotada. As guerras com o Império Otomano provocaram discórdias com a nobreza, querelas com os reis, a continuação da existência de uma classe servil e a perseguição aos protestantes e ortodoxos católicos gregos. Toda esta situação empenhou o país e tornou-o permeável à interferência de outros Estados, como sejam a Áustria, a Rússia e a Prússia. Em 1793 a Rússia e a Prússia apoderaram-se de muitas áreas da Polónia. Dois anos depois, os três países acabaram por ocupar a totalidade do território. A Polónia desapareceu do mapa da Europa entre 1795 e 1918. Com o Congresso de Viena, em 1815, foi feita uma nova divisão territorial, e a parte russa foi reconstituída e administrada por czares. Em 1830 e 1863 surgiram rebeliões que só levaram à intensificação da repressão.
A Polónia voltou a ser independente em 1918 com a liderança de Józef Pilsudski que, aproveitando a instabilidade interna da União Soviética, avançou sobre a Lituânia e a Ucrânia. Mais tarde o Exército Vermelho obrigou a Polónia a retirar destes territórios. Os anos que decorreram entre 1918 e 1926 foram de instabilidade, o país foi governado por 14 coligações multipartidárias.
Em Abril de 1939 o Reino Unido e a França assinaram um pacto de ajuda militar à Polónia em caso de ataque. A invasão do país pela Alemanha, a 1 de Setembro de 1939, levou à Segunda Guerra Mundial. A ocupação nazi conduziu à exterminação, em campos de concentração, de 6 milhões de pessoas, das quais metade eram judeus. Depois da guerra teve de ceder à Rússia 181 350 km2 mas ganhou 101 000 km2 à zona ocidental alemã. Em 1947 a República do povo foi estabelecida, a Polónia entrou para o Comecon em 1949 e passou a integrar o Pacto de Varsóvia em 1955. O país foi governado em regime de partido único com uma estrutura governamental e administrativa idêntica à do modelo soviético até 1989. A sociedade polaca nunca se adaptou muito bem à política de colectivização dos bens de produção. Houve insurreições em 1956 que causaram 53 mortos e, em 1970, motins a que se seguiu um aumento dos preços dos bens essenciais. Em 1976, a visita do papa João Paulo II ao seu país de origem, a Polónia, foi recebida com grande entusiasmo pela Igreja Católica e fez com que a oposição ao regime subisse de tom. Lech Walesa, um electricista, fundou em Setembro desse ano a Confederação Nacional dos Sindicatos da Polónia, conhecida pelo nome de Solidariedade. Registaram-se paralisações em Gdansk que rapidamente se estenderam por outras cidades. As pressões do movimento de Walesa aumentaram e o governo impôs a lei marcial, que durou 18 meses, em Dezembro de 1981. O estatuto legal do Solidariedade tinha terminado, e o seu líder estava preso.
A economia estagnou nos anos seguintes e o descontentamento laboral que ainda se verificava em 1988 levou o chefe do governo a mudar radicalmente de política e a voltar a sentar-se à mesma mesa com o Solidariedade, que entretanto tinha sobrevivido na clandestinidade. Em Abril de 1989, as negociações resultaram em reformas no sistema político que converteram a Polónia na primeira república a dispor de um sistema parlamentar multipartidário, no seio dos países europeus que pertenciam ao bloco soviético. Esta reestruturação admitia oposição ao Partido Comunista (PC) e o movimento Solidariedade foi autorizado a participar nas eleições, que resultaram em vitória, e subsequentemente a fazer uma coligação com o PC. Desde 1991 há eleições livres e multipartidárias.
O país é o terceiro produtor mundial de batata e o sexto de hulha. A lignite extraída na bacia de Turoszów proporciona 95% da energia consumida. Desde o início dos anos 90 que o sistema económico polaco está em transição de uma estrutura de planeamento central para uma economia de mercado, com a conversão de empresas públicas em privadas. Depois de uma seca em 1994, a agricultura voltou a dinamizar-se e a fornecer produtos para exportação. A batata e a beterraba açucareira são os produtos agrícolas mais importantes, juntamente com o gado porcino.
A Polónia tem produzido imensos artistas e intelectuais. Frédéric Chopin é o mais famoso compositor de música polaco. Czeslaw Milosz e Wislawa Szymborska receberam o Prémio Nobel da Literatura e é de destacar ainda, no nosso século, o realizador Andrzej Wajda.
Área: 323 250 km2
População: 38 606 922 habitantes (1998)
Capital: Varsóvia
Outras cidades importantes: Lódz, Cracóvia, Wroclaw e Poznan
Data de independência: 1991
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Zloti
Língua oficial: Polaco
Religiões maioritárias: Catolicismo e religião Ortodoxa
A República da Polónia é um dos maiores países da Europa; tem uma área total de 323 250 km2. É banhada, a norte, pelo Mar Báltico, fazendo fronteira a nordeste com a Rússia e a Lituânia, a este com a Bielorrússia e a Ucrânia, a sul com a Eslováquia, a sudoeste com a República Checa e a oeste com a Alemanha.
A Polónia tem uma população de 38 606 922 habitantes, o que corresponde a uma densidade popoulacional de 123 hab./km2. É um país com uma taxa de natalidade relativamente moderada no contexto dos países europeus (13, 2% em 1995), facto que se traduz numa percentagem ainda razoável de população com menos de 15 anos de idade (22,9% em 1995). O crescimento demográfico não é muito elevado, estimando-se que, em 2025, a população da Polónia atinja os 41,5 milhões de habitantes. Etnica e linguisticamente é um povo homogéneo, constituído por polacos e ucranianos. A língua oficial é o polaco. A maioria da população pratica o Cristianismo.
As cidades mais importantes da Polónia são: Varsóvia, a capital, Lódz, Cracóvia, Wroclaw e Poznan. À excepção da área sul, que é montanhosa, o território polaco é plano, fazendo parte da grande planície europeia que, no período das glaciações, esteve coberta de gelos que, ao recuarem, deixaram como testemunho inúmeros lagos e solos muito pobres, muito pedregosos. Mais de 75% da superfície não se eleva acima de 200 metros. Os principais rios são o Vístula e o Óder.
Na sua globalidade, o clima da Polónia é temperado continental, com invernos rigorosos, verões curtos e chuvosos e elevadas amplitudes térmicas anuais. Em Varsóvia, por exemplo, Janeiro e Fevereiro registam médias de -3 oC e em Junho, Julho e Agosto o valor médio aproxima-se dos 20 oC, sem contudo atingir esta temperatura. Este pormenor térmico condiciona a cobertura vegetal, proporcionando condições para o desenvolvimento da floresta de coníferas (de folha persistente) que cobre cerca e 28% do território. O regime dos rios é condicionado pelo clima, aumentando muito o caudal no período do degelo ou quando as chuvas de Verão provocam cheias. No litoral os Invernos tornam-se mais amenos e, no interior, mais rigorosos.
Povoada por povos germânicos nos séculos V e VI, a Polónia foi ocupada no século X por tribos eslavas que se instalaram nas bacias do Óder e do Vístula. Mieszko I, chefe dos polanas governou o território desde 960, mas, após ter recebido o baptismo em 966, abriu as portas ao Cristianismo na Polónia. Os mongóis devastaram o país em 1241. Seguiram-se germânicos e judeus que aí se refugiaram e encorajaram o povo eslavo a colonizar o país. O primeiro parlamento conhecido na Polónia data de 1331. Com a dinastia de Jagelião (1386-1572), a Polónia uniu-se à Lituânia e aumentou o seu poder. Com o fim desta dinastia esse poder declinou consideravelmente.
Em meados do século XVII, a Polónia envolveu-se em guerra com a Rússia, a Suécia e o Brandeburgo, saindo derrotada. As guerras com o Império Otomano provocaram discórdias com a nobreza, querelas com os reis, a continuação da existência de uma classe servil e a perseguição aos protestantes e ortodoxos católicos gregos. Toda esta situação empenhou o país e tornou-o permeável à interferência de outros Estados, como sejam a Áustria, a Rússia e a Prússia. Em 1793 a Rússia e a Prússia apoderaram-se de muitas áreas da Polónia. Dois anos depois, os três países acabaram por ocupar a totalidade do território. A Polónia desapareceu do mapa da Europa entre 1795 e 1918. Com o Congresso de Viena, em 1815, foi feita uma nova divisão territorial, e a parte russa foi reconstituída e administrada por czares. Em 1830 e 1863 surgiram rebeliões que só levaram à intensificação da repressão.
A Polónia voltou a ser independente em 1918 com a liderança de Józef Pilsudski que, aproveitando a instabilidade interna da União Soviética, avançou sobre a Lituânia e a Ucrânia. Mais tarde o Exército Vermelho obrigou a Polónia a retirar destes territórios. Os anos que decorreram entre 1918 e 1926 foram de instabilidade, o país foi governado por 14 coligações multipartidárias.
Em Abril de 1939 o Reino Unido e a França assinaram um pacto de ajuda militar à Polónia em caso de ataque. A invasão do país pela Alemanha, a 1 de Setembro de 1939, levou à Segunda Guerra Mundial. A ocupação nazi conduziu à exterminação, em campos de concentração, de 6 milhões de pessoas, das quais metade eram judeus. Depois da guerra teve de ceder à Rússia 181 350 km2 mas ganhou 101 000 km2 à zona ocidental alemã. Em 1947 a República do povo foi estabelecida, a Polónia entrou para o Comecon em 1949 e passou a integrar o Pacto de Varsóvia em 1955. O país foi governado em regime de partido único com uma estrutura governamental e administrativa idêntica à do modelo soviético até 1989. A sociedade polaca nunca se adaptou muito bem à política de colectivização dos bens de produção. Houve insurreições em 1956 que causaram 53 mortos e, em 1970, motins a que se seguiu um aumento dos preços dos bens essenciais. Em 1976, a visita do papa João Paulo II ao seu país de origem, a Polónia, foi recebida com grande entusiasmo pela Igreja Católica e fez com que a oposição ao regime subisse de tom. Lech Walesa, um electricista, fundou em Setembro desse ano a Confederação Nacional dos Sindicatos da Polónia, conhecida pelo nome de Solidariedade. Registaram-se paralisações em Gdansk que rapidamente se estenderam por outras cidades. As pressões do movimento de Walesa aumentaram e o governo impôs a lei marcial, que durou 18 meses, em Dezembro de 1981. O estatuto legal do Solidariedade tinha terminado, e o seu líder estava preso.
A economia estagnou nos anos seguintes e o descontentamento laboral que ainda se verificava em 1988 levou o chefe do governo a mudar radicalmente de política e a voltar a sentar-se à mesma mesa com o Solidariedade, que entretanto tinha sobrevivido na clandestinidade. Em Abril de 1989, as negociações resultaram em reformas no sistema político que converteram a Polónia na primeira república a dispor de um sistema parlamentar multipartidário, no seio dos países europeus que pertenciam ao bloco soviético. Esta reestruturação admitia oposição ao Partido Comunista (PC) e o movimento Solidariedade foi autorizado a participar nas eleições, que resultaram em vitória, e subsequentemente a fazer uma coligação com o PC. Desde 1991 há eleições livres e multipartidárias.
O país é o terceiro produtor mundial de batata e o sexto de hulha. A lignite extraída na bacia de Turoszów proporciona 95% da energia consumida. Desde o início dos anos 90 que o sistema económico polaco está em transição de uma estrutura de planeamento central para uma economia de mercado, com a conversão de empresas públicas em privadas. Depois de uma seca em 1994, a agricultura voltou a dinamizar-se e a fornecer produtos para exportação. A batata e a beterraba açucareira são os produtos agrícolas mais importantes, juntamente com o gado porcino.
A Polónia tem produzido imensos artistas e intelectuais. Frédéric Chopin é o mais famoso compositor de música polaco. Czeslaw Milosz e Wislawa Szymborska receberam o Prémio Nobel da Literatura e é de destacar ainda, no nosso século, o realizador Andrzej Wajda.
domingo, junho 20, 2004
República Checa
Localização geográfica: Europa Central
Área: 78 864 km2
População: 10 286 470 habitantes (1998)
Capital: Praga
Outras cidades importantes: Brno, Ostrava, Plzen, Olomouc e Hradec Kralove
Data de independência: 1993
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Coroa checa
Língua oficial: Checo
Religiões maioritárias: Catolicismo, Protestantismo e religião Ortodoxa
País do interior da Europa Central, faz fronteira a norte e nordeste com a Polónia, a noroeste e a oeste com a Alemanha, a sul com a Áustria e a este com a República da Eslováquia. Tem uma área de 78 864 km2. A população era, em 1998, de 10 286 470 habitantes, dos quais cerca de 12% vivem na capital. No contexto dos países europeus, é ainda um país muito rural, com 63% da população a habitar em centros urbanos. O crescimento demográfico é praticamente nulo, calculando-se que, em 2025, a população seja de 10,6 milhões de pessoas, um valor ligeiramente superior ao actual.
A República Checa compreende as históricas terras da Boémia e da Morávia, comummente designadas por terras checas. O relevo é dominado pelo maciço boémio. O rio mais importante do país é o Morava. O clima é continental, com invernos frios e verões relativamente quentes e chuvosos. O relevo e o clima proporcionam uma cobertura florestal constituída por pinheiros e abetos que cobrem cerca de 33% do território. Grandes áreas de floresta têm sido abertas para cultivo.
A região ocidental do país tem sido habitada tradicionalmente por povos eslavos da Europa Central. Os checos são maioritários, mas os morávios consideram-se um grupo à parte nesta maioria. A língua oficial, o checo, faz parte do grupo das línguas eslavas. Os católicos romanos estimam-se em cerca de 40% da população. Existem também vários sectores protestantes e ortodoxos. As migrações para as cidades aumentaram a ponto de a quase totalidade da população ser urbana.
Os primeiros povos a habitar a região eram Celtas. Entre os séculos V e VII os eslavos tomaram conta da região e os checos no século IX tornaram-se os senhores da Boémia Central. A Morávia foi colonizada por sucessivas vagas de Celtas e tribos germânicas. Os eslavos que viviam na zona do Rio Morava foram chamados morávios. Depois de longas disputas, a Morávia foi incorporada na Boémia e governada pelos seus reis. A Boémia foi reduzida a um estatuto de província em 1867 quando passou a fazer parte do Império Austro-Húngaro. O nacionalismo cresceu na Boémia e os partidos políticos começaram a desenvolver-se. Com o fim do Império Austro-Húngaro e o fim da Primeira Guerra Mundial, nasceu a independente República da Checoslováquia, em 1918. Boémia, Morávia e Eslováquia estiveram unidas na nação da Checoslováquia de 1919 a 1992.
O país está dividido em oito regiões que por sua vez se subdividem em municípios. Nos anos noventa começou a tornar-se evidente o separatismo entre checos e eslovacos dentro da Checoslováquia. Nas eleições de 1992, os eslovacos do Movimento para a Democracia da Eslováquia, liderados por Vladimir Meciar, ganharam a maioria dos lugares no parlamento. O presidente Vaclav Havel demitiu-se, depois de ter apresentado uma proposta para a criação de um governo federal que foi rejeitada. Ficou então acordado que se separariam em dois Estados, a República Checa e a da Eslováquia. A união com a Eslováquia foi pacificamente dissolvida e tornou-se República Checa a 1 de Janeiro de 1993 com Václav Klaus do Partido Democrata Cívico no lugar de primeiro-ministro. Havel tornou-se Presidente da República. Em Junho de 1993 o país foi admitido nas Nações Unidas e fez o pedido de adesão para ser Estado membro da União Europeia. Uma nova moeda foi introduzida. Em Janeiro de 1994 a República Checa passou a fazer parte da "parceria para a paz" um programa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que é um prelúdio à entrada formal para esta aliança.
A economia checa está em transição desde o início dos anos noventa. Entre 1948 e 1989 o sistema comunista dominou os meios de produção. O Produto Interno Bruto (PIB) provém das minas, das manufacturas, do comércio e da construção. Depois do colapso do comunismo na Europa de Leste, o governo inaugurou um programa de privatizações. A partir de 1993, com a ajuda de uma moeda própria, transformou-se numa economia de mercado. A República Checa tem uma importante indústria vidreira. O turismo e as esculturas de madeira constituem atractivos da República Checa. As actividades turísticas incluem desportos de Verão e de Inverno, pesca, caça e viagens turísticas às montanhas.
Área: 78 864 km2
População: 10 286 470 habitantes (1998)
Capital: Praga
Outras cidades importantes: Brno, Ostrava, Plzen, Olomouc e Hradec Kralove
Data de independência: 1993
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Coroa checa
Língua oficial: Checo
Religiões maioritárias: Catolicismo, Protestantismo e religião Ortodoxa
País do interior da Europa Central, faz fronteira a norte e nordeste com a Polónia, a noroeste e a oeste com a Alemanha, a sul com a Áustria e a este com a República da Eslováquia. Tem uma área de 78 864 km2. A população era, em 1998, de 10 286 470 habitantes, dos quais cerca de 12% vivem na capital. No contexto dos países europeus, é ainda um país muito rural, com 63% da população a habitar em centros urbanos. O crescimento demográfico é praticamente nulo, calculando-se que, em 2025, a população seja de 10,6 milhões de pessoas, um valor ligeiramente superior ao actual.
A República Checa compreende as históricas terras da Boémia e da Morávia, comummente designadas por terras checas. O relevo é dominado pelo maciço boémio. O rio mais importante do país é o Morava. O clima é continental, com invernos frios e verões relativamente quentes e chuvosos. O relevo e o clima proporcionam uma cobertura florestal constituída por pinheiros e abetos que cobrem cerca de 33% do território. Grandes áreas de floresta têm sido abertas para cultivo.
A região ocidental do país tem sido habitada tradicionalmente por povos eslavos da Europa Central. Os checos são maioritários, mas os morávios consideram-se um grupo à parte nesta maioria. A língua oficial, o checo, faz parte do grupo das línguas eslavas. Os católicos romanos estimam-se em cerca de 40% da população. Existem também vários sectores protestantes e ortodoxos. As migrações para as cidades aumentaram a ponto de a quase totalidade da população ser urbana.
Os primeiros povos a habitar a região eram Celtas. Entre os séculos V e VII os eslavos tomaram conta da região e os checos no século IX tornaram-se os senhores da Boémia Central. A Morávia foi colonizada por sucessivas vagas de Celtas e tribos germânicas. Os eslavos que viviam na zona do Rio Morava foram chamados morávios. Depois de longas disputas, a Morávia foi incorporada na Boémia e governada pelos seus reis. A Boémia foi reduzida a um estatuto de província em 1867 quando passou a fazer parte do Império Austro-Húngaro. O nacionalismo cresceu na Boémia e os partidos políticos começaram a desenvolver-se. Com o fim do Império Austro-Húngaro e o fim da Primeira Guerra Mundial, nasceu a independente República da Checoslováquia, em 1918. Boémia, Morávia e Eslováquia estiveram unidas na nação da Checoslováquia de 1919 a 1992.
O país está dividido em oito regiões que por sua vez se subdividem em municípios. Nos anos noventa começou a tornar-se evidente o separatismo entre checos e eslovacos dentro da Checoslováquia. Nas eleições de 1992, os eslovacos do Movimento para a Democracia da Eslováquia, liderados por Vladimir Meciar, ganharam a maioria dos lugares no parlamento. O presidente Vaclav Havel demitiu-se, depois de ter apresentado uma proposta para a criação de um governo federal que foi rejeitada. Ficou então acordado que se separariam em dois Estados, a República Checa e a da Eslováquia. A união com a Eslováquia foi pacificamente dissolvida e tornou-se República Checa a 1 de Janeiro de 1993 com Václav Klaus do Partido Democrata Cívico no lugar de primeiro-ministro. Havel tornou-se Presidente da República. Em Junho de 1993 o país foi admitido nas Nações Unidas e fez o pedido de adesão para ser Estado membro da União Europeia. Uma nova moeda foi introduzida. Em Janeiro de 1994 a República Checa passou a fazer parte da "parceria para a paz" um programa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que é um prelúdio à entrada formal para esta aliança.
A economia checa está em transição desde o início dos anos noventa. Entre 1948 e 1989 o sistema comunista dominou os meios de produção. O Produto Interno Bruto (PIB) provém das minas, das manufacturas, do comércio e da construção. Depois do colapso do comunismo na Europa de Leste, o governo inaugurou um programa de privatizações. A partir de 1993, com a ajuda de uma moeda própria, transformou-se numa economia de mercado. A República Checa tem uma importante indústria vidreira. O turismo e as esculturas de madeira constituem atractivos da República Checa. As actividades turísticas incluem desportos de Verão e de Inverno, pesca, caça e viagens turísticas às montanhas.
domingo, junho 13, 2004
Eslováquia
Localização geográfica: Europa Central
Área: 48 845 km2
População: 5 414 937 habitantes (2001)
Capital: Bratislava
Outras cidades importantes: Banská Bystrica, Kosice, Michalovce, Nitra, Presov e Zilina
Data de independência: 1993
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Coroa eslovaca
Língua oficial: Eslovaco
Religiões maioritárias: Catolicismo e protestantismo
Geografia
País da Europa Central. Possui uma área de 48 845 km2 e faz fronteira com a República Checa, a oeste, a Polónia, a norte, a Ucrânia, a leste, a Hungria, a sul, e a Áustria, a sudoeste. As cidades mais importantes são Bratislava, a capital, com 452 000 habitantes (1996), Kosice (241 000 hab.) e Presov (93 000 hab.). O território é predominantemente montanhoso.
Clima
O clima é continental moderado, com Verões quentes e chuvosos nas terras baixas e com Invernos frios, especialmente nas zonas montanhosas.
Economia
A agricultura representa muito pouco na economia nacional. As culturas dominantes são o trigo, a cevada, a aveia, o milho, o centeio, a beterraba e a batata, o linho, o tabaco, os frutos e os legumes. A exploração mineira é o sector mais desenvolvido do país e abrange o ferro, o cobre, a magnesite, o chumbo e o zinco. A indústria produz aço, plásticos, materiais de construção, fertilizantes, produtos alimentares, bebidas e tecidos. Os principais parceiros comerciais da Eslováquia são a República Checa, a Rússia, a Alemanha e a Áustria.
População
A população é de 5 414 937 habitantes (2001), o que corresponde a uma densidade populacional de 110,8 hab. /km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 10%o e 9%o. A esperança média de vida é de 73 anos. Estima-se que, em 2025, a população aumente apenas para 5 426 000 habitantes. As principais etnias são a eslovaca, com 86%, e a húngara, com 11%. As religiões com maior expressão são a católica, com 60%, e a protestante, com 8%. A língua oficial é o eslovaco.
História
No século XI, a Eslováquia tornou-se território da coroa húngara. Quatro séculos mais tarde, os Hussitas checos implantaram-se na região. No século XVI, o luteranismo e o calvinismo foram adoptados pela maioria dos Eslovacos. Em 1526, os Habsburgos da Áustria subiram ao trono húngaro e governaram a Eslováquia até 1918. Foi introduzido, imediatamente, no território o catolicismo romano. No século XVIII, começou a crescer um sentimento nacionalista entre a população mas, em 1867, o Governo húngaro passou a controlar directamente a Eslováquia e seguiu uma política magiar.
No final da Primeira Guerra Mundial, os Eslovacos abandonaram a Hungria e uniram-se às terras checas, a Boémia, a Morávia e uma parte da Silésia, para formar o novo Estado da Checoslováquia. Em 1938, quando Adolf Hitler começou a ameaçar desmembrar a Checoslováquia, os Eslovacos declararam uma unidade autónoma dentro de um Estado Federal Checo-Eslovaco. Depois de os Alemães terem ocupado Praga, a Eslováquia tornou-se independente, sob a protecção alemã. Em 1945, como o Exército Vermelho Soviético tinha ocupado o país, os Eslovacos concordaram em reintegrar a Checoslováquia. Depois de os comunistas terem conquistado o poder na Checoslováquia, em 1948, e com a ajuda da União Soviética, a Eslováquia passou a estar submetida a um Governo checo centralista que nacionalizou a indústria e colectivizou a agricultura.
Com a queda do Governo comunista checoslovaco, em 1989-1990, começou a emergir um sentimento de independência entre a população eslovaca. Depois das conversações entre os líderes checos e eslovacos, em 1991, as duas repúblicas federais separaram-se e tornaram-se nações independentes em 1993.
Área: 48 845 km2
População: 5 414 937 habitantes (2001)
Capital: Bratislava
Outras cidades importantes: Banská Bystrica, Kosice, Michalovce, Nitra, Presov e Zilina
Data de independência: 1993
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Coroa eslovaca
Língua oficial: Eslovaco
Religiões maioritárias: Catolicismo e protestantismo
Geografia
País da Europa Central. Possui uma área de 48 845 km2 e faz fronteira com a República Checa, a oeste, a Polónia, a norte, a Ucrânia, a leste, a Hungria, a sul, e a Áustria, a sudoeste. As cidades mais importantes são Bratislava, a capital, com 452 000 habitantes (1996), Kosice (241 000 hab.) e Presov (93 000 hab.). O território é predominantemente montanhoso.
Clima
O clima é continental moderado, com Verões quentes e chuvosos nas terras baixas e com Invernos frios, especialmente nas zonas montanhosas.
Economia
A agricultura representa muito pouco na economia nacional. As culturas dominantes são o trigo, a cevada, a aveia, o milho, o centeio, a beterraba e a batata, o linho, o tabaco, os frutos e os legumes. A exploração mineira é o sector mais desenvolvido do país e abrange o ferro, o cobre, a magnesite, o chumbo e o zinco. A indústria produz aço, plásticos, materiais de construção, fertilizantes, produtos alimentares, bebidas e tecidos. Os principais parceiros comerciais da Eslováquia são a República Checa, a Rússia, a Alemanha e a Áustria.
População
A população é de 5 414 937 habitantes (2001), o que corresponde a uma densidade populacional de 110,8 hab. /km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 10%o e 9%o. A esperança média de vida é de 73 anos. Estima-se que, em 2025, a população aumente apenas para 5 426 000 habitantes. As principais etnias são a eslovaca, com 86%, e a húngara, com 11%. As religiões com maior expressão são a católica, com 60%, e a protestante, com 8%. A língua oficial é o eslovaco.
História
No século XI, a Eslováquia tornou-se território da coroa húngara. Quatro séculos mais tarde, os Hussitas checos implantaram-se na região. No século XVI, o luteranismo e o calvinismo foram adoptados pela maioria dos Eslovacos. Em 1526, os Habsburgos da Áustria subiram ao trono húngaro e governaram a Eslováquia até 1918. Foi introduzido, imediatamente, no território o catolicismo romano. No século XVIII, começou a crescer um sentimento nacionalista entre a população mas, em 1867, o Governo húngaro passou a controlar directamente a Eslováquia e seguiu uma política magiar.
No final da Primeira Guerra Mundial, os Eslovacos abandonaram a Hungria e uniram-se às terras checas, a Boémia, a Morávia e uma parte da Silésia, para formar o novo Estado da Checoslováquia. Em 1938, quando Adolf Hitler começou a ameaçar desmembrar a Checoslováquia, os Eslovacos declararam uma unidade autónoma dentro de um Estado Federal Checo-Eslovaco. Depois de os Alemães terem ocupado Praga, a Eslováquia tornou-se independente, sob a protecção alemã. Em 1945, como o Exército Vermelho Soviético tinha ocupado o país, os Eslovacos concordaram em reintegrar a Checoslováquia. Depois de os comunistas terem conquistado o poder na Checoslováquia, em 1948, e com a ajuda da União Soviética, a Eslováquia passou a estar submetida a um Governo checo centralista que nacionalizou a indústria e colectivizou a agricultura.
Com a queda do Governo comunista checoslovaco, em 1989-1990, começou a emergir um sentimento de independência entre a população eslovaca. Depois das conversações entre os líderes checos e eslovacos, em 1991, as duas repúblicas federais separaram-se e tornaram-se nações independentes em 1993.
Hoje, 13 de Junho, é dia de Eleições Europeias
Parlamento Europeu
Nos últimos dias, além do aparato mediático montado à volta do Campeonato Europeu de Futebol Euro 2004, as atenções também se têm voltado para a campanha eleitoral para eleger os representantes ao Parlamento Europeu. Como discente de Estudos Europeus e Política Internacional da Universidade dos Açores não posso deixar de escrever este texto sobre estas eleições tão importantes para que Portugal em geral e os Açores em particular tenham voz junto das instâncias democráticas europeias.
Então, o que representa o Parlamento Europeu?
O Parlamento Europeu representa "os povos dos Estados reunidos na unidade europeia", como o declara o Tratado de Roma de 1957. O Parlamento Europeu é uma “instituição da União Europeia composta por 732 deputados, representantes dos vinte e cinco Estados-membros. A representatividade é assegurada pela proporcionalidade, tendo em conta a população de cada país. Portugal, por exemplo, tem 24 deputados, enquanto a Alemanha tem 99. Os deputados são eleitos por sufrágio universal para um mandato de cinco anos. Encontram-se geralmente organizados em grupos parlamentares.
O Parlamento Europeu é dirigido por um presidente, actualmente o irlandês Pat Cox e catorze vice-presidentes. A sede fica em Estrasburgo, onde se realizam as sessões plenárias, uma vez por mês. Para facilitar os contactos com a Comissão Europeia e com o Conselho da União Europeia, algumas das reuniões das comissões parlamentares decorrem em Bruxelas. O Secretariado-Geral encontra-se no Luxemburgo.
O Parlamento tem um papel impulsionador de inúmeras iniciativas comunitárias. Ao longo dos anos, tem visto aumentados os seus poderes. Partilha com o Conselho as competências de âmbito orçamental: vota o orçamento anual e controla a sua execução. O Parlamento e o Conselho partilham ainda o poder legislativo de acordo com um processo triangular. Com base numa proposta da Comissão, o Parlamento e o Conselho dividem entre si a legislação europeia. Os domínios aos quais é aplicado este procedimento são o mercado interno, a política social, a coesão económica e social, a investigação, as redes transeuropeias, o ambiente, a protecção do consumidor, a educação, a cultura e a saúde.
O Parlamento Europeu é também um órgão de controlo, pois ratifica a nomeação da Comissão e pode destitui-la por maioria de dois terços. Cabe-lhe fiscalizar a boa execução das políticas europeias. Pode ainda criar comissões de inquérito e examinar petições dos cidadãos. Com o Tratado de Maastricht, o Parlamento passa a poder nomear um Provedor de Justiça encarregado de receber as queixas relativas ao funcionamento administrativo da União.”
Quais são os poderes e a missão política do Parlamento Europeu?
Como todos os parlamentos, o Parlamento Europeu exerce três poderes fundamentais: o poder legislativo, o poder orçamental e o poder de controlo de executivo e desempenha, na União Europeia, um crescente papel político.
Os grupos políticos presentes no Parlamento Europeu:
PPE-DE Grupo do Partido Popular Europeu (Democrata-Cristão) e Democratas Europeus
PSE Grupo do Partido dos Socialistas Europeus
ELDR Grupo do Partido Europeu dos Liberais, Democratas e Reformistas
Verts/ALE Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia
GUE/NGL Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde
UEN Grupo União para a Europa das Nações
EDD Grupo para a Europa das Democracias e das Diferenças
NI Não-inscritos
Concluindo, hoje é importante que vote nos nossos candidatos ao Parlamento Europeu. Assim dará a Portugal a força que precisa para defender os nossos problemas.
Nos últimos dias, além do aparato mediático montado à volta do Campeonato Europeu de Futebol Euro 2004, as atenções também se têm voltado para a campanha eleitoral para eleger os representantes ao Parlamento Europeu. Como discente de Estudos Europeus e Política Internacional da Universidade dos Açores não posso deixar de escrever este texto sobre estas eleições tão importantes para que Portugal em geral e os Açores em particular tenham voz junto das instâncias democráticas europeias.
Então, o que representa o Parlamento Europeu?
O Parlamento Europeu representa "os povos dos Estados reunidos na unidade europeia", como o declara o Tratado de Roma de 1957. O Parlamento Europeu é uma “instituição da União Europeia composta por 732 deputados, representantes dos vinte e cinco Estados-membros. A representatividade é assegurada pela proporcionalidade, tendo em conta a população de cada país. Portugal, por exemplo, tem 24 deputados, enquanto a Alemanha tem 99. Os deputados são eleitos por sufrágio universal para um mandato de cinco anos. Encontram-se geralmente organizados em grupos parlamentares.
O Parlamento Europeu é dirigido por um presidente, actualmente o irlandês Pat Cox e catorze vice-presidentes. A sede fica em Estrasburgo, onde se realizam as sessões plenárias, uma vez por mês. Para facilitar os contactos com a Comissão Europeia e com o Conselho da União Europeia, algumas das reuniões das comissões parlamentares decorrem em Bruxelas. O Secretariado-Geral encontra-se no Luxemburgo.
O Parlamento tem um papel impulsionador de inúmeras iniciativas comunitárias. Ao longo dos anos, tem visto aumentados os seus poderes. Partilha com o Conselho as competências de âmbito orçamental: vota o orçamento anual e controla a sua execução. O Parlamento e o Conselho partilham ainda o poder legislativo de acordo com um processo triangular. Com base numa proposta da Comissão, o Parlamento e o Conselho dividem entre si a legislação europeia. Os domínios aos quais é aplicado este procedimento são o mercado interno, a política social, a coesão económica e social, a investigação, as redes transeuropeias, o ambiente, a protecção do consumidor, a educação, a cultura e a saúde.
O Parlamento Europeu é também um órgão de controlo, pois ratifica a nomeação da Comissão e pode destitui-la por maioria de dois terços. Cabe-lhe fiscalizar a boa execução das políticas europeias. Pode ainda criar comissões de inquérito e examinar petições dos cidadãos. Com o Tratado de Maastricht, o Parlamento passa a poder nomear um Provedor de Justiça encarregado de receber as queixas relativas ao funcionamento administrativo da União.”
Quais são os poderes e a missão política do Parlamento Europeu?
Como todos os parlamentos, o Parlamento Europeu exerce três poderes fundamentais: o poder legislativo, o poder orçamental e o poder de controlo de executivo e desempenha, na União Europeia, um crescente papel político.
Os grupos políticos presentes no Parlamento Europeu:
PPE-DE Grupo do Partido Popular Europeu (Democrata-Cristão) e Democratas Europeus
PSE Grupo do Partido dos Socialistas Europeus
ELDR Grupo do Partido Europeu dos Liberais, Democratas e Reformistas
Verts/ALE Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia
GUE/NGL Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde
UEN Grupo União para a Europa das Nações
EDD Grupo para a Europa das Democracias e das Diferenças
NI Não-inscritos
Concluindo, hoje é importante que vote nos nossos candidatos ao Parlamento Europeu. Assim dará a Portugal a força que precisa para defender os nossos problemas.
Portugal começa a perder no jogo estreia do EURO2004
A Selecção Nacional não correspondeu hoje à esperança depositada por milhões de portugueses e acabou por sair derrotada do Estádio Dragão, por 2-1. Os gregos mostraram uma defesa inexpugnável, aproveitaram os erros defensivos e não cederam à pressão do adversário.
Provavelmente muito dos portugueses não conheciam o valor da Grécia, que conseguiu ficar em primeiro lugar no seu grupo, tendo inclusive superado a Espanha, e contavam com uma vitória certa. Mas a selecção grega provou hoje em campo que reúne as características necessárias para ir longe na prova, ou seja, a defesa é extremamente eficaz, pressiona a todo o campo, aproveita os erros do adversário com sucesso e tem no «banco» um técnico capaz de surpreender o adversário, tal como aconteceu hoje.
Frente ao portugueses, ao contrário do faria supor, Otto Rehhagel apostou em dois avançados em cunha. Esta táctica acabou por ser um sucesso e surpreendeu a defesa lusa. Logo aos seis minutos a Grécia inaugurou o marcador. Karagounis aproveitou a perda de bola de Paulo Ferreira e rematou com êxito, para desespero dos milhões de adeptos portugueses.
A selecção portuguesa estava desnorteada, era visível que estava afectada com a pressão do jogo inicial, enquanto os gregos jogavam como queriam e criavam oportunidades de perigo. Os jogadores portugueses não conseguiram reagir ao golo e na primeira parte foram praticamente inofensiva, tendo apenas feito um remate com algum perigo, por intermédio de Jorge Andrade, ou seja, muito pouco para uma selecção que tinha aspirações à vitória e que jogava em casa.
Na etapa complementar e perante o sub-rendimento de alguns jogadores portugueses, Scolari substitui Rui Costa e Simão e fez entrar Deco e Cristiano Ronaldo. Só que estava ainda a equipa portuguesa a adaptar-se às novas alterações e sofreu a segunda machadada da tarde, com o golo da Grécia. Cristiano Ronaldo fez falta sobre Seitaridis na grande área portuguesa e na marcação da grande penalidade Bassinas elevou a contagem, quando estavam cumpridos 50 minutos de jogo.
Em vantagem no marcador a Grécia claramente abdicou da iniciativa do jogo e deixou todas as despesas a Portugal, mas era visível as dificuldades registadas pelos jogadores nacionais em superarem a bem escalonada defesa contrária, que não cometia praticamente nenhum erro, tanto nas alas como no centro.
Portugal acentuou a pressão e começou a criar ocasiões de perigo, numa altura em que Scolari tinha alargado o ataque, com a entrada de Nuno Gomes. O perigo rondava a baliza grega mas a muralha defensiva helénica conseguiu suster todos os ataques até ao fim do tempo regulamentar. Depois, nos descontos, Portugal conseguiu finalmente marcar. Canto de figo e Cristiano Ronaldo saltou mais alto que os restantes e desviou a bola para dentro das redes de Nikopolidis.
Perante a derrota de hoje, Portugal terá obrigatoriamente de vencer a partida de quarta-feira para acalentar a esperança de poder passar à próxima fase.
12/06/2004 19:14
In http://www.abola.pt/euro/euro2004/index.asp?op=ver¬icia=65873&tema=
Provavelmente muito dos portugueses não conheciam o valor da Grécia, que conseguiu ficar em primeiro lugar no seu grupo, tendo inclusive superado a Espanha, e contavam com uma vitória certa. Mas a selecção grega provou hoje em campo que reúne as características necessárias para ir longe na prova, ou seja, a defesa é extremamente eficaz, pressiona a todo o campo, aproveita os erros do adversário com sucesso e tem no «banco» um técnico capaz de surpreender o adversário, tal como aconteceu hoje.
Frente ao portugueses, ao contrário do faria supor, Otto Rehhagel apostou em dois avançados em cunha. Esta táctica acabou por ser um sucesso e surpreendeu a defesa lusa. Logo aos seis minutos a Grécia inaugurou o marcador. Karagounis aproveitou a perda de bola de Paulo Ferreira e rematou com êxito, para desespero dos milhões de adeptos portugueses.
A selecção portuguesa estava desnorteada, era visível que estava afectada com a pressão do jogo inicial, enquanto os gregos jogavam como queriam e criavam oportunidades de perigo. Os jogadores portugueses não conseguiram reagir ao golo e na primeira parte foram praticamente inofensiva, tendo apenas feito um remate com algum perigo, por intermédio de Jorge Andrade, ou seja, muito pouco para uma selecção que tinha aspirações à vitória e que jogava em casa.
Na etapa complementar e perante o sub-rendimento de alguns jogadores portugueses, Scolari substitui Rui Costa e Simão e fez entrar Deco e Cristiano Ronaldo. Só que estava ainda a equipa portuguesa a adaptar-se às novas alterações e sofreu a segunda machadada da tarde, com o golo da Grécia. Cristiano Ronaldo fez falta sobre Seitaridis na grande área portuguesa e na marcação da grande penalidade Bassinas elevou a contagem, quando estavam cumpridos 50 minutos de jogo.
Em vantagem no marcador a Grécia claramente abdicou da iniciativa do jogo e deixou todas as despesas a Portugal, mas era visível as dificuldades registadas pelos jogadores nacionais em superarem a bem escalonada defesa contrária, que não cometia praticamente nenhum erro, tanto nas alas como no centro.
Portugal acentuou a pressão e começou a criar ocasiões de perigo, numa altura em que Scolari tinha alargado o ataque, com a entrada de Nuno Gomes. O perigo rondava a baliza grega mas a muralha defensiva helénica conseguiu suster todos os ataques até ao fim do tempo regulamentar. Depois, nos descontos, Portugal conseguiu finalmente marcar. Canto de figo e Cristiano Ronaldo saltou mais alto que os restantes e desviou a bola para dentro das redes de Nikopolidis.
Perante a derrota de hoje, Portugal terá obrigatoriamente de vencer a partida de quarta-feira para acalentar a esperança de poder passar à próxima fase.
12/06/2004 19:14
In http://www.abola.pt/euro/euro2004/index.asp?op=ver¬icia=65873&tema=
domingo, junho 06, 2004
ESLOVÉNIA
Localização geográfica: Europa de Leste
Área: 20 256 km2
População: 1 971 739 habitantes (1998)
Capital: Liubliana
Outras cidades importantes: Maribor, Celje e Kranj
Data de independência: 1992
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Tolar
Língua oficial: Esloveno
Religião maioritária: Catolicismo
País do noroeste dos Balcãs que tem uma área de 20 256 km2. Faz fronteira com a Itália, a oeste; com a Áustria, a norte; com a Hungria, a nordeste; e com a Croácia, a sul e a sudeste. A oeste, tem um estreito que forma uma costa de 25 km no Mar Adriático, entre Trieste, na Itália, e a Península de Ístria, na Croácia. As cidades mais importantes são Liubliana, a capital, Maribor, Celje e Kranj. O território é predominantemente montanhoso. O clima é de tipo mediterrâneo junto ao litoral mas apresenta características de clima continental no interior.
A Eslovénia é, historicamente, uma das regiões mais prósperas dos Balcãs, com uma economia baseada na indústria. Os produtos industriais são o aço, o alumínio, os materiais de construção, os detergentes, os tecidos, os produtos de couro e as bicicletas. Existem grandes reservas de carvão e alguns depósitos de petróleo e de gás natural. A agricultura não se encontra muito desenvolvida mas, mesmo assim, ainda são cultivados o milho, a batata, o trigo, a beterraba e os frutos.
A população era, em 1998, de 1 971 739 habitantes, o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 97 hab./km2. Estima-se que, em 2025, a população atinja 1,8 milhões, valor inferior ao actual em virtude da descida das taxas de natalidade. As etnias principais são a eslovena, com 88%; a croata, com 3%; e a sérvia, com 2%. A religião com maior expressão é a católica. A língua oficial é o eslovénico.
No século IX, a Eslovénia passou a integrar o Império Germânico e os eslovenos foram reduzidos à servidão. A partir do século XIII, a suserania dos Habsburgos austríacos no território foi sendo gradualmente estabelecida. Entre os séculos XV e XVI, ocorreram algumas rebeliões entre os camponeses eslovenos. Mas, no século XVIII, a imperatriz Maria Teresa e o seu filho José II conseguiram travar as revoltas, decretando algumas reformas.
Depois de um curto período de domínio napoleónico, entre 1809 e 1814, a administração dos Habsburgos foi restabelecida na região. Em 1870, surgiram as esperanças da população no sentido da união política dos países eslavos do sul (a Eslovénia, a Sérvia e a Croácia). Vinte anos mais tarde, começaram a surgir os primeiros partidos políticos. Em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, os líderes políticos da Eslovénia cooperaram na formação do Império Sérvio, Croata e Esloveno que, em 1929, passou a designar-se Jugoslávia. No início da Segunda Guerra Mundial, a Eslovénia foi ocupada e dividida pelas Potências do Eixo, a Alemanha, a Itália e o Japão. Mas a resistência começou a surgir, principalmente a comunista Frente de Libertação. Com a vitória dos Aliados, em 1945, a Eslovénia tornou-se uma república constituinte da Jugoslávia. Sob o domínio comunista, a Eslovénia gozou de uma razoável autonomia nos campos económico e cultural.
No final da década de 1980, os líderes comunistas eslovenos iniciaram a construção de um sistema multipartidário, colocando-se assim em vantagem em relação ao domínio do Partido Comunista da Sérvia jugoslava. Em Abril de 1990, decorreram na Eslovénia as primeiras eleições multipartidárias dentro da Federação Jugoslava, desde a Segunda Guerra Mundial, que foram ganhas por uma coligação de centro-direita. Pouco tempo depois o novo Governo decidiu-se pelo direito à independência. A Eslovénia separou-se da federação, em Junho de 1991 e, um ano depois, a independência foi reconhecida pela União Europeia. A partir desse momento, a economia e a sociedade do país começaram a seguir os padrões da Europa Ocidental.
Área: 20 256 km2
População: 1 971 739 habitantes (1998)
Capital: Liubliana
Outras cidades importantes: Maribor, Celje e Kranj
Data de independência: 1992
Regime político: República multipartidária
Unidade monetária: Tolar
Língua oficial: Esloveno
Religião maioritária: Catolicismo
País do noroeste dos Balcãs que tem uma área de 20 256 km2. Faz fronteira com a Itália, a oeste; com a Áustria, a norte; com a Hungria, a nordeste; e com a Croácia, a sul e a sudeste. A oeste, tem um estreito que forma uma costa de 25 km no Mar Adriático, entre Trieste, na Itália, e a Península de Ístria, na Croácia. As cidades mais importantes são Liubliana, a capital, Maribor, Celje e Kranj. O território é predominantemente montanhoso. O clima é de tipo mediterrâneo junto ao litoral mas apresenta características de clima continental no interior.
A Eslovénia é, historicamente, uma das regiões mais prósperas dos Balcãs, com uma economia baseada na indústria. Os produtos industriais são o aço, o alumínio, os materiais de construção, os detergentes, os tecidos, os produtos de couro e as bicicletas. Existem grandes reservas de carvão e alguns depósitos de petróleo e de gás natural. A agricultura não se encontra muito desenvolvida mas, mesmo assim, ainda são cultivados o milho, a batata, o trigo, a beterraba e os frutos.
A população era, em 1998, de 1 971 739 habitantes, o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 97 hab./km2. Estima-se que, em 2025, a população atinja 1,8 milhões, valor inferior ao actual em virtude da descida das taxas de natalidade. As etnias principais são a eslovena, com 88%; a croata, com 3%; e a sérvia, com 2%. A religião com maior expressão é a católica. A língua oficial é o eslovénico.
No século IX, a Eslovénia passou a integrar o Império Germânico e os eslovenos foram reduzidos à servidão. A partir do século XIII, a suserania dos Habsburgos austríacos no território foi sendo gradualmente estabelecida. Entre os séculos XV e XVI, ocorreram algumas rebeliões entre os camponeses eslovenos. Mas, no século XVIII, a imperatriz Maria Teresa e o seu filho José II conseguiram travar as revoltas, decretando algumas reformas.
Depois de um curto período de domínio napoleónico, entre 1809 e 1814, a administração dos Habsburgos foi restabelecida na região. Em 1870, surgiram as esperanças da população no sentido da união política dos países eslavos do sul (a Eslovénia, a Sérvia e a Croácia). Vinte anos mais tarde, começaram a surgir os primeiros partidos políticos. Em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, os líderes políticos da Eslovénia cooperaram na formação do Império Sérvio, Croata e Esloveno que, em 1929, passou a designar-se Jugoslávia. No início da Segunda Guerra Mundial, a Eslovénia foi ocupada e dividida pelas Potências do Eixo, a Alemanha, a Itália e o Japão. Mas a resistência começou a surgir, principalmente a comunista Frente de Libertação. Com a vitória dos Aliados, em 1945, a Eslovénia tornou-se uma república constituinte da Jugoslávia. Sob o domínio comunista, a Eslovénia gozou de uma razoável autonomia nos campos económico e cultural.
No final da década de 1980, os líderes comunistas eslovenos iniciaram a construção de um sistema multipartidário, colocando-se assim em vantagem em relação ao domínio do Partido Comunista da Sérvia jugoslava. Em Abril de 1990, decorreram na Eslovénia as primeiras eleições multipartidárias dentro da Federação Jugoslava, desde a Segunda Guerra Mundial, que foram ganhas por uma coligação de centro-direita. Pouco tempo depois o novo Governo decidiu-se pelo direito à independência. A Eslovénia separou-se da federação, em Junho de 1991 e, um ano depois, a independência foi reconhecida pela União Europeia. A partir desse momento, a economia e a sociedade do país começaram a seguir os padrões da Europa Ocidental.
terça-feira, junho 01, 2004
um filme que vale a pena ver: The Day After Tomorrow
Título Original: “The Day After Tomorrow”
Realização de Roland Emmerich (EUA, 2004)
Produtores: Roland Emmerich e Mark Gordon
Uma Produção de Tomorrow Films / Centropolis Entertainment / Mark Gordon Productions
Intérpretes: Dennis Quaid, Jake Gyllenhaal, Emmy Rossum, Dash Mihok, Jay O. Sanders, Sela Ward, Austin Nichols, Arjay Smith, Tamlyn Tomita, Kenneth Welsh e Ian Holm
Argumento: Roland Emmerich e Jeffrey Nachmanoff
Fotografia: Anna Foerster e Ueli Steiger
Música: Harald Kloser
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation
Distribuição em Portugal: Castello Lopes Multimédia
Género: Acção / Ficção Científica / Thriller
Duração: 124 minutos
Roland Emmerich converteu a demolição de símbolos numa longa e frutífera carreira cinematográfica: desde a destruição da Casa Branca às mãos de pérfidos alienígenas em “O Dia da Independência / Independence Day” até à imagem de vários corredores da bolsa de Wall Street desmembrados por um gigantesco dinossáurio em “Godzilla”, os seus filmes sempre encontram um homem comum enfrentado circunstâncias que o superam amplamente, às quais consegue sobreviver apenas através da solidariedade daqueles que partilham as suas previsões, resgatando sempre os valores intrínsecos da sociedade norte-americana, que, não importa o cataclismo, são sempre capazes de nos indicar o caminho correcto.
Agora, o realizador alemão radicado nos Estados Unidos decidiu destruir Nova Iorque e todo o hemisfério norte em “O Dia Depois de Amanhã”. O filme tem como protagonista Dennis Quaid, que interpreta um paleoclimatologista que tenta chegar a Nova Iorque para resgatar o seu único filho (Jake Gyllenhaal), preso na Biblioteca Pública dessa cidade, enquanto se desenvolve a catástrofe climática que anunciou às autoridades que iria ocorrer, ante um vice-presidente ficcional dos Estados Unidos (mas idêntico ao real, Dick Cheney), que o repreende pelo seu alarmismo, que considera infundado. Assim, furacões, tornados, inundações, terramotos e tempestades de neve encarregam-se de deixar limpa a face dos Estados Unidos (e, por ilação, boa parte do planeta), enquanto começa uma nova era glacial, só três dias depois dos Estados Unidos e as principais capitais da Europa (incluindo Portugal) terem sido arrasadas.
Até aqui, nada mais que uma película inscrita no género catástrofe não pudesse oferecer. E, com um orçamento de 125 milhões de dólares, só se podia esperar que Emmerich e a sua equipa conseguissem por essas situações em cena da forma mais espectacular possível. Para tal, contou com o apoio, uma vez mais, da fabulosa Industrial Light & Magic (ILM), de George Lucas.
O cinema catástrofe tentou ressurgir na última década. O seu exemplo mais bem sucedido (ainda que exceda largamente o género) foi, sem dúvida, “Titanic”. Restou a Emmerich e a esporádicos filmes - sempre aos pares - baseados em previsões agoirentas: meteoritos em rota de colisão com a Terra (“Armageddon” e “Impacto Profundo / Deep Impact”) e vulcões em erupção (“Volcano” e “O Cume de Dante / Dante's Peak”), assim como os recentes “Detonação / The Core”, “Reino de Fogo / Reign of Fire” e “28 Dias depois / 28 Days Later” (estes dois últimos, ambientados em Inglaterra).
Nova Iorque é o branco preferido de qualquer catástrofe no cinema desde “A Guerra dos Mundos / The War of the Worlds” na versão de Orson Welles (podemos recordar, ainda, a famosa cena da Estátua da Liberdade em “O Homem Que Veio do Futuro / Planet of the Apes”). A sua condição de capital do mundo fá-la funcionar facilmente como metáfora da civilização humana. Parte da graça era saber que se estava diante duma ficção improvável, o que permitia desfrutar a hecatombe sem maior culpa. Depois dos atentados do 11 de Setembro, a percepção mudou radicalmente. Hollywood extremou os cuidados (não por acaso desapareceram as Torres Gémeas de “O Homem Aranha / Spiderman”). “O Dia Depois de Amanhã” marca a primeira vez, desde esse atentado, em que Hollywood se permite a ficção de destruir a cidade. O que as águas do Atlântico invadem primeiro é, precisamente, o espaço vazio onde se erigiam as torres.
Poderia pensar-se que Emmerich, ao centrar-se em Nova Iorque, se arrisca, mas também é certo que é bastante mais tranquilizador deixar à natureza o papel de vilão, sabendo que é, simplesmente, causa e efeito. E depois, sempre haverá sobreviventes -especialmente nos filmes de Emmerich - que possam aprender com os erros e reconstruir o que se perdeu. Num sentido, as películas catástrofe norte-americanas são o último reduto da utopia: reflecte os seus temores mais atávicos, o seu diagnóstico acerca de como a sua sociedade errou, qual seria um castigo apropriado e como começar de novo.
No entanto, “O Dia Depois de Amanhã” provocou um escândalo nos Estados Unidos. Muita mais polémica do que seria de imaginar para uma obra dum realizador tão funcional ao ‘status quo’. Na verdade, o responsável não é o filme, segundo o realizador, mas todos nós. A película só mostra a linha ponteada que se estende desde o que estamos a fazer com o planeta hoje até esse “dia depois de amanhã”, quando a Mãe Natureza nos devolver a gentileza. Emmerich só acelerou os tempos para melhorar o efeito dramático e, ao fazê-lo, pôs o dedo num problema, o aquecimento global, que sectores da opinião pública do seu país prefeririam não tocar. Os Estados Unidos não ratificaram o protocolo de Quioto, o tratado das Nações Unidas que pretende que, para 2012, esse país reduza as suas emissões de dióxido de carbono em 30 por cento. E, precisamente na estreia mundial do filme, o Congresso norte-americano debateu uma lei que tenta reduzir essa contaminação. Os ambientalistas aproveitaram a deixa para fazer pressão: o site da Greenpeace (www.thedayaftertomorrow.org), quase idêntico à página oficial da película, assinala como principal responsável da catástrofe o presidente Bush. As indústrias desse país, por seu lado, tomam o filme como uma mostra da natureza distorcida da reclamação. E não são as únicas: Stephen J. Milloy, do site foxnews.com (companhia irmã da produtora do filme), publicou uma coluna na que dizia: «O propósito da película é assustar-nos para que aceitemos a agenda política dos verdes: o domínio da sociedade através do controlo dos recursos energéticos».
A polémica, em época de eleições, serve para fazer avançar agendas políticas. Talvez por isso, os jornais norte-americanos emitiram uma comunicação interna da NASA que anunciava aos seus cientistas que não deveriam comentar à imprensa a validade das premissas do filme (mais tarde informou-se que o poderiam fazer). Al Gore, por seu lado, comentou: «Há duas questões ficcionais: uma é a película de Emmerich; a outra, as teorias deste governo acerca do aquecimento global». O realizador - que se declarou contrário a Bush – confessou ao The New York Times o seu agrado de ter filmado «uma película de puro entretenimento que é, realmente, um pouquinho subversiva». Enquanto os meios fazem o impossível por lembrar que “O Dia Depois de Amanhã” é apenas uma película, há gente que crê que Hollywood influi mais na percepção que o público tem do mundo do que prefeririam reconhecer. E talvez tenham razão.
Realização de Roland Emmerich (EUA, 2004)
Produtores: Roland Emmerich e Mark Gordon
Uma Produção de Tomorrow Films / Centropolis Entertainment / Mark Gordon Productions
Intérpretes: Dennis Quaid, Jake Gyllenhaal, Emmy Rossum, Dash Mihok, Jay O. Sanders, Sela Ward, Austin Nichols, Arjay Smith, Tamlyn Tomita, Kenneth Welsh e Ian Holm
Argumento: Roland Emmerich e Jeffrey Nachmanoff
Fotografia: Anna Foerster e Ueli Steiger
Música: Harald Kloser
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation
Distribuição em Portugal: Castello Lopes Multimédia
Género: Acção / Ficção Científica / Thriller
Duração: 124 minutos
Roland Emmerich converteu a demolição de símbolos numa longa e frutífera carreira cinematográfica: desde a destruição da Casa Branca às mãos de pérfidos alienígenas em “O Dia da Independência / Independence Day” até à imagem de vários corredores da bolsa de Wall Street desmembrados por um gigantesco dinossáurio em “Godzilla”, os seus filmes sempre encontram um homem comum enfrentado circunstâncias que o superam amplamente, às quais consegue sobreviver apenas através da solidariedade daqueles que partilham as suas previsões, resgatando sempre os valores intrínsecos da sociedade norte-americana, que, não importa o cataclismo, são sempre capazes de nos indicar o caminho correcto.
Agora, o realizador alemão radicado nos Estados Unidos decidiu destruir Nova Iorque e todo o hemisfério norte em “O Dia Depois de Amanhã”. O filme tem como protagonista Dennis Quaid, que interpreta um paleoclimatologista que tenta chegar a Nova Iorque para resgatar o seu único filho (Jake Gyllenhaal), preso na Biblioteca Pública dessa cidade, enquanto se desenvolve a catástrofe climática que anunciou às autoridades que iria ocorrer, ante um vice-presidente ficcional dos Estados Unidos (mas idêntico ao real, Dick Cheney), que o repreende pelo seu alarmismo, que considera infundado. Assim, furacões, tornados, inundações, terramotos e tempestades de neve encarregam-se de deixar limpa a face dos Estados Unidos (e, por ilação, boa parte do planeta), enquanto começa uma nova era glacial, só três dias depois dos Estados Unidos e as principais capitais da Europa (incluindo Portugal) terem sido arrasadas.
Até aqui, nada mais que uma película inscrita no género catástrofe não pudesse oferecer. E, com um orçamento de 125 milhões de dólares, só se podia esperar que Emmerich e a sua equipa conseguissem por essas situações em cena da forma mais espectacular possível. Para tal, contou com o apoio, uma vez mais, da fabulosa Industrial Light & Magic (ILM), de George Lucas.
O cinema catástrofe tentou ressurgir na última década. O seu exemplo mais bem sucedido (ainda que exceda largamente o género) foi, sem dúvida, “Titanic”. Restou a Emmerich e a esporádicos filmes - sempre aos pares - baseados em previsões agoirentas: meteoritos em rota de colisão com a Terra (“Armageddon” e “Impacto Profundo / Deep Impact”) e vulcões em erupção (“Volcano” e “O Cume de Dante / Dante's Peak”), assim como os recentes “Detonação / The Core”, “Reino de Fogo / Reign of Fire” e “28 Dias depois / 28 Days Later” (estes dois últimos, ambientados em Inglaterra).
Nova Iorque é o branco preferido de qualquer catástrofe no cinema desde “A Guerra dos Mundos / The War of the Worlds” na versão de Orson Welles (podemos recordar, ainda, a famosa cena da Estátua da Liberdade em “O Homem Que Veio do Futuro / Planet of the Apes”). A sua condição de capital do mundo fá-la funcionar facilmente como metáfora da civilização humana. Parte da graça era saber que se estava diante duma ficção improvável, o que permitia desfrutar a hecatombe sem maior culpa. Depois dos atentados do 11 de Setembro, a percepção mudou radicalmente. Hollywood extremou os cuidados (não por acaso desapareceram as Torres Gémeas de “O Homem Aranha / Spiderman”). “O Dia Depois de Amanhã” marca a primeira vez, desde esse atentado, em que Hollywood se permite a ficção de destruir a cidade. O que as águas do Atlântico invadem primeiro é, precisamente, o espaço vazio onde se erigiam as torres.
Poderia pensar-se que Emmerich, ao centrar-se em Nova Iorque, se arrisca, mas também é certo que é bastante mais tranquilizador deixar à natureza o papel de vilão, sabendo que é, simplesmente, causa e efeito. E depois, sempre haverá sobreviventes -especialmente nos filmes de Emmerich - que possam aprender com os erros e reconstruir o que se perdeu. Num sentido, as películas catástrofe norte-americanas são o último reduto da utopia: reflecte os seus temores mais atávicos, o seu diagnóstico acerca de como a sua sociedade errou, qual seria um castigo apropriado e como começar de novo.
No entanto, “O Dia Depois de Amanhã” provocou um escândalo nos Estados Unidos. Muita mais polémica do que seria de imaginar para uma obra dum realizador tão funcional ao ‘status quo’. Na verdade, o responsável não é o filme, segundo o realizador, mas todos nós. A película só mostra a linha ponteada que se estende desde o que estamos a fazer com o planeta hoje até esse “dia depois de amanhã”, quando a Mãe Natureza nos devolver a gentileza. Emmerich só acelerou os tempos para melhorar o efeito dramático e, ao fazê-lo, pôs o dedo num problema, o aquecimento global, que sectores da opinião pública do seu país prefeririam não tocar. Os Estados Unidos não ratificaram o protocolo de Quioto, o tratado das Nações Unidas que pretende que, para 2012, esse país reduza as suas emissões de dióxido de carbono em 30 por cento. E, precisamente na estreia mundial do filme, o Congresso norte-americano debateu uma lei que tenta reduzir essa contaminação. Os ambientalistas aproveitaram a deixa para fazer pressão: o site da Greenpeace (www.thedayaftertomorrow.org), quase idêntico à página oficial da película, assinala como principal responsável da catástrofe o presidente Bush. As indústrias desse país, por seu lado, tomam o filme como uma mostra da natureza distorcida da reclamação. E não são as únicas: Stephen J. Milloy, do site foxnews.com (companhia irmã da produtora do filme), publicou uma coluna na que dizia: «O propósito da película é assustar-nos para que aceitemos a agenda política dos verdes: o domínio da sociedade através do controlo dos recursos energéticos».
A polémica, em época de eleições, serve para fazer avançar agendas políticas. Talvez por isso, os jornais norte-americanos emitiram uma comunicação interna da NASA que anunciava aos seus cientistas que não deveriam comentar à imprensa a validade das premissas do filme (mais tarde informou-se que o poderiam fazer). Al Gore, por seu lado, comentou: «Há duas questões ficcionais: uma é a película de Emmerich; a outra, as teorias deste governo acerca do aquecimento global». O realizador - que se declarou contrário a Bush – confessou ao The New York Times o seu agrado de ter filmado «uma película de puro entretenimento que é, realmente, um pouquinho subversiva». Enquanto os meios fazem o impossível por lembrar que “O Dia Depois de Amanhã” é apenas uma película, há gente que crê que Hollywood influi mais na percepção que o público tem do mundo do que prefeririam reconhecer. E talvez tenham razão.
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